Na última quarta-feira, oito de maio, a Farmasi Arena –a casa de shows que mais se transformou nos últimos anos– foi a responsável por nos agraciar com a presença do astro Louis Tomlinson com a sua turnê “Faith In The Future“.
Louis tem sua origem no reality show The X Factor, na promessa de Simon Cowell em transformar cinco garotos ingleses promissores em uma boyband de sucesso. Bom, o resto é história. A One Direction se torna uma das bandas mais lucrativas do nosso tempo e ganha uma legião de fãs que permaneceu em seu amor mesmo após a separação da banda.
E isso pode ser testemunhado na quarta-feira, quando uma reunião de pessoas diversas se reuniu para ver, ao vivo, Louis no Brasil 10 anos depois da vinda da sua antiga banda para cá.
Antes mesmo do início do show, a banda alemã Giant Rooks abrilhantou a Farmasi Arena. Formada em 2014, o grupo vem cativando fãs ao redor do mundo e, obviamente, não poderia ser diferente em terras brasileiras. Ouso dizer que somos o melhor território com fãs do globo.
Esta que vos escreve não conhecia a banda, e o momento em que os primeiros acordes soaram, foi a melhor surpresa possível. Afinal, não é sempre que conseguimos testemunhar ótimas bandas ao vivo de primeira.
Sendo recebidos por uma bandeira brasileira com o nome da banda estampado nela, os alemães iniciaram o show com muita energia e hits desconhecidos –por mim–, mas que foram dançados e cantados pela grande maioria presente. Em suma, Giant Rooks deu um show à parte na noite carioca. Entregaram muita presença de palco e paixão pelo ofício. Certamente eu apoiaria um novo show apenas para a banda alemã em terras nacionais.
Mas em meio à escuridão repentina após o show de abertura, o clima se torna outro. É um misto de expectativa e curiosidade. O que o cantor entregaria aos fãs fiéis que esperaram 10 anos por esse momento?
Entre um show de luzes e uma forte bateria, Louis Tomlinson surge em meio a gritos e o coro de “Louis, eu te amo”. Era isso. O cantor estava ali, frente aos fãs, dez anos após a sua vinda. E os fãs permaneceram. E novos surgiram. Mas o que importava é que estávamos todos ali para ver o que Louis poderia nos entregar naquela quarta-feira à noite.
O repertório contou com hits do novo álbum, que dá nome à turnê, como The Greatest, Bigger Than Me e Face The Music, mas também houve espaço para canções de outros trabalhos, como We Made It e Kill My Mind.
Como não podia faltar, Louis incrementou sucessos da antiga banda, Night Changes e Where Do Broken Hearts Go. Junto a isso, performou a famosa 505, da banda Arctic Monkeys e Chemical de Post Malone.
Louis tem um carisma que atrai muitos fãs, mas acredito que falta um pouco de presença de palco para pessoas fora do nicho ou até mesmo ouvintes de primeira viagem. Enquanto fã assumida de sua era mais antiga, senti que houve pouca tentativa de se conectar com o público –o músico parecia distante das vozes que gritavam seu nome a cada segundo. Por vezes, parecia incomodado por estar ali.
Em um show com muitos efeitos e técnicas que saltam os olhos junto a canções que faziam a arena tremer, parece que nos encaminhamentos finais Louis lembrou e se apropriou da ideia de que sua fanbase brasileira o esperou por 10 anos. Mesmo com toda a tentativa de honrar fãs e a sua trajetória juntos, Louis poderia ter dado mais suor –além do calor do Rio de Janeiro– a todos os presentes na arena.