Mario Cau é escritor, desenhista, editor e professor de quadrinhos. Perguntamos quantas edições da CCXP ele já participou e ele disse que já participou de todas as edições. Disse também que está bem ansioso para como vai ser a CCXP Worlds e como vai ser esse contato virtual com os fãs de quadrinhos. Ele estará no Artist’s Valley mostrando e vendendo alguns títulos do seu trabalho.
Perguntei sobre como ele começou a trabalhar com quadrinhos e ele disse que basicamente sempre fez isso a vida toda.
Eu sou de Campinas e eu sempre fui apaixonado por desenhar e por narrativas visuais tanto em desenho animado, filmes, videogames e principalmente histórias em quadrinhos ou livros ilustrados. É uma lenda da minha família que eu desenho desde o momento que consegui ficar sentado e pegar uma caneta. Eu amo quadrinhos, eu amo narrativa, eu amo contar histórias e me comunicar. Junta essa vontade de contar histórias com o caminho do artista me encontrei nessa junção…. O quadrinho é onde posso criar mais sem restrição nenhuma, a restrição é minha imaginação, meu tempo e a minha capacidade de fazer.
Ele falou um pouco sobre seus trabalhos e o que levará para a CCXP Worlds:
Meus trabalhos estão divididos em duas vertentes: o selo Pieces, que são quadrinhos mais cotidianos com uma abordagem mais poética e intimista e a outra vertente é o Monstruário que é uma história mais de drama, psicólogico, terror e suspense. Passa em um mundo onde todos são obrigados pelo governo a registrar um monstro. É uma sociedade regida pelo medo, pelo controle estatal do medo.
Na CCXP eu estou lançando um livro do selo Pieces que se chama Parte de Mim. É uma edição de aniversário de 15 anos do meu trabalho com essa série de quadrinhos. E também o Arquivos Secretos 2 – Saruê que faz parte do universo Monstruário.
Mario Cau falou que se inspira muito em artistas fora da cultura geek, apesar de ser viciado em quadrinhos e um grande fã de Star Wars.
Eu acho que a gente ganha muito quando rompe com a bolha do mundo geek, nerd. Literatura e cinema em geral, ler quadrinhos que não são ligados ao mundo geek, música, arte em geral… Eu gosto demais dos autores que trabalham com dramas cotidianos e com um pézinho em uma coisa mais surreal…Sandman é um grande exemplo disso. Eu gosto muito do Fábio Moon, Gabriel Bá, Will Eisner, David Mack, Craig Thompson, Shiko, Danilo Beirute, Chris Samme, Jordi LaFebre… É tanta gente boa, é muito complicado fazer uma lista… Eu recomendo sempre expandir horizontes e principalmente ler quadrinhos brasileiros, tem coisa muito boa!
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