O sexto episódio da segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder trouxe uma série de revelações e momentos de tensão.
Uma das tramas mais fascinantes deste episódio foi a improvável aliança entre Adar e Galadriel. Adar parece ter percebido a verdadeira identidade de Halbrand, embora não compreenda totalmente como ele retornou. Sua teoria é de que, para destruir Sauron, é necessário usar uma combinação da coroa de Morgoth e dos Anéis recém-criados. Isso levanta questões intrigantes sobre a natureza dos Anéis de Poder, sugerindo que, cada vez que Sauron cria um anel, ele divide sua alma entre eles. Enquanto Adar se alia com Galadriel, seus orques continuam a sitiar Eregion, impedindo o transporte de mithril de Khazad-dûm, crucial para a construção dos Anéis. Esta é uma estratégia bem calculada, que mostra o quão Adar é astuto e comprometido com seus objetivos.
Annatar, por sua vez, continua a manipular os ferreiros de Celebrimbor. Ele consegue criar uma narrativa em que Celebrimbor acredita ser o culpado pela corrupção dos Anéis dos Anãos, ao mesmo tempo em que insinua que o próprio Celebrimbor foi corrompido por Sauron. Essa trama reforça a habilidade de Annatar em jogar com as mentes e inseguranças dos outros, preparando o terreno para a criação do Um Anel e a corrupção dos líderes da Terra-média.
Em Númenor, vemos o arco de Elendil evoluir de maneira impressionante. Um homem justo e leal que se recusa a aceitar um rei usurpador, o que o leva a um julgamento por sua fidelidade à rainha Miriel. Este núcleo, que anteriormente parecia desnecessário, agora se desenvolve em uma narrativa envolvente de guerra civil, trazendo muito mais profundidade e relevância. A cena do julgamento de Elendil e a coroação de Miriel como Rainha do Oceano são especialmente poderosas.
Já o arco do Estranho com Tom Bombadil foi o que começou a frustrar. A constante natureza enigmática desses personagens cria uma sensação de mistério, mas também uma certa impaciência para com o desenvolvimento da trama. A relação do Estranho com os halflings e sua relutância em aceitar seu destino de enfrentar o Mago Sombrio adiciona uma camada de complexidade, especialmente quando percebemos que este será um ponto de separação entre ele e seus companheiros mortais.
As interações entre Durin III e seu filho Durin IV são marcadas por ambição e perigo iminente. A visão do Balrog nas chamas e a sugestão de que o Anel dos Anãos está começando a corromper o rei adiciona uma nova camada de ameaça, indicando que o destino dos anões pode estar em risco. No entanto, algumas escolhas narrativas, como a cena de Disa cantando para intimidar os mineradores, pareceram deslocadas e pouco convincentes.
No geral, estou começando a sentir que uns certos problemas da primeira temporada estão retornando nessa reta final. Confira as minhas impressões enquanto respondo comentários e teorias: