Durval Discos é um filme de 2003 dirigido pela grandiosa Anna Muylaert! O filme ganhou diversos prêmios e tem uma trilha sonora de tirar o fôlego.
Durval (Ary Franco) mora com sua mãe Dona Carmita (Etty Fraser) e possui na frente da sua casa uma loja de discos. “Só trabalho com LP!”, ele diz toda vez que alguém pergunta se ele vende também CD. A vida dos dois muda completamente quando eles decidem contratar uma pessoa para ajudar na casa. Célia (Letícia Sabatella) é muito elogiada pela família quando é contratada por seus dotes culinários. Porém um dia se atrasa para começar o trabalho e quando vão procurá-la no quarto dos fundos, encontram a simpática Kiki que diz que sua mãe foi viajar. A casa vira de cabeça pra baixo com a chegada da menina. E isso é só o começo da história.
Esse filme é daqueles que você não espera o que vai acontecer, o Lado A é completamente diferente do Lado B. A primeira vez que eu o assisti, não tem tanto tempo assim, quase tive uma crise de ansiedade ao me envolver com a história que se desenrola. Acho que todo mundo teria um ataque de nervos, tal qual Durval tem ao lidar com as atitudes questionáveis de Dona Carmita.
SESSÃO VITRINE PETROBRAS
A Sessão Vitrine da Petrobras nos convidou para a Pré Estreia do relançamento do filme no Rio de Janeiro. O filme foi digitalizado a partir dos rolos originais para 4K. Sara Silveira, produtora do filme, nos contou algumas histórias sobre como foi a aventura de produzir esse filme. A produtora disse que desde o início se preocupou com a quantidade de músicas que o filme teria. “Hoje em dia seria impossível fazer um filme com essa quantidade de músicas conhecidas, seria muito caro!” Ela falou também sobre a dificuldade de filmar o plano sequência dos créditos iniciais. Essa abertura é uma obra de arte, umas das cenas mais bem feitas do cinema nacional. O filme quase que valeria só por isso.
ALERTA DE SPOILERS
“E o cavalo??” Como é que faz quando a diretora pede um cavalo em cena. Sara diz que Cigano (nome do cavalo) virou amigo da produção. Filmar a cena da charrete foi super arriscado. E fazer o cavalo ir para o segundo andar da casa também! “Tivemos que construir uma rampa em uma das casas atrás que seria também demolida, até tentamos fazer o cavalo subir a escada, ele quase aprendeu!”. A frase mais repetida foi “Mas cavalo não sobe escadas!”.
FIM DOS SPOILERS
Eu recomendo esse filme à todos que gostam do cinema nacional e também à todos que não gostam, pois com certeza passarão a gostar depois de assistir Durval Discos. Esse filme tem a produção e o roteiro impecáveis! Não dá pra esperar tudo que acontece e isso é maravilhoso… Viva o cinema nacional! Valorizem os filmes brasileiros!