Nos corredores da indústria cinematográfica, as discussões fervem quando se trata das narrativas complexas que habitam os universos cinematográficos. Recentemente, durante uma interação no Threads, James Gunn, renomado diretor e CEO do Universo Cinematográfico da DC (DCU), foi indagado sobre um dilema intrigante: como conciliar um Superman jovem com as já estabelecidas referências do herói, como visto em Besouro Azul?
Questionado sobre como Superman: Legacy pode ser um filme do Superman jovem se ele é citado em Besouro Azul como um herói já conhecido, o diretor respondeu – Eu nunca disse que faria um Superman jovem, apenas queria um Superman mais jovem. Ou seja, enquanto o enfoque é em um Superman mais jovem, isso não implica necessariamente em uma narrativa que o retrate nos primórdios de sua carreira. Uma visão que promove inovação e exploração sem comprometer a coesão do universo compartilhado.
Um dos elementos cruciais para moldar a percepção do público é a escolha do ator para o papel icônico de Clark Kent, o Superman. David Corenswet, nomeado para esse papel, possui 30 anos de idade, o que por si só desafia as expectativas moldadas pelo histórico de elencos anteriores. Gunn, ao fazer essa escolha, não apenas mantém um equilíbrio entre juventude e maturidade, mas também sugere uma abordagem mais flexível e contemporânea em relação à idade do protagonista.
Os planos do DCU, como compartilhados por Gunn, delineiam uma visão estratégica de longo prazo. Com pelo menos uma década de desenvolvimento planejada, é crucial considerar não apenas as características dos personagens, mas também o envelhecimento natural dos atores ao longo desse período. Embora Henry Cavill, conhecido por seu papel anterior como Superman, tenha 40 anos, as projeções de Gunn indicam que a preservação da coesão narrativa e visual requer a busca por uma abordagem mais jovem e dinâmica.
Vale lembrar que a natureza ficcional do Superman traz um paradoxo intrigante: embora seja um ser humanoide, sua característica de envelhecimento mais lento desafia as limitações humanas. Isso nos conduz à conclusão de que a representação de um Superman interpretado por Henry Cavill em suas décadas posteriores seria desafiadora, senão impossível. A escolha de David Corenswet, que em seus 30 anos poderia envelhecer de forma mais plausível ao longo do plano de uma década, se alinha com essa complexidade peculiar do Superman.
A jornada para reimaginar o Superman jovem no DCU é uma mistura de narrativa sagaz, escolhas de elenco audaciosas e uma visão estratégica de longo prazo. James Gunn, ao liderar esse caminho, está enfrentando dilemas narrativos de maneira criativa e convincente, enquanto mantém os alicerces do universo compartilhado. O futuro promissor do DCU se desenrola com um Superman jovem, incorporando a essência intemporal do herói enquanto abraça as complexidades do envelhecimento singular do Homem de Aço.
Vale lembrar que, quando anunciado, a graphic novel que serviria como alicerça para a trama de Superman: Legacy seria All Star Superman, de Grant Morrison, uma obra que explora um futuro alternativo. Recentemente, no entanto, surgiu a revelação de que outro futuro alternativo, Kingdom Come, também servirá como inspiração para a narrativa. Essa fusão de influências promete adicionar profundidade e complexidade à jornada do Superman jovem no DCU.
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