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F1: O Filme

F1: O Filme

F1 é um excelente blockbuster que entende o valor de um bom clichê e não tem medo usá-lo.

Fox Por Fox
18 de junho de 2025
Em Filmes
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Joseph Kosinski parece ter encontrado seu terreno natural nessas narrativas de adrenalina vintage embaladas por trilhas sonoras grandiosas e heróis envelhecidos em busca de redenção. F1: O Filme, é quase um Top Gun sobre rodas — e isso não é apenas pelo envolvimento do diretor e da trilha de Hans Zimmer, mas pela tentativa deliberada de recuperar uma era de blockbusters mais diretos, físicos e emocionais, em que personagens tridimensionais eram um luxo descartável em nome do espetáculo. E aqui o espetáculo está garantido: Pitt liga o modo astro de Hollywood, as corridas são filmadas com uma visceralidade eletrizante, e o som dos motores invade o peito do espectador como uma trilha de ação contínua.

O interessante é que F1 sabe exatamente o tipo de filme que está fazendo. Como Top Gun: Maverick, ele celebra o charme do astro veterano que volta para ensinar aos jovens — e talvez, inconscientemente, aos próprios cineastas e ao público, como se faz cinema de ação à moda antiga. Brad Pitt, já com mais de 60 anos, encarna Sonny Hayes, um piloto que nunca chegou a ser o que prometia, mas que se recusa a deixar o volante de lado. O filme assume sem vergonha todas as convenções possíveis do gênero esportivo: rivalidade com o novato arrogante, chefe de equipe com passado em comum, tensão romântica com a engenheira dedicada. E ainda assim, funciona. Porque Kosinski e Pitt sabem que o problema não são os clichês, mas sim como eles são executados.

A maneira como F1 se presta a uma autocrítica sutil sobre a própria indústria cinematográfica atual. Há um momento de desabafo entre os personagens de Pitt e Bardem que poderia muito bem ser lido como uma conversa entre diretores e atores questionando a validade dessa busca incessante por êxitos grandiosos e fugidios. E a resposta, que Kosinski parece dar com esse filme, é simples: pelo prazer de fazer. Porque há um fascínio em ver gente de verdade, dentro de carros de verdade, em pistas reais, desafiando a física e o bom senso. Isso, no fim, ainda emociona.

É claro que o roteiro de Ehren Kruger não tenta reinventar nada. Ele abraça as fórmulas de filmes de esporte dos anos 90 com tanto carinho. Não se trata apenas de cinema, mas de uma estratégia comercial muito bem embalada — e que funciona justamente porque é executada com competência técnica absurda e astros com carisma suficiente para levar qualquer roteiro brega nas costas. Brad Pitt não é Tom Cruise, mas sua persona cansada, charmosa e ligeiramente desencantada se encaixa com perfeição nesse universo de heróis obsoletos.

Curiosamente, mesmo com toda a pompa de patrocinadores, celebridades e ausência de vilões reais — porque os interesses comerciais não permitem — F1 ainda consegue emocionar em pequenos gestos. Há uma cena tardia com um baralho que, de tão simples, beira o piegas, mas funciona como um raro instante de humanidade naquele mundo cromado e barulhento. E essa é a força de um blockbuster clássico: transformar o previsível em prazeroso, o artificial em algo que, no escuro do cinema, parece verdadeiro.

F1 não é o melhor filme do ano, nem pretende ser. É entretenimento de primeira, dirigido por alguém que sabe filmar velocidade como poucos, estrelado por um ator que conhece o valor de um olhar cansado e um meio sorriso. A beleza aqui está em ver um filme que não esconde suas intenções, que entende seu lugar na indústria e, mais importante, que entrega com perfeição o que promete. Em tempos de efeitos digitais excessivos e roteiros sobrecarregados de ironia, há algo quase subversivo em ver um longa assim, orgulhosamente quadrado e genuinamente divertido.

Nota: 4/5.

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