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Adão Negro – Crítica (Sem spoilers)

Adão Negro – Crítica (Sem spoilers)

Certamente um filme do The Rock

Matheus Volnutt Por Matheus Volnutt
21 de outubro de 2022
Em Filmes
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Crítica | Prédio Vazio

Tive oportunidade de assistir esse filme novo Adão Negro (Black Adam) da DC protagonizado e produzido pelo Dwayne Johnson, o que foi uma surpresa. Esse filme que estava havia uns 7 anos para sair desde antes de Batman vs Superman quando anunciaram que Johnson protagonizaria um filme da DC e especulava-se o Shazam, mas com o tempo ficamos sabendo que seria seu vilão, o Adão Negro, mas não como antagonista de Shazam! e sim sendo apresentado em seu filme solo.

Acontece que o filme levou muito tempo para sair principalmente por causa dos problemas que a DC enfrentou desde 2016. Muito teve que ser reformulado e vou te falar que eu fico bem satisfeito com as alterações que foram feitas desses últimos anos para cá. Eu gostei da briga que Dwayne Johnson comprou para que esse filme fosse feito de forma que presenteasse os fãs. Muito ali é fanservice e também muito legal de ver. Eu me diverti bastante e estou satisfeito com filme pela proposta que foi cumprida, mas é claro que tem alguns problemas e eu acho que muitos críticos vão exacerbar ao máximo estes. Mas eu vou aqui falar aos poucos de cada cada coisinha que me agradou e o que não me agradou também.

Para começar, para quem não sabe a história, o Adão Negro foi apresentado nos quadrinhos originalmente como um vilão do Shazam, mas hoje em dia ele é um anti-herói e o longa vem nessa pegada desses filmes de vilão/anti-herói que tá tendo agora principalmente da Marvel na Sony como por exemplo teve com Venom e Morbius e isso é interessante, porque o filme se alinha muito principalmente com O Esquadrão Suicida que tem uma equipe de anti-heróis. Inclusive, para quem não sabe em que momento da cronologia da DC esse filme está, ele se passa após a série do Pacificador.

O filme começa em Kahndaq, uma dessas nações fictícias da DC sendo esta uma referência ao Egito. A nação estava sendo escravizada por um tirano que buscava excessivamente um mineral mágico chamado Eternium e acaba com ele criando uma coroa que lhe conferia poderes demoníacos até que uma criança se levanta contra sua tirania e é escolhido pelo Conselho dos Magos como seu campeão lhe conferindo os poderes de SHAZAM! Interessante como esse começo relaciona muito com o filme do Shazam! Inclusive o Mago Shazam interpretado pelo Djimoun Houson aparece justamente para fazer essa relação.

Só que diferentemente do Capitão Marvel que tem o eneagrama SHAZAM com referência a deuses gregos, aqui no caso do Adão Negro faz referência a deuses egípcios. O campeão de Kahndaq enfrenta a tirania de Sabbac, libertando seu povo e desde então nunca mais sendo visto até que milênios depois, nos dias atuais, Kahndaq mais uma vez está sendo ocupada, mas agora pela Intergangue. Uma organização criminosa que usa de elementos místicos e alienígenas para desenvolver tecnologia e aplicar sua tirania no povo longe das intervenções da ONU.

E é nesse momento que Adrianna Tomaz (Sarah Shahi) busca a coroa de Sabbac para protegê-la das garras da Intergangue e a encontra na tumba de Teth-Adam, onde é encurralada pela gangue e acaba por invocar o campeão proclamando a palavra SHAZAM! Assim, Teth-Adam salva-lhe enfrentando a Intergangue e passa a ser aclamado pela Nova Khandaq como seu campeão mais uma vez. O filme passa a ser bem divertido com Teth-Adam que vivia na Antiguidade se deparando com o mundo moderno. O humor do filme é excelentíssimo e no timing certo. Ao mesmo tempo existe a discussão sobre o herói ser para lá de violento, já que em seu tempo necessitava realmente da agressão para ter voz e o mundo não é mais o mesmo, coisa que ele leva tempo para se acostumar.

