O quinto episódio da segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder nos entregou uma trama cheia de surpresas e momentos emocionantes, especialmente no núcleo dos anões, que sempre foi o meu favorito.
A série está se superando em mostrar os efeitos dos anéis em seus portadores, algo que é pouco explorado nos filmes de O Senhor dos Anéis. Nos filmes, sabemos que os anéis eram um presente falso de Sauron, usados para controlar os povos da Terra Média. No entanto, é fascinante ver como cada anel tem poderes distintos, dependendo de seu portador. Os Três Anéis dos Elfos, por exemplo, possuem poderes mais elementares, conectados à natureza e ao mundo ao redor deles, enquanto os anéis dos anões estão profundamente ligados às rochas e ao metal, permitindo que eles escutem a rocha. Essa distinção de poderes é uma adição muito bem-vinda, que aprofunda a mitologia e o entendimento sobre os anéis. Um dos momentos mais empolgantes do episódio foi a criação do Portão de Durin, o famoso portão élfico que dá passagem para Moria. Esse portão só pode ser aberto com a palavra Mellon e é visível apenas à luz da lua. Não esperava ver essa cena tão cedo na série, e foi uma surpresa extremamente agradável! É um detalhe que acrescenta muito ao desenvolvimento da história e à construção de mundo, amarrando ainda mais a série com os eventos que conhecemos dos livros e dos filmes. A cena da Disa escutando o rugido do Balrog na fissura na montanha foi intensa e, honestamente, uma das melhores do episódio. Foi arrepiante, e o tremor causado por sua presença é um prenúncio sombrio do que está por vir para os anões e para toda a Terra Média.
Outro ponto interessante foi ver Celebrimbor recusando-se a forjar os Nove Anéis para os homens, o que leva Annatar a assumir a tarefa por conta própria. Essa cena reforça a ideia de que os homens são os mais suscetíveis à corrupção de Sauron, não apenas por sua natureza, mas porque Sauron escolheu corromper os mais nobres entre eles, forjando ele mesmo os anéis. A série está explorando essa nuance de maneira intrigante, oferecendo uma nova perspectiva sobre a relação entre os homens e o Senhor do Escuro. Outro detalhe fascinante foi a adição de mais Mithril à composição dos anéis. Quando a artífice élfica experimenta o novo anel, ela é transportada para o Mundo Invisível, onde vê a verdadeira forma de Annatar, um monstro de fogo com olhos eternos. Esta visão revela que os anéis dos homens têm uma composição diferente, feita para suprimir a falta de nobreza dos homens, explicando porque eles se tornam Nazgûl e passam a existir tanto no Mundo Visível quanto no Invisível.
Por fim, a cena do motim em Númenor, especialmente o momento em que Kemen, filho de Pharazon, mata o marinheiro amigo de Isildur. Ver o sangue derramado em um lugar sagrado simboliza o início da decadência de Númenor de uma maneira brutal e emocional. Essa cena foi incrivelmente poderos e um marco na narrativa, demonstrando a seriedade das consequências das ações dos personagens.
Com o fim deste episódio, é evidente que a história está avançando em um ritmo acelerado. No início, a série foi planejada para cinco temporadas, mas a velocidade com que os eventos estão se desenrolando me faz pensar que talvez eles estejam ajustando esse cronograma. Já vimos a forja dos Sete Anéis e agora os Nove estão em processo, mas ainda há muito a ser explorado! A série está crescendo em complexidade e mantendo o nível de qualidade que esperamos de uma produção de O Senhor dos Anéis. Estou empolgado para ver o que vem a seguir e como essas histórias vão se entrelaçar com a saga épica que tanto amamos.
Confira uma análise mais detalhada no canal: