Após a trágica morte de Brandon Lee durante as filmagens do original “O Corvo” de 1994, a franquia perdeu força ao longo dos anos, tornando-se uma sombra do sucesso que foi. A nova versão de 2024 tenta reviver a história, com Bill Skarsgård no papel de Eric Draven, um músico que busca vingança sobrenatural após a morte de sua amada Shelly, interpretada por FKA Twigs.
Diferente do filme de 1994, o diretor Rupert Sanders opta por dar mais contexto aos personagens antes de mergulhar na trama de vingança. No entanto, essa escolha acaba alongando a narrativa de forma desnecessária, frustrando o público que espera por ação e violência. O início da trama, que leva 40 minutos para detalhar a vida dos protagonistas, não acrescenta nada relevante à história.
O vilão do filme é um personagem raso, com motivações que pouco fazem sentido dentro da trama. Embora haja uma tentativa de criar tensão com a introdução de um vídeo comprometedor, o recurso se revela insignificante, prejudicando a credibilidade da ameaça. Além disso, os personagens secundários que colaboram com o vilão também carecem de profundidade, resultando em um antagonismo fraco.
No geral, o filme falha em envolver o espectador, apesar dos esforços do roteiro. A única cena que se destaca é uma sequência de ópera, que sugere o tom que a produção poderia ter seguido para alcançar maior sucesso.