Review | Slipknot + Bring the Horizon no Jeunesse Arena

Bom, imagino que muitos sites especializados em música e rock já devem ter feito uma resenha bem mais técnica dos shows de Bring me the Horizon e Slipknot no Jeunesse Arena, Rio de Janeiro (RJ) em 15 de dezembro de 2022, então procurei dar uma atenção maior a como foi o espetáculo para quem estava lá.

Acompanhei os dois shows na Pista Premium. Para quem nunca foi no Jeunesse Arena (e eu nunca tinha dito), a casa tem realmente o formato de uma arena semicircular onde a Pista Premium é o maior espaço que vai do palco até os fundos e é coberto pela galeria de cadeiras 1 seguido do segundo andar onde se encontram os camarotes e mais acima a galeria de cadeiras 3. Eu estava bem perto da grade, um pouco mais para a direita da pista, então tive uma visão de ângulo 3/4 de ambas as apresentações.

Em primeiro lugar quero falar da estrutura do lugar que tem bastante espaço e liberdade para saídas tanto para os bares e lanchonetes nos fundos quanto para banheiros e saídas emergenciais. É muito fácil de encontrar bar, lanchonete, banheiro e saídas de qualquer ponto que você esteja. Isso facilita bastante para a diminuição de filas.

Bring Me The Horizon

Segundo lugar, quero falar do primeiro show, o de abertura, da banda screamo Bring me the Horizon. Pra começar, nunca parei, pelo que eu me lembro, para escutar a banda. Eu só imaginava que era algo do tipo um metalcore melódico pelo nome e pelo público. Como muita gente que eu conheço gosta bastante, resolvi prestar atenção e tive um excelente espetáculo! Primeiro, a banda faz um excelente uso das telas. Posso estar enganado, então me corrijam os fãs do Bring, mas pelo que entendi a banda está apresentando a temática pós-humana: terror de sobrevivência (Post-Human: Survivor Horror) que, é claro, desenvolvida durante a quarentena, aborda temáticas pós-pandêmicas. As imagens nas telas representavam muito do conceito cyberpunk e também de survivor pós-apocalíptico.

Já a temática musical mescla o metalcore, screamo, mas me surpreendeu com toques de electropop metal e nu metal alternativo. Porém, o mais legal nem foi isso, mas sim o vocalista Oliver Skyes apresentar quase todo as interações com o público em português. Eu não sabia, mas o líder da banda se mudou para o Brasil em 2021, segundo um fã entrevistado – Ele gostou tanto do Brasil que se mudou pra cá e agora fala o show todo em português. Apesar de ser originalmente de South Yorkshire, Inglaterra. A banda abriu com o hit Can You Feel My Heart do álbum Sempternal de 2013, e passaou por outros hists como Mantra do álbum Amo de 2018 e Drown do That’s the Spirit de 2014.

Slipknot

Por último, agora sobre o o tão aguardado show do Slipknot. Após o fim do show do Bring, staffes subiram no palco para monstar a estrutura. Primeiro, subiram uma cortina com a logo do Slipknot. A intenção da cortina era de cobrir para que o úblico não visse a montagem da estrutura no palco que lembra uma espécie de fortaleza com duas torres onde se posicionam os percursores – o já conhecido Shawn Crahan (o Palhaço) e o novo membro Michael Pfaff (Tortilla Man) – e passarelas que e unem na muralha onde se posiciona o DJ já conhecido Craig Jones (133) e o novo baterista Jay Weinberg que substitui o falecido Joey Jordison, antigo número #1, e o tecladista Sid Wilson com sua máscara de guerrilha e portando uma segunda máscara de um homem desencarnado, com o qual ele descia pulando para o palco para brincar com o público.

A muralha desce ao palco por uma escada onde ficam a maioria dos integrantes intrumentais como o o guitarrista Mick Thomson com sua máscara de hóquei, o guitarrrista Jim Roots com sua máscara lembra O Corvo, o novo baixista Alessandro Ventuella que substitui o falecido Paul Gray, e o vocalista Corey Taylor com sua máscara que lembra um misto de Jack Skellington, de O Estranho Mundo de Jack, com Abe Sapien, de Hellboy.

As cortinas caem com a primeira música, Disasterpierce, revelando a banda; seguido do primeiro grande sucesso Wait and Bleed; o single All Out Life exclusivo da versão japonesa do sexto álbum We Are Not Your Kind; Sulfur do quarto álbum All Hope Is Gone; o hino Before I Forget do terceiro álbum The Sublminal Verses; e The Dying Song divulgando o novo álbum The End, So Far;

De volta ao quarto álbum com Dead Memories; ao sexto álbum com Unsainted; em seguida as luzes baixaram e o vocalista Corey Taylor falou, em inglês é claro, que gostaria que as pessoas ligassem as lanternas para que pudessem ser vistas do palco. Ele perguntou quem já havia visto o Slipknot ao vivo e depois quem estava vendo pela primeira vez e deu as boas vindas dizendo que agora todos os presentes fazem parte da família e que a próxima canção era sobre isso: o single The Heretic Anthem do segundo álbum Iowa. Foi neste momento que o percussionista Tortilla Man se pendurou nas estacas da plataforma do Shawn.

Mais um hino do quarto álbum Psychosocial; a clássica do terceiro álbum Duality; o hit Custer do quinto álbum The Gray Chapter; a clássica Spit It Out onde Corey mandou todos se abaixarem para depois pularem junto com a música qe que também foi o momento onde uma palheta foi lançada na minha direção e encontrada com sorte por um jovem que tinha ido só pelo Bring. Eu nem conhecia a banda (Slipknot), mas fico muito feliz de ter ganhado esse presente no meu primeiro show!

Após Spit It Out a banda fingiu que se despedida e apagou as luzes, mas retornou com o clássico People = Shit para a surpresa de poucos, seguido pelo clássico single promocional Surfacing que encerrou a lista. A banda se despediu do público jogando palhetas e baquetas ao som de Til We Die em playback enquanto Corey Taylor balançava a bandeira do Brasil. Apesar de ter ido de Uber com o parceiro Flávio Massacessi que fez as melhores imagens vistas do camarote, – segundo ele, a pista estava tão cheia que a rodinha tornava-se um corredor polonês – nos preocupamos com o retorno pois, é claro, o Uber saindo do Parque Olímpico estaria 4x mais caro, mas felizmente o BRT pôs carros extras para rodarem e nem estavam cobrando passagem de quem só tinha dinheiro para para a bilheteria que já estava fechada, facilitando bastante a volta para casa.

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