Sobrenatural: A Porta Vermelha (Insidious 5) encerra a franquia como ela merece: assustadoramente bem!
Hoje, 6 de julho, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” chega aos cinemas de todo o Brasil. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, que também faz sua estreia como diretor no longa, e finaliza a aterrorizante saga da família Lambert.
A estreia de Patrick Wilson como diretor é de tirar o fôlego, ele demonstra já nos primeiros minutos que tem habilidade para construir e prolongar tensão, sendo seu principal meio de trazer o terror para a tela. O Ator, e agora diretor, demonstra que aprendeu com James Wan e entendeu o que o fã da franquia criada por Leigh Whannell espera de um filme e trás para a tela um encerramento para deixar o espectador satisfeito. O filme tem momentos de jumpscares, adrenalina, desenvolvimento de personagens e referências aos filmes anteriores da franquia.
Neste quinto e último capítulo da franquia “Sobrenatural”, o elenco original retorna dez anos após os eventos do segundo filme para trazer um desfecho e enfrentar as entidades que se escondem no desconhecido.
Assim como os outros filmes, o terror é explorado na relação dos personagens com o “Além” demostrada através da presença de entidades nas sombras, o diálogo com o escuro e o desconhecido e principalmente os efeitos de tentar apagar o passado sem resolvê-lo por completo.
Na trama, Josh (Patrick Wilson) e Dalton (Ty Simpkins) se sentem um pouco perdidos devido à memórias não lembradas do passado. Dalton, que agora é um estudante universitário de artes, expressa o que está no seu subconsciente através de desenhos, trazendo para o presente lembranças que ele não recorda e dúvidas sobre o que aconteceu na sua infância. Com a ajuda de Chris (Sinclair Daniel), Dalton passa a explorar essas memórias e reviver momentos de bastante tensão.
Josh se encontra em um momento de incertezas, demostrada principalmente pelo medo de ser igual ao seu pai (personagem explorado no filme 3 da franquia) e não estar presente para a família. O personagem tenta entender seus lapsos de memória e acaba encontrando históricos familiares inesperados, desvendando brechas na sua própria história.
Separados em dois núcleos (Dalton na faculdade e Josh em casa), as histórias se entrelaçam na segunda metade do filme, alcançando um desfecho um pouco mais fraco do que a primeira metade.
Na primeira metade, temos o desenvolvimento das tramas individuais, com cenas que trazem tensão, sustos e bastante suspense, deixando o espectador com vontade de descobrir o que está acontecendo. Destaque para a cena da ressonância magnética do Josh, é de deixar o coração disparado!
Já na segunda metade, há um desfecho com menos momentos de jumpscares e mais momentos da relação do pai e filho, com momentos de flashbacks (com cenas gravadas nos filmes anteriores) e uma solução final pouco surpreendente mas justa para a franquia.
Sobrenatural: A Porta Vermelha é um filme que merece ser visto em tela grande e com o volume bem alto. A franquia se encerra bem e não deixa gancho para outros filmes e sim, vontade de rever toda a franquia.