E é essa violência que acaba chamando a atenção de Amanda Waller (Viola Davis), a líder da Força Tarefa X, que inclusive eu fico aqui sem saber o como que ela chegou numa posição de autoridade ainda maior do que ela aparecia nos últimos filmes, principalmente depois dos eventos de Pacificador. Amanda Waller contata a Sociedade da Justiça da América para capturar Teth-Adam e levá-lo como prisioneiro para a prisão submersa da ARGUS no Ártico – vale dizer que a quantidade de presos na estação da ARGUS se libertos podem criar umas quatro Legiões do Mal! Consigo muito bem ver aqui uma premissa para Vilania Eterna, caso o DCEU tenha interesse de adaptar, o que eu duvido muito, mas que seria muito interessante como eu já reforcei no meu artigo onde especulei como poderia ser o segundo filme de Liga da Justiça caso adotassem tal premissa.

Então vemos a reunião da nova Sociedade da Justiça da América conduzida por Carter Hall (Aldis Hodge), o Gavião Negro, que chama a jovem gênia e eolicinética Maxine Hunkel (Quintessa Swindell), a Ciclone; o jovem Al Rothstein (Noah Centineo), o Esmaga-Átomo sobrinho de Al Pratt, o Átomo original; e também o milionário Kent Nelson (Pierce Brosnan) que usa o elmo de Nabu que lhe confere os poderes do Senhor Destino, o Mago Supremo da DC. Curioso como tem pelo menos três heróis egípcios no filme.

O roteiro do filme é simples e eu já esperava isso. Porém, em algum momento acaba tentando ser mais do que devia tornando-se até mesmo confuso com o tanto de plot twist. Eu até consigo entender que num roteiro de quadrinhos isso faria sentido: cada edição terminando com um cliffhanger num arco de 6 edições, então com pelo menos 5 a 6 cliffhangers, mas aqui como estamos vendo num formato de um longa-metragem acaba se tornando somente cansativo e até mesmo caindo para o clichezismo – quando você tem uma surpresa por cima de outra surpresa, a surpresa anterior passa a ser menos relevante. Repetir a ferramenta deixa as anteriores cada vez menos relevantes e em certo momento você não quer mais ser surpreendido, mas ainda assim o filme insiste nisso. O longa estava me agradando bastante até o final do segundo ato, quando o personagem entende o que é ser herói, o que já era esperado, e por mim poderia ter terminado ali. Mas é então que apela para o maior clichê dos filmes do DCEU que é o terceiro ato com uma batalha megalomaníaca da equipe contra um vilão mega poderoso e que não tinha necessidade alguma de acontecer, mas que precisou ser incluída para que terminasse com mais ação sendo que o final anterior já era em si satisfatório.

Ainda assim, o arco narrativo do anti-herói protagonista traz uma discussão muito interessante que faltava no Universo DC. Com personagens completamente tons de cinza que vem sendo apresentados, é difícil diferenciar o que é um herói e um anti-herói e pôr a Sociedade da Justiça – a primeira super-equipe de heróis da DC, criada na Era de Ouro – ensinando para o Adão Negro que herói não mata, bota o protagonista num patamar muito diferentemente bem balanceado do que tentou-se em Batman vs Superman, por exemplo, em que ambos os personagens eram tão cinzentos quanto e a gente nem se quer entendia o motivo do por que brigavam. Enquanto aqui as lutas da Sociedade da Justiça contra o Adão Negro são bem justificadas por eles verem-no como um vilão que precisa ser detido, por mais que o povo aclame-o como seu herói. É bem parecido com o que foi muito bem feito na franquia Deadpool, quando a gente tem como protagonista o anti-herói e para reforçar isto você põe os X-Men como mocinhos tentando impedi-lo de cometer assassinatos, já que este insiste em trazer justiça. Ainda falando em clichezismo: a ação do povo se levantando contra a vilania nunca foi algo realmente bem trabalhado nesses filmes de heróis, trazendo apenas vergonha alheia e aqui repete o mesmo erro.

Já quanto a atuação eu não tenho muito o que reclamar. Normalmente vemos Dwayne Johnson interpretando ele mesmo, mas aqui é totalmente diferente. Ele entrega completamente como um homem desolado de seu tempo, ingénuo e aprendendo a a ser menos agressivo e mais heróico. Beirando ao assustador em alguns momentos. E quanto ao resto do elenco, você tem Pierce Brosnan sendo totalmente carismático como um senhor de idade mais experiente, evitando confusões desnecessárias e envolvendo-se somente no tempo certo e prendendo a atenção toda vez que começa a falar. Hodge cumpre bem também a personalidade arrogante do Gavião enquanto Noah deu um ar um pouco mais de Flash para o Esmaga-Átomo e Quintessa Swindell é totalmente maravilhosa como a Ciclone. Todos os momentos em que ela aparece, seja em ação, seja à paisana, são de tirar o fôlego. Só me incomoda o tanto de slow motion que tem para todas as cenas de ação dela. Na primeira vez, okay, para entendermos que ela esta girando provocando os ciclones, mas toda vez acaba se tornando cansativo.

