Prédio Vazio é um filme de terror brasileiro dirigido por Rodrigo Aragão, que traz como trama a busca da jovem Luna e seu namorado por sua mãe, desaparecida de forma misteriosa após presenciar a morte de uma idosa no hotel onde estava hospedada para o carnaval. O casal viaja até a cidade de Guarapari, onde recebe a notícia de que o prédio está fechado. Decidem então invadi-lo pulando o muro dos fundos, iniciando uma investigação para descobrir o que realmente aconteceu.
O filme já começa sem nenhum pudor em expor suas limitações, utilizando um CGI bizarro e inverossímil. Tenta criar tensão com cenas que simplesmente não funcionam, falhando em transmitir qualquer sensação de medo. Desde o início, fica evidente que estamos prestes a acompanhar uma tentativa de terror que tropeça justamente nos fundamentos mais básicos do gênero. As cenas poderiam ser interpretadas de formas mais sutis ou perturbadoras, mas o que vemos é sempre a opção mais ingênua — e, por vezes, involuntariamente cômica.
Acredito que o filme seja ambicioso demais para as limitações técnicas do diretor, seja em relação ao CGI, à maquiagem, à atuação, entre outros aspectos. O CGI é assumidamente ruim e não há qualquer tentativa de disfarçá-lo. As maquiagens, por sua vez, oscilam: ora são competentes, ora contracenam com próteses e efeitos visivelmente falsos. Algumas atuações estão completamente fora de tom, soando risíveis, como se certos atores não soubessem exatamente como um ser humano reagiria em situações de tensão ou horror.
A sensação geral é de que o filme foi feito para parecer um trash dos anos 80 — e, se essa foi realmente a intenção, ele cumpre bem esse papel.
O roteiro é mediano, mas entrega uma surpresa interessante no final. A direção, em alguns momentos, traz planos inspirados que adicionam um certo peso visual e criam breves instantes de tensão genuína. No entanto, esses momentos são passageiros, e logo o filme retorna à sua tentativa excessiva de ser algo maior, sem nunca realmente alcançar esse objetivo.