Arctic Monkeys surpreendeu o Rio com show memorável e fervoroso

Processed with VSCO with a9 preset

Após 3 anos, o Arctic Monkeys retornou aos palcos da Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (04) para embarcar com sua turnê pelo Brasil. Com um show incrível e pra lá de empolgante, eles trouxeram clássicas faixas de quase todos os álbuns fazendo toda a arena estremecer.

O show de abertura ficou por conta da banda norte-americana Interpol que conquistou a plateia tocando clássicos como “Evil”, “Passenger”, “All The Rage Back Home”, “Rest My Chemistry” e “Obstacle 1”. A arena ainda estava um pouco vazia quando começaram a tocar, devido à algumas pessoas que ficaram do lado de fora por problemas com a meia entrada comprada. Apesar do show ser um pouco monótono, Paul Banks, o vocalista, inúmeras vezes se conectou com o público ao falar e agradecer em português.
Quando a Jeunesse Arena estava praticamente lotada, a banda inglesa subiu ao palco em meio aos gritos dos fãs que não esperavam por uma setlist impecável. A primeira a tocar foi a calma “There’d Better Be a Mirrorball”, presente no último álbum lançado “The Car” e logo após a intensa “Brianstorm”, fazendo todos pularem retornando à 2007 com o segundo álbum da banda “Favourite Worst Nightmare”.
Em seguida, emplacaram “Snap Out Of It” de forma que toda a arena cantava em coro a faixa do “AM”. O início de “Crying Lightning” soou de forma uníssona, retornando ao memorável disco “Humbug”, e muito bem representada por Alex Turner e Jamie Cook com suas extasiantes guitarras, levando todos a cantarem o refrão fervorosamente. Sensação semelhante presente na seguinte canção que embalou todo o lugar com “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair” presente no “Suck it and See” álbum de 2011.

Não posso deixar de mencionar a excepcional presença de palco de Alex Turner, sempre fazendo o público caminhar conforme seus trejeitos envolventes presentes principalmente nas interpretações de “Why’d You Only Call Me When You’re High?” (AM) e “Body Paint” (The Car), momento em que todos ligaram as lanternas dos celulares.
A oitava música da noite, “Four Out of Five” faixa do TBHC, teve um arranjo bem mais acelerado, conseguindo encaixar perfeitamente com o rock progressivo de “Arabella” (AM). Em seguida, mudaram para o blues e funk de “I Ain’t Quite Where I Think I Am” que conquistou alguns corações nesse novo álbum. A faixa “That’s Where You’re Wrong” (Suck It and See) não era esperada e os fãs amaram, mas não tanto como em “Cornerstone” em que se instalou mais um coro. Em “Do I Wanna Know” (AM) e “Tranquility Base Hotel & Casino” não foi diferente.
As últimas 4 músicas antes da pausa fizeram a galera entrar em uma vibe nostálgica maravilhosa, quem diria que eles tocariam “Pretty Visitors” (Humbug), “From the Ritz to the Rubble” (Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not), “Do Me a Favour” – que não era tocada no Brasil desde 2012 quando fizeram parte do line-up do Lollapalooza e “505” (ambas do disco Favourite Worst Nightmare), que se destacou com um novo arranjo mas os fãs já estavam entregues desde o início. Com isso, todos da banda deixaram o palco com um certo mistério se serviriam mais surpresas durante a noite.

Para fechar com chave de ouro, a estreia ao vivo de “Sculptures of Anything Goes” deixou a todos concentrados com seus sintetizadores e encerrou não deixando ninguém parado com “I Bet You Look Good on the Dancefloor” e “R U Mine?”. Com a galera completamente entregue aos gritos, Arctic Monkeys agradecem aos fãs com gestos carinhosos e acenos – eles sabiam que tinham entregue a melhor setlist de ANOS.
No sábado (05), a banda se apresentou no Primavera Sound, em São Paulo, com setlist próximo ao do Rio de Janeiro, alternando a ordem e fazendo poucas trocas. Nesta terça-feira (08), a banda se apresenta em Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski.

Sair da versão mobile