Quanto a fotografia eu só tenho a elogiar. O filme é lindo e eu fico feliz de que eles tiraram o filtro amarelado que tinha nos primeiros trailer que tentava simular uma atmosfera egípcia. O resultado final tem um tratamento e distribuição muito bom de cores. Não é nada sombrio e realista como costumava ser os primeiros filmes do DCEU, mas vem muito nessa onda do 3-D plástico como os mais recentes filmes de ação japoneses e como as séries Sandman e Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder.

São poucos os momentos que a computação gráfica me incomodou. Tem uma uma sequência muito boa no início que é quando eles despertam o Teth-Adam e este está confrontando a Intergangue em bullet time ao som de Rolling Stones de forma muito semelhante as cenas do Mercúrio em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido e Apocalipse e o Flash em Liga da Justiça de Zack Snyder, mostrando como o personagem tem total ciência de todos os seus poderes, diferentemente de SHAZAM! onde o víamos aprendendo e realmente aqui não era necessário que explicasse novo. Mas é nessa sequência aí quando ele está enfrentando a Intergangue que algumas partes acabam ficando um pouco cafonas. É realmente difícil de representar um personagem voando por cabos principalmente se este não está realizando alguma pose mais aerodinâmica e somente levitando-se jogando seu corpo para frente como o Capitão F***-se, personagem de Anderson Gaveta. Porém o filme segue lindo desde então, principalmente em todas as cenas de ação do Senhor Destino – na boa! Eu veria um filme só dele! Só que chega no terceiro ato e o orçamento que foi gasto com o Senhor Destino parece que não sobra para o vilão e seus minions.

Mas agora quero falar do figurino e como são incríveis os trajes! O do Adão Negro que é bem mais produzido do que todos os do Shazam, totalmente estampado com hieróglifos e uma mancha negra que tenta cobrir o raio dourado no peito é não só bonito, mas totalmente justificado, além do capuz com estética egípcia também que é uma pena quando este é destruído, mas então mais tarde o herói retorna com uma capa. Toda a estética do traje do Senhor Destino é maravilhosa também. Gostei muito inclusive de terem feito o elmo sem olhos, já que realmente não há necessidade de que Kent Nelson enxergue através do elmo já que quem assume quando põe é o próprio Nabu, apesar disto não ser explicado no longa. A Ciclone também estava maravilhosa com toda a sua distribuição de cores, mas o único que me incomodou foi o Esmaga-Átomo que em certos momentos parecia muito um Deadpool, o que me tirava um pouco do filme. E aproveitando sobre o figurino, também gostaria de falar de um personagem surpresa, que provavelmente todo mundo sabe já quem, mas que aparece na cena pós-créditos – inclusive vale ressaltar que existe uma cena pós-créditos e ela traz de volta um super-herói muito querido do público e ele está com uma coloração bem mais viva.

A trilha sonora original tenta reproduzir um pouco da atmosfera épica de um Antigo Egito mesclado com um pouco do épico de super-heróis e isso é bem legal, mas em alguns momentos acaba se tornando repetitiva, apesar de bem esquecível. Já a edição de som na verdade é muito bem usada, tirando talvez no terceiro ato quando a trilha sonora original não parece acertar em alguns momentos de batalha. Além disso, há algumas canções licenciadas boas como Smashing Pumpkins logo no começo.

Nota: 3,5 de 5 (bom)

Enfim, Adão Negro está longe de ser uma masterpeça, mas ainda mais longe de ser um filme péssimo. Na verdade, ele cumpre bem o que foi prometido e está bem acima da média de filmes do DCEU e inclusive da Marvel Studios também. Torço muito para que o público goste do filme, pois fico muito feliz de estar vendo o Universo DC sendo bem representado com tantos personagens legais reunidos e espero muito que continue daí para melhor.

Tags: ÁtomoAtomsmasherBlack AdamCiclonedcDoctor Fate
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Matheus Volnutt

Matheus Volnutt

Formado em cinema, profissional da área de produção audiovisual e criador da Terra Nérdica.

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