Terra Nérdica
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
Página Inicial Filmes
Crítica | Um Filho

Crítica | Um Filho

Kevin Dutra Por Kevin Dutra
27 de março de 2023
Em Filmes
0 0
CompartilharTweetarEnviarEnviarCompartilhar

PostsRelacionados

Now! #12 | 15 Anos de “Inception” (A Origem) de Christopher Nolan

Crítica | Os Estranhos: Capítulo 2

Peter (Hugh Jackman) tem sua vida com sua nova parceira Beth (Vanessa Kirby) e um recém-nascido complicada quando sua ex-esposa, Kate (Laura Dern), aparece pedindo para ajudar com seu filho adolescente Nicholas (Zen McGrath), que está apresentando comportamentos preocupantes.

Assim começa “Um Filho”, filme dirigido e co-escrito por Florian Zeller, conhecido por “Meu Pai” de 2020. Desde seu sucesso anterior ficou provado que Florian sabe trabalhar dramas cotidianos muito bem e atingir aquela verossimilhança que comove e provoca identificação. Aqui ele repete isso, mas no contexto da depressão e suicídio, e preciso avisar (algo que o filme não faz) que há gatilho para tais. Entendo o objetivo de esconder e causar um impacto na audiência, porém desavisados que possuem experiência pessoal podem não gostar de descobrir isso durante a sessão. É justo também comentar: “Um Filho” e “Meu Pai” não tem qualquer relação, apesar da similaridade dos títulos, até mesmo repetindo atores como personagens inéditos. Dito isso, vamos ao filme.

De início, é provável que o público pense que esse é mais um conto estereotipado de pai rico e ausente que arruina a vida de seu primogênito por tal tratamento, mas rapidamente isso se mostra diferente e apresenta uma proposta bastante atual através do personagem do pai de Nicholas, Peter, que ao longo da história revela ter sido fruto da criação de um pai rico e ausente, o avô Anthony (Anthony Hopkins). Por ter passado por isso, Peter prometeu a si ser um pai melhor para seu filho, portanto, quando sua ex comenta que seu filho está fingindo ir para a escola há um mês, além de estar apresentando um comportamento agressivo consigo, ele aceita que Nicholas vá morar com ele para poder dar apoio mais de perto. Esses detalhes atualizam o material para uma geração de pais cuja criação os faz sentir roubados de escolhas e desprovidos de amor, e por isso querem dar aos seus filhos um tratamento melhor, o que não os exime de cometer erros.

Nicholas (Zen McGrath), Kate (Laura Dern) e Peter (Hugh Jackman).

Os atritos existentes vão sendo revelados por camadas, como uma cebola, então gradativamente cada personagem tem suas relações interpessoais reveladas e isso permite que a audiência vá mudando de opinião sobre cada um durante o desenrolar do filme. Todos os atores executam seus papéis muito bem, com destaque para a participação minúscula porém importantíssima do avô interpretado por Anthony Hopkins. Sua performance é de arrepiar, principalmente considerando que o ator tem 85 anos. Ele aparenta uma lucidez e uma consciência de seus gestos tão precisa que lembra seu papel mais famoso como Hannibal Lecter. Conhecer o pai de Peter é essencial para entender suas motivações e tomadas de decisão, e precisava convencer de que era um homem frio, desapegado e indiferente a ponto de seu filho repudiar qualquer atitude que o lembre de seu pai. Mas não menos importante é Zen McGrath, o neto e filho em depressão, que retrata a condição muito bem. A depressão é muitas vezes vista somente como tristeza aparente, porém ela é muito mais silenciosa e invisível, ostracizando a pessoa de maneira incompreensível para quem observa de fora. Essa falta de lógica por trás do sentimento dificulta a busca de Nicholas por ajuda, pois nem mesmo ele consegue entender e buscar ajuda.

Outro trunfo é falar do tratamento médico como opção mais valiosa do que amor e carinho, afinal depressão é uma doença psiquiátrica, o que significa que há alterações fisiológicas na pessoa quando sob seus efeitos. Esse momento é decisivo tanto na realidade quanto na história do filme: o filho é menor de idade, portanto quem decide se haverá tratamento psiquiátrico são os pais. A cena é muito bem construída, com todos os detalhes expostos pelo médico, como o motivo de Nicholas estar presente no momento, mesmo que ele não seja a pessoa a tomar a decisão. Essa é só uma de várias cenas que retratam depressão de maneiras pouco vistas no cinema, revelando uma proximidade pessoal do diretor com o assunto.

Por fim o filme é o chamado “conto de cautela”, uma história para abrir os olhos do público no intuito de informar e prevenir que mais situações como essa se repitam. Apesar disso, repito: deveria haver avisos na divulgação sobre o tema. Há após os créditos um texto comentando sobre a incidência de suicídios na adolescência com um link para um portal com referências de linhas de prevenção para diversos países, mas é escondido. Este não é um filme que se encaixa na categoria na qual se espera que haja uma cena pós-créditos e o grande público termina sua sessão ao primeiro rolar dos créditos. É debatível se um produto audiovisual deveria ter oficialmente a responsabilidade de entregar esse tanto de informação, mas já há um consenso público desde a série “Por Treze Razões” (“Thirteen Reasons Why”) de que sim.

Tags: hugh jackmanum filho
CompartilharTweetEnviarEnviarCompartilhar
Kevin Dutra

Kevin Dutra

Apaixonado pelas diversas formas de contar histórias, com predileção ao terror e ficção científica.

Categorias

  • +Música
  • Animação
  • Animes
  • Arcade
  • Bienal do Livro
  • CCXP
  • Ciência e Tecnologia
  • Clássicos
  • Colecionáveis
  • Console
  • Cultura
  • DC
  • Disney
  • Doramas
  • Entrevista
  • Esportes
  • Eventos
  • Festival do Rio
  • Filmes
  • Food
  • Games
  • Indie
  • Livros
  • Lugares
  • Mangás
  • Marvel
  • Mobile
  • Nacionais
  • Netflix
  • Online
  • Originais
  • Podcast
  • Quadrinhos
  • Rock in Rio
  • RPG
  • Sem categoria
  • Séries e TV
  • Shows
  • Star Wars
  • Teatro
  • Trailers
  • Universo Spanta
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música

© 2017 - 2023 Terra Nérdica Todas as imagens de filmes, séries e etc são marcas registradas dos seus respectivos proprietários.

Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música

© 2017 - 2023 Terra Nérdica Todas as imagens de filmes, séries e etc são marcas registradas dos seus respectivos proprietários.

Login to your account below

Esqueceu a Senha?

Preencha o formulário para registrar

Todos os campos são obrigatórios Log In

Reescreva sua senha

Por favor, insira seu username ou e-mail para resetar sua senha

Log In