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Crítica | The Bear – 4º Temporada

Crítica | The Bear – 4º Temporada

Com uma temporada mais contida, The Bear prova por que ainda é uma das melhores séries da atualidade.

Fox Por Fox
3 de julho de 2025
Em Séries e TV
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A quarta temporada de The Bear chega como um prato ousado que retorna à mesa com novas camadas de sabor — e surpreende ao mostrar que ainda sabe exatamente como provocar o paladar. Após um terceiro ano que dividiu um pouco o publico, marcado pelo colapso emocional de Carmy, a série volta ao seu equilíbrio ao colocar o restaurante homônimo diante de um desafio urgente: sobreviver a uma crítica mordaz do Chicago Tribune e evitar a falência em sete meses. O relógio digital que marca o tempo restante para salvar o sonho coletivo de The Bear não apenas injeta tensão narrativa, mas também simboliza a contagem regressiva emocional de seus personagens, que agora se movimentam com mais foco, humanidade e propósito. A sensação é de um retorno à forma — mais maduro, mais contido, mas ainda fervendo por dentro.

Carmy, agora, não é mais o tirano meticuloso cujo perfeccionismo quase devorou a própria equipe, mas um chef em busca de redenção – e, principalmente, de propósito. Nas conversas com o irmão Mikey que abrem a temporada e no reencontro desconfortável com Claire, ele verbaliza o paradoxo de “fazer o que ama” sem necessariamente “amar o que faz”. A angústia deixa de ser exibicionista e vira reflexão: cada panela que ferve na cabeça do protagonista o obriga a encarar a mãe Donna, fantasma tão presente quanto a contagem regressiva no corredor.

Ao redor dele, o cenário finalmente se expande para que o conjunto respire. Sydney continua oscilando entre assinar a sociedade em The Bear ou aceitar o convite de Chef Adam, mas ganha um episódio solo —  coescrito pela própria Ayo Edebiri — que a afasta do balcão e mergulha em raízes familiares, explicando por que cozinhar é, para ela, ato de legado. Richie ensaia discursos motivacionais e encara o espelho do “padrasto perfeito” Frank; Ebraheim contrata um consultor vivido por Rob Reiner e confere um inusitado vigor empresarial à velha janela de sanduíches. Até Marcus, ainda de luto, encontra uma rota de ternura ao aperfeiçoar a confeitaria enquanto tenta reconectar-se com a família.

Christopher Storer e Joanna Calo trocam os planos sequência claustrofóbicos por close‑ups contemplativos: a turbulência agora é interna, não mais o caos frenético de facas e frigideiras quicando em uníssono. Essa calma obrigatória — fruto da crise financeira — permite diálogos sussurrados que devastam mais do que qualquer gritaria de temporadas passadas. O episódio duplo do casamento de Tiff funciona como espelho do sexto episodio da segunda temporada: onde antes havia estrépito, agora há catártico abraço coletivo; o caos dá lugar a pequenas revoluções de afeto.

O leitmotiv desta safra é o tempo: relógios, alarmes, paralelos explícitos com o episodio de abertura lembram que cada personagem precisa quebrar ciclos para evoluir. A pressão monetária converge com implosões íntimas: falir ou amadurecer. É aí que a série encontra novo equilíbrio entre apostas concretas e dilemas emocionais, fazendo com que o prazer de ver gente apaixonada pelo oficio volte a temperar cada cena.

No elenco, Jeremy Allen White entrega nuances de vulnerabilidade inéditas; Carmy parece perceber, enfim, a distância entre genialidade e autossabotagem. Mas quem rouba o prato principal é Ayo Edebiri: sua Sydney hesitante transborda carisma, humor e um medo quase palpável de dar o próximo passo — desempenho que confirma que o coração do show bate mesmo é na praça de montagem, onde ela dita o ritmo entre o caos e a ordem. Ebon Moss‑Bachrach, Liza Colón‑Zayas e Lionel Boyce completam a orquestra, cada um afinando seu instrumento em solos breves que se somam numa sinfonia agridoce.

Ao final, The Bear foca em cicatrizes que contam história em um cardápio de emoções que concilia tensão e ternura — e faz da zona de conforto um prato surpreendentemente picante. Saí do último episódio com aquela sensação rara de ter degustado algo familiar, porém renovado — como o primeiro bocado de um clássico reinventado pelo chef na véspera do prazo final.

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