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Crítica | Pacificador – Segunda temporada (sem spoilers)

Crítica | Pacificador – Segunda temporada (sem spoilers)

Segunda temporada eleva com grandeza o drama e o caos no DCU, mas peca em alguns excessos. Saiba mais nessa crítica sem spoilers:

Matheus Volnutt Por Matheus Volnutt
10 de outubro de 2025
Em DC, Séries e TV
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A segunda temporada de Pacificador é maior, mais ousada e, inevitavelmente, mais polêmica do que a primeira. Desde o seu lançamento, muita gente vem exaltando o tamanho da produção, enquanto outros reclamam do final — e com certa razão. O encerramento da temporada divide opiniões, especialmente porque há quem acredite que a história poderia ter terminado no penúltimo episódio, com o fechamento emocional do arco dos 11th Street Kids e o destino que eles escolhem seguir. O gancho deixado por James Gunn no último episódio é o tipo de coisa que poderia facilmente ter sido uma cena pós-créditos, e é aí que mora a principal frustração: ele prometeu que o DCU sob sua gerência não cairia na armadilha de amarrar tudo em um multiverso co-dependente como o MCU, mas acabou fazendo exatamente isso. Mesmo assim, é impossível negar que a segunda temporada é boa. Muito boa, aliás. Desde o primeiro episódio, ela já mostra um clima mais intenso, mais maduro e melancólico do que a anterior, mesmo mantendo o humor e a identidade de James Gunn.Peacemaker Season 2 Trailer Goes Full Multiverse, Confirms The Suicide Squad Still Canon | Den of Geek

A primeira temporada tinha uma pegada mais contida, quase uma continuação direta do O Esquadrão Suicida (2021), repetindo até algumas ideias — um grupo desajustado enfrentando uma ameaça alienígena que o governo precisa encobrir. A diferença agora é que a trama vai além. A série começa com as consequências das ações do Pacificador/Christopher Smith (John Cena), que depois de matar Rick Flag Jr. (Joel Kinnaman) a mando de Amanda Waller (Viola Davis), tenta se redimir e construir uma nova vida. Agora, temos Rick Flag Sr. (Frank Grillo), o pai do herói morto, como Secretário de Defesa e assume o comando da ARGUS com o afastamento da Waller após o exposed realizado na TV por sua filha Lee Adebayo (Danielle Brooks). Incapaz de atacar diretamente o Pacificador, ele passa a monitorá-lo para encontrar um motivo legal para destruí-lo. É uma virada interessante, que coloca o personagem em um papel político, manipulando leis e autoridades para concretizar sua vingança. A investigação leva à descoberta de um portal dimensional escondido pelo Pacificador — uma tecnologia que lembra o buraco interdimensional de Lex Luthor (Nicholas Hoult) em Superman. Isso cria uma ligação direta com o DCU e abre espaço para o tema central da temporada: os espelhos distorcidos entre realidades e ideologias.Peacemaker Season 2's Justice Gang Cameo Explained By DC's James Gunn

Eis então que, como num refúgio, após ter sido rejeitado pela Gangue da Justiça e por sua paixão platônica Emilia Harcout (Jennifer Holland), Christopher descobre uma dimensão alternativa que é o ponto alto da temporada. Um universo quase idêntico ao seu, mas onde tudo é perfeito para ele — seu pai e seu irmão estão vivos até a mulher por quem ele é apaixonado está sendo recíproca. Só que logo percebemos que há algo profundamente errado: nessa realidade, todas as pessoas são brancas. É uma crítica social que James Gunn faz com sutileza e acidez no decorrer da temporada, mostrando uma sociedade aparentemente ordeira, mas construída sobre preconceito e exclusão. É um dos momentos em que a série se aproxima da genialidade que Gunn mostrou em O Esquadrão Suicida e até em Guardiões da Galáxia 3: usar o absurdo e o fantástico para refletir o pior da humanidade. Esse contraste entre as duas terras, e especialmente o paralelo com o ódio crescente aos meta-humanos na Terra-1, cria um diálogo claro com a nossa própria realidade — e é o tipo de comentário político que o diretor sabe fazer muito bem, sem precisar de discurso direto.Peacemaker season 2 release date, first trailer revealed

Por outro lado, há decisões que incomodam, especialmente com o desenvolvimento de Rick Flag Sr. Ele começa bem, com camadas e motivações compreensíveis, mas sua virada final é abrupta, quase gratuita. Parece o tipo de mudança de comportamento que acontece apenas para servir o roteiro — uma virada à la Daenerys Targaryen no final de Game of Thrones, feita sem o devido desenvolvimento. O ódio repentino dele pelos meta-humanos, por exemplo, não é justificado. É estranho ver esse mesmo personagem ter empatia por super-seres em Creature Commandos e até dialogar diplomaticamente com o Superman, para depois se tornar o vilão intolerante e movido por raiva que vemos aqui. O paralelo com o racismo na Terra-2 (ou Terra-X como está sendo apelida pelos fãs dos quadrinhos) é interessante, mas sua construção é apressada, sendo justificado apenas por um foreshadowing deixado por uma reflexão feita pela Adebayo comparando o mundo racista com o nosso. Ainda assim, a temporada se sustenta porque James Gunn sabe equilibrar emoção e caos — e porque John Cena entrega uma das melhores atuações de sua carreira, especialmente no penúltimo episódio. Se ele não for pelo menos indicado ao Emmy, será uma injustiça.Peacemaker Season 2 opening sequence, everything to know

Tecnicamente, Pacificador está no auge. A fotografia está mais refinada, a trilha sonora é excelente, e a nova abertura — que eu comecei achando fraca — se torna incrível com o tempo, refletindo o tom melancólico e introspectivo dessa nova fase. As participações especiais são divertidas, embora às vezes exageradas. James Gunn continua com seu humor peculiar, mas em certos momentos parece flertar demais com o estilo Taika Waititi — um humor repetitivo que começa a cansar. O problema maior, porém, está no último episódio. O encerramento que parecia perfeito dá uma guinada repentina para justificar um novo arco no DCU, algo que soa mais como imposição de universo compartilhado do que como conclusão orgânica. É um final que causa mais frustração do que curiosidade.

No saldo geral, Pacificador – Segunda Temporada é uma baita produção: corajosa, politicamente afiada, emocionalmente mais densa e visualmente impressionante. Gunn entrega um trabalho sólido, mesmo tropeçando em seus próprios excessos e amarrando demais a série ao futuro do DCU. Talvez o que irrita tanto os fãs não seja o que a temporada faz, mas o que ela promete — e não precisava prometer. Ainda assim, Pacificador continua sendo o projeto mais autoral e humano do novo universo da DC, e enquanto John Cena continuar vestindo o capacete, vale a pena acompanhar até onde essa insanidade pode ir.

Tags: DCUhbojamesgunnjohncenapacificadorpeacemaker
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Matheus Volnutt

Matheus Volnutt

Formado em cinema, profissional da área de produção audiovisual e criador da Terra Nérdica.

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