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Crítica | Ninguém sai vivo daqui retrata a camada sombria da nossa sociedade

Crítica | Ninguém sai vivo daqui retrata a camada sombria da nossa sociedade

Ricardo Santos Por Ricardo Santos
11 de julho de 2024
Em Filmes
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Crítica: A Agente Polonesa

O Hospital Colônia, localizado na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, foi uma instituição fundada em 1903 que esteve em funcionamento até os anos 80, sendo comparado por pessoas como Franco Basaglia a um campo de concentração, responsável pela morte de muitas pessoas internadas.

Os terríveis acontecimentos ocorridos deram origem ao livro Holocausto Brasileiro: Genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil, escrito por Daniela Arbex e lançado em 2013. Em 2021, foi lançada a série Colônia, exibida no Canal Brasil.

O compilado do seriado e algumas cenas extras resultaram no longa-metragem Ninguém Sai Vivo Daqui, dirigido por André Ristum, roteirizado por Daniela Arbex e Rita Glória Curvo, com lançamento nos cinemas previsto para o dia 11 de julho deste ano.

O longa, com duração de 96 minutos e distribuído pela Gullane Entretenimento, é estrelado por Fernanda Marques, Augusto Madeira, Andréia Horta, Rejane Faria, Naruna Costa, Aury Porto, Arlindo Lopes e Bukassa Kabengele.

A história do filme é ambientada no começo dos anos 70, seguindo os acontecimentos em torno da jovem Elisa, que é internada à força pelo pai no Hospital psiquiátrico Colônia, por ter engravidado do namorado. Durante sua internação, ela passa por muitos abusos e, junto com outros colegas injustiçados, busca uma maneira de fugir deste lugar terrível.

É inevitável não comparar este filme com outras obras importantes como O Bicho de Sete Cabeças, que abordam de forma tão impactante a situação das internações psiquiátricas e o movimento antimanicomial, que é discutido no país até os dias de hoje.

Mesmo que tenham suas similaridades pelo recorte social que adaptam, ainda existe uma diferenciação entre ambos os filmes pela utilização de uma perspectiva feminina dessa situação, tornando a experiência muito mais desoladora e chocante.

O filme tem algumas escolhas criativas muito interessantes, sendo a que merece maior destaque a fotografia em preto e branco, enfatizando os aspectos dramáticos em torno de tudo que ocorre dentro do manicômio e o sofrimento das pessoas presas.

A direção é muito competente e conduz a jornada traumatizante da protagonista em um ritmo cadenciado, retratando o lado emocional dos elementos em tela, exemplificado por um monólogo realizado pela intérprete de uma paciente que está sobrevivendo ao Colônia há muito tempo.

Além do visual, a trilha sonora é um ponto importante por acentuar a emoção, seja o medo em uma cena forte ou a tristeza durante um diálogo da protagonista com outro paciente.

O elemento sobrenatural, que procura trazer mais aspectos voltados ao terror, acredito ser um ponto negativo, pois o sofrimento dos internados na instituição e a falta de esperança de sair ou fugir daquele lugar já é algo muito assustador por si só.

As atuações que mais chamam atenção ficam entre Fernanda Marques (Elisa), que consegue representar de forma muito crível o sofrimento de uma vítima do Colônia, enquanto, por outro lado, Augusto Madeira entrega um enfermeiro que representa de forma sólida o lado cruel e impiedoso da equipe, mesmo que ainda haja suas exceções.

A experiência é um tanto devastadora por retratar de forma tão sólida o trauma que a internação nessa instituição proporciona, inclusive pelas razões dadas para que boa parte daquelas pessoas estejam presas naquele lugar, ignorando o aspecto clínico e reforçando todo o preconceito social que ainda se luta contra até os dias de hoje.

Entre os pontos positivos e negativos a respeito de Ninguém Sai Vivo Daqui acredito que, para um espectador que conheceu o seriado, seja uma experiência um pouco frustrante pelo sentimento de o filme representar uma versão resumida dos acontecimentos do excelente seriado de TV.

Para alguém que não está familiarizado com os acontecimentos no Colônia, o filme é uma experiência que será impactante por mostrar de uma forma crua o lado cruel que permeia a nossa sociedade.

Tags: cinemaCinema BrasileirofilmesFilmes NacionaisNinguém Sai Vivo Daqui
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Ricardo Santos

Ricardo Santos

Fã de quadrinhos, séries, filmes, games e Doramas. Apaixonado por DC de Grant Morrison a Alan Moore. Um psicólogo que adora analisar cultura pop.

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