Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (Ou Wakanda Forever), sequência de Pantera Negra (2018) e um dos filmes mais aguardados da fase 4 da Marvel, finalmente chega ao cinema no dia 10 de novembro.
O personagem Pantera Negra foi criado pelo saudoso Stan Lee. O rei de Wakanda tem habilidades adquiridas através de um antigo ritual e T’Challa é a identidade secreta do herói que veste o manto e protege o reino africano.
O personagem já havia aparecido no MCU em Capitão América: Guerra Civil (2016). Mas só em 2018 ganhou um filme solo com o título de Pantera Negra. O filme dirigido por Ryan Coogler foi indicado como melhor filme no Oscar 2019, uma raridade para um filme de herói, e ganhou os prêmios de trilha sonora, figurino e design de produção. Para mais informações do primeiro filme reveja o artigo abaixo:
Crítica (Sem Spoilers) | Pantera Negra é o filme de herói que todo o mundo precisa ver – Terra Nérdica (terranerdica.com.br)
Chadwick Boseman viveu o personagem em 4 filmes do MCU, porém o ator faleceu no meio de 2020 devido a um câncer. Reveja o artigo “Pantera sem amarra mostra garra Negra” – Terra Nérdica (terranerdica.com.br)
Muitos questionaram como a Marvel iria solucionar o futuro do personagem no MCU. Shuri, irmã de T’Challa já havia usado o manto negro nos quadrinhos e ela foi apontada como a principal aposta. Entretanto em meio à pandemia que começou no final de 2019, Letitia Wright, intérprete de Shuri, foi alvo de denúncias como responsável por apoiar e incentivar o movimentos contrários a vacina contra Covid-19. A atriz que teve uma boa recepção no primeiro filme ficou então em uma situação complicada, mas a atriz negou e excluiu as postagens que indicassem isso.
Wakanda Forever (2022)
Preciso dizer então que Wakanda Forever solucionou quase todos os problemas que surgiram no caminho. O filme inicia com uma das mais bonitas homenagens possíveis ao T’Challa/ Pantera Negra e ao ator que o viveu, Chadwick Boseman. O funeral, muito emocionante, demonstra já de cara para quem tá assistindo como o reino de Wakanda está lidando com a perda do herói. Como repetem como consolo: “A morte não é o fim”. Shuri e Ramonda (Angela Basset) estão lidando com o luto de formas diferentes. E essa é uma das questões que é bem trabalhada no filme.
A história principal do filme se inicia um ano após a morte de T’Challa, Ramonda discursa para a comunidade internacional ao ser convocada sobre a “decepção” por Wakanda não estar ajudando o exterior como prometido. A Rainha de Wakanda revela que um dos centros de ajuda foi atacado, situação que parece ser constante. Ela também afirma que os outros países apenas querem explorar o Vibranium e estão se aproveitando do reino que está de luto e sem o protetor Pantera Negra.
Entre as tentativas do povo em fortalecer e proteger a nação Wakanda após a morte de T’Challa, o vilão principal do filme consegue invadir as defesas do reino e propõe uma aliança com Talocan (antiga civilização subaquática). K’uk’ulkan, ou Namor (Tenoch Huerta) é apresentado de forma gradativa no filme. Talocan também possui Vibranium e é centenária, forte e poderosa. Ele não quer ser descoberto pela superfície então faz ameaças quanto isso, entretanto cada ataque de seu povo é interpretado internacionalmente como ataque do povo de Wakanda devido as tecnologias que derivam do mesmo metal.
Wakanda é então colocada à prova mais uma vez. Ajudar Talocan e seu rei com objetivos de morais duvidosas, expor o povo subaquático e iniciar uma guerra ou lutar contra o povo e a comunidade internacional que os culpa por todos os ataques recentes.
Há participações de personagens importantes nessa fase do MCU. Um personagem que considero um vilão também para o reino de Wakanda nesse filme, porém sem poderes.
Riri Williams (Dominique Thorne) é apresentada de uma forma perfeita. A personagem é divertida e traz um alívio de tensão. A relação entre ela e Shuri é uma das coisas mais interessantes do filme. Eu quero muito ver a Riri mais vezes, ela foi importante para resolução do filme. Shuri (Letitia Wright) protagoniza, apesar de toda a polêmica anterior à finalização do filme, acho que acertaram muito bem em colocá-la como protagonista. Okoye (Lupita Nyong’o) teve mais participação desta vez e eu amei, porque consigo dizer tranquilamente que talvez ela seja a melhor atriz do elenco.
A origem de Namor é bem explicada, apesar de eu achar um pouco tosca a forma que foi contada, bem clichê. O personagem tem muita força, mas sinceramente não senti a mesma empatia que senti com Killmonger (Michael B. Jordan), por exemplo, no primeiro filme.
O visual e a trilha sonora tornam mais uma vez esse filme uma obra de arte, acredito que pode haver novamente indicações por prêmios técnicos. Wakanda é o cenário mais presente e isso me deixou muito feliz. Entregaram o que queríamos, Wakanda um pouco mais de perto e protagonista do filme.
Porém em roteiro não achei algo tão impactante como considerei no filme de origem. O filme segue uma boa fórmula, mas não superou todas as minhas meras expectativas e há algumas perguntas sem respostas.
Em geral, achei um ótimo filme por mais que seja muito longo. O processo de luto mostrado no filme se inicia e se conclui muito bem. Como fã, não tem como não se sentir representado. Por isso eu preciso dizer Obrigada pela consideração que tiveram em não reescalar outro ator e manter o T’Challa apenas em flashes de memória. Chadwick Boseman viveu um personagem de muito sucesso que trouxe muita representatividade e foi honrado com essa sequência.