Num momento onde o grande foco de diversas matérias é a Open AI, empresa com foco em soluções que usam de Inteligência Artificial, como o Chat GPT, que desenvolve redações, roteiros e até mesmo teses de mestrados com comandos simples, ou o Dall-e, que cria imagens do zero a partir de textos, Her (2013), de Spike Jonze, se torna ainda mais especial.
O longa, vencedor do Oscar de melhor roteiro original, estrelado por Joaquin Phoenix, traz à tona um mundo futurístico (mas nem tanto), onde as relações humanas se alternam com a Inteligência Artificial, colocando como possibilidade a substituição desta primeira pela última, seja no quesito amizade, como também no amoroso.
No entanto, apesar do filme ter 10 anos e já ter se tornado comum o uso de fones de ouvido sem fio, em meio às inovações cada vez mais constantes, será que estamos tão próximos de uma realidade onde a Inteligência Artificial poderá de fato nos compreender e assimilar para poder manter uma conversa e, quem sabe, nos encantar com uma possível personalidade criada a partir de suas experiências conosco e demais indivíduos?
Se estamos ou não caminhando para um uso personalizado da Inteligência Artificial, que pode se tornar uma companhia para quem se sente solitário e exausto em meio à rotina, e gostaria de ter alguém, ou algo que o compreendesse e o tornasse prioridade, ainda é cedo para dizer, mas hoje (06/02) o Google já anunciou que em breve liberará o Bard, concorrente direto do ChatGPT, que no passado já foi alvo de polêmica, quando um engenheiro envolvido no projeto acreditou que o sistema tinha consciência. Posteriormente ele foi demitido da empresa.
De qualquer forma, em meio à corrida tecnológica das Big Techs para os avanços da Inteligência Artificial, a questão que eu levanto, juntamente com o filme de Jonze é: será que em algum momento a tecnologia conseguirá, realmente, suprir as necessidades existentes numa relação 100% humana? Ou será que, tal como em Her, essa relação se torna falha no momento em que percebe-se que um sempre carecerá de algo que o outro nunca poderá oferecer?
O filme está disponível no catálogo da Netflix, e eu recomendo demais.
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