Digimon sem dúvidas é uma das franquias mais marcantes que já passou pelo Brasil. A animação retorna ao país, com a estreia de seu décimo filme produzido pela Toei Animation, buscando colocar em mais uma aventura a segunda geração de digiescolhidos que se iniciou em Digimon 02 (Zero Two).
Os acontecimentos se passam dois anos após o filme Last Evolution Kizuna, que envolvia a turma de Tai (Taichi) e Matt (Yamato). Após a aparição de um imenso digiovo no mundo humano, Davis (Daisuke) e sua turma, conhecem um garoto chamado Lui Ohwada, que é encontrado com um Digivice, tentando interagir com o mesmo digiovo e afirma ser o primeiro digiescolhido de todos os tempos, com a narrativa de que os laços entre os digiescolhidos e seus digimons são fabricados.
Digimon 02: O Início tem uma das melhores animações de toda a franquia. Não tem um momento que deixa a qualidade visual cair e surpreende muito nos momentos mais emotivos e cresce ainda mais quando a trilha sonora se encaixa. Inclusive, o tema “Target” de Koji Wada está presente trazendo bastante nostalgia.
Nostalgia essa que sustenta muito bem o filme. Ao contrário dos filmes-episódicos de Digimon Tri, Zero Two: O Início, consegue equilibrar bem a nostalgia com a trama sem parecer demasiadamente forçado. Nós conhecemos os digiescolhidos, nós conhecemos seus parceiros digimons e sabemos de suas forças juntos, portanto, o filme não perde tempo e vai direto ao ponto, mas claro, sem deixar o bom fanservice de lado.
Apesar de ser uma boa experiência dentro do universo Digimon, o filme pode não ser de agrado para os fãs mais exigentes, já que o filme mexe com a cronologia de fatos do universo e algumas informações podem causar confusão. O longa segue com uma temática mais “slice of life”, abordando temas já conhecidos como amizade e os laços criados com seus parceiros digimons e vai além, trazendo temas mais densos como maus tratos e negligência familiar.
Digimon 02: O Inicio se destaca por trazer tudo o que já conhecemos de digimon de forma dinâmica e sólida, com bastante coragem de mudar o status quo da obra, mesmo que não acerte em todos os momentos. Uma boa experiência!