Venom: Tempo de Carnificina se leva pouquíssimo a sério comparado ao primeiro filme. Investiram muito mais na comédia e na relação entre Eddie Brock (Tom Hardy) e Venom (Tom Hardy também!! O cara também faz a voz do Venom!!).
Vamos relembrar que no primeiro filme Venom (2018) eles acabam com o vilão e começam a trabalhar em sigilo “protegendo o mundo dos homens maus”. Eddie diz que Venom poderia comer apenas os “homens maus” e eles entram em um acordo dessa forma. No final o repórter fala para Anne Weying (Michelle Williams), sua ex-noiva, que havia feito a melhor entrevista da sua vida e a cena pós crédito do primeiro filme é de Eddie encontrando Cletus Kasady (o Carnificina) na prisão para entrevistá-lo.
Eddie e Venom começam o filme Venom: Tempo de Carnificina em uma relação complicada. Eddie proíbe Venom de comer pessoas e a simbiose passa a viver de chocolate e galinhas. Há diálogos muito engraçados e divertidos desde o início. O que deixa bem mais legal de assistir.
O Carnificina
Sua origem no filme é contada de forma um pouquinho diferente da que conhecemos. Cletus Kasady (Woody Harelson), seu principal hospedeiro, é um serial killer que está preso e aguardando julgamento. Na sua infância se mostra psicopata desde criança ao matar um cachorro e a mãe, ao menos essa é a lembrança que ele tem. Ele é espancado por seu pai e é levado a um instituto reformatório onde conhece Frances Barrison/Shriek (Naomi Harris). Em outras origens, ele se torna sim um serial killer, mas não havia sido culpado pela morte da mãe na infância. Já na prisão muitos anos mais tarde e após a “morte” de Frances, aceita ser entrevistado por Eddie Brock. Venom percebe informações deixadas na parede de sua cela e compartilha com Eddie para que ele publique uma matéria e diga a polícia a revelação de onde estavam os corpos mortos por Cletus. Ele é condenado e pede para Eddie ir no dia de sua execução. Em uma discussão, Venom quer espancar Cletus e o serial killer morde o Eddie. Motivo da simbiose parar no corpo do psicopata.
Entretanto, Eddie e Venom têm uma “DR” (Discussão de Relacionamento) e se separam. Venom passa a viver no corpo de outras pessoas, momento em que ocorre uma das melhores cenas do filme: Venom na balada! Essa cena é muito divertida, assim como a maioria dos momentos de Venom. As pessoas acham que ele possui uma fantasia e o elogiam o tempo todo. Venom se sente feliz e diz que não era valorizado pelo Eddie e que queria que ele o visse assim sendo adorado por todas as pessoas e não quer mais se esconder.
O instituto Ravencroft aparece bem pouco no filme, mas é lá onde está a Shriek, ex paixão de Cletus. O instituto Ravencroft foi recentemente explorado pela Marvel Comics na série de quadrinhos também intitulada Ravencroft. A primeira edição possui inclusive o título Ravencroft: Carnificina.
Outro fan-service é a rápida aparição de She-Venom. Anne Weying fica pouquíssimo tempo com o traje, mas é uma cena bem legal. E fica claro que o Venom se comporta melhor quando possui uma boa ligação com seu hospedeiro. A conexão entre o “parasita” e o hospedeiro é importante para a simbiose.
O filme é divertido, tem cenas boas de ação, o enredo é melhor do que o primeiro, mas no fim a resolução das coisas ainda é um pouco boba. De qualquer forma vale a pena ver pela diversão e pela cena pós créditos que nos faz pensar sobre o futuro do personagem Venom e se ele estará agora também em futuras produções da Marvel, já que a Sony e Marvel fizeram acordos para permitir a participação do Homem Aranha em ambas produções.