É sempre bom ver qualquer coisa que foge do padrão hollywoodiano e ainda mais de uma diretora, nesse caso um filme de uma cineasta húngara que se passa a maior parte em Paris e tem inglês e francês como as línguas mais faladas. O filme é uma co-produção entre Alemanha, França, Hungria e Itália. Já é interessante só por isso, né?
O roteiro é uma adaptação de um livro húngaro de mesmo nome escrito por Milán Füst. E a diretora do filme é a Ildikó Enyedi, cineasta já premiada por “Corpo e Alma”. Outra composição importante para esse filme é o fato de ser estrelado por Léa Seydoux (Azul é a Cor Mais Quente, Bastardos Inglórios, Missão Impossível) e Gijs Naber (ganhador do Golden Caves por How To Avoid Everything).
Um capitão marinho, Jacob Stör (Gijs Naber), decide que vai casar com a primeira mulher que entrar no restaurante que acaba por ser Lizzy (Léa Seydoux). E assim eles começam essa relação sem sentido e surpreendente.
Primeiramente o filme não é sobre uma história de amor, na verdade não é nem sobre um casamento. E pouco se sabe sobre A Mulher que está no título do filme. O filme é sim bem lento, mais longo do que deveria. Muito tempo de reflexão, cenas que parecem mais um clipe sem música entre uma ação ou um diálogo e outro. Mas como eu disse, é o ritmo diferente do americano que estamos acostumados. De alguma forma sinto que foi interessante ver, mas acho que o público brasileiro não está preparado para um filme assim que é considerado muito mais Cult.
Tem algumas reflexões interessantes, atuação boa dos protagonistas, cenas que parecem uma pintura e uma quebra de expectativa sobre o que o filme deveria ser.
Assista aqui ao trailer do filme que entra hoje nos cinemas brasileiros: