A Fox antes de um filme de suspense e ficção traz a Kristen Stewart como protagonista e sinceramente acho uma má escolha. Não há crescimento na atuação por parte da protagonista (Kristen) ao longo do filme e o melhor ator é o primeiro a morrer. Quem já lê o que escrevo sabe que eu adoro um SPOILER, mas irei me conter.
O roteiro do filme se passa nas profundezas do oceano, mas na verdade ele boiou no raso:
”Um grupo de pesquisadores se encontra num laboratório subaquático a onze mil metros de profundidade, quando um terremoto causa a destruição do veículo e expõe a equipe ao risco de morte. Eles são obrigados a caminhar nas profundezas marítimas, com quantidade insuficiente de oxigênio, para tentarem sobreviver. No entanto, conforme se deslocam pelo fundo do mar, descobrem a presença de uma criatura mortal”.
Uma mistura de Battleship com Skyline no quesito ação/suspense que até foi satisfatória já que o filme começa em pico de adrenalina que cai para momentos calmos e tensos com uma sonoplastia carregada que nos leva a preparar os ânimos para os sustinhos. Quanto aos personagens nós somos pouco introduzidos à eles. Não sentimos as perdas ao longo do filme, não engolimos as relações, tudo passa batido. Nada se explica sobre quais criaturas eram aquelas e porquê estavam ali. Nem uma teoria empolgante. Não há nada a não ser uma linha de acontecimentos regados a explosões e pequenos sustos pelo caminho. Final mais nítido que bola de cristal é pouco mas para quem busca esse tipo de nicho vai se agradar.
Visualmente o filme está bem feito. Você praticamente pode sentir como é a sensação visual e sonora de se estar mergulhado no oceano. Quem já fez mergulho deve concordar comigo. Em entrevista os atores deram relatos de como era difícil suportar o traje. O diretor William Eubank afirma que queria tudo o mais realístico possível e nesse quesito ele conseguiu ao meu ver.
Ameaça Profunda estreia 9 de Janeiro nos cinemas.