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Crítica | Ruptura – 1ª Temporada (Sem Spoiler)

Crítica | Ruptura – 1ª Temporada (Sem Spoiler)

Nem sempre esquecer é o melhor caminho

Arthur Renan Por Arthur Renan
17 de junho de 2022
Em Séries e TV
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Ruptura, nova queridinha do momento, nos trouxe uma ficção científica dramática e misteriosa em um futuro próximo. Será que todos esses elementos entraram em harmonia com o roteiro e atuações?

Sinopse:  Lumen Industries, uma empresa que busca levar o equilíbrio entre trabalho e vida a um novo nível
~ sim, a sinopse original é bem básica mesmo ~

Criado e roterizado por Dan Erickson, esta série foi sua tentativa certeira. Sendo seu primeiro trabalho, Dan levou a ideia para Ben Stiller – isso mesmo, O Ben Stiller de “Quero Ficar com Poly“, “Uma Noite no Museu” – que ao ver tamanha criação aceitou produzir e dirigir de imediato. A série contém técnicas de filmagens muito bem exploradas, uma fotografia incrivelmente chamativa, enquadramentos invejáveis e tom perfeito para proposta sugerida.

É tudo feito propositalmente para lhe causar desconforto e estranheza. Os próprios personagens estão inclusos nesse aspecto. Eles agem de forma esquisita, tanto em seu hábitat pessoal, quanto trabalhista. Infelizmente eles são tão perdidos/inocentes a ponto da agonia lhe consumir em muitos momentos. Aceitam com facilidade situações atípicas e carecem de reações. Apesar disso ser proposital, não escaparás da agonia.

Seu desenrolar é extremamente lento, sempre se apoiando em ganchos “climáticos” para instigar o retorno do público. Uma pena a maioria deles não serem desenvolvidos no episódio seguinte ou, pior ainda, notarmos serem ínfimos posteriormente.

A história é instigante por si só. Qual a missão da Lumen? O que são os números? Quem compõe a diretoria? Quão grande é a empresa? Quem são essas pessoas aleatórias? Muitos questionamentos para pouquíssimas respostas. Há mais questionamentos, mas todas as perguntas levam ao spoiler.

Bem, então vamos à trama? Todos atentos?

O plot se inicia com uma nova empregada, Helly (Britt Lower), vivendo seu primeiro dia na empresa. Além dela entrar nessa jogada como um personagem orelha ao público, nota-se algo bem curioso: os outros trabalhadores, apesar de ensinarem a rotina da empresa, não sabem exatamente o que fazem.

Esse conceito de “existe um Eu trabalhador e um Eu pessoal” é muito criativo. Para trabalhar naquela empresa você concorda com o termo de não reter memórias construídas durante sua estadia ali. Ao chega para trabalhar a memória da vida pessoal é apagada, restante apenas as memórias da vida profissional. Ao ir embora as memórias da vida pessoal retornam, porém as lembranças da sua vida profissional são apagadas.

Convertendo para o cotidiano brasileiro, imagine perde, ao menos, oito horas diárias da sua vida estando operante inconscientemente. Durante todo esse período há um outro Você, fazendo algo do qual seu Eu jamais saberá e vice-versa. As implicações disso são dignas de um filme de terror, embora não seja a vibe da série.

Mark (Adam Scott), o protagonista, é cansativo. Acompanhar sua rotina, tanto pessoal quanto profissional, é de tirar o brilho dos olhos. De todos os personagens, ele é o mais pamonha. Dito isso, agradeça pelo núcleo de apoio aliviar essa barra. Os personagens principais são carismáticos demais! Todos eles possuem manias que os tornam únicos. É realmente bom vê-los em cena, mesmo os não cômicos.

Mark, pelo amor de Deus, meu filho…

Apesar da minha crítica ao protagonista, o ator Adam Scott é excelente! -contraditório? Nem um pouco – Mark é construído para estar tão perdido quanto você, telespectador. Helly encarna sua vontade de contestar aquele mundo apresentado. Pensando a grosso modo, temos os dois lados da mesma moeda para a mesma situação. Um contesta, outro aceita.

Contamos ainda com a participação de John Turturro (“The Batman“, 2022) como Irving, em mais um papel sensacional na sua carreira e Jack Cherry (o cara do “Homem-Aranha, dá um mortal aí!”) como Dylan – facilmente o personagem mais carismático de toda essa história – fechando o quarteto dos personagens centrais. A dinâmica entre eles é gradual e muito bonita de assistir.

Mark, Dylan, Irving e Helly

Compondo o lado antagonista: Patricia Arquette (“Boyhood“,”Stigmata“) como Harmony Cobel, lhe traz toda aquela sensação de indignação ao assistir essa personagem tão singular (parabéns) e Tramell Tillman como Milchick. Eu não conhecia o ator e já o tenho na lista como um dos grandes. A entrega de seu personagem muda bizarramente de acordo com a situação necessária; e isso meus amigos, não é fácil.

Milchick e Harmony Cobel junto ao pessoal

O trabalho do núcleo principal é simples: identificar uma sequência de números e os agrupar. O ambiente é um escritório pacato e, logicamente, sem aspecto do mundo exterior. Para chegar em sua sala deve-se passar por corredores predominantemente brancos, extensos e compactos na largura. Lá ainda consta salas diversas e outros setores, apesar de serem extremamente isolados. E nada disso é apresentado de forma normal.

Fora o estranho comportamento dos antagonistas com seus funcionários, esse ambiente foi formulado justamente para lhe incomodar. É tudo muito branco, com cores fortes ao mesmo tempo, sem nenhum tipo de enfeite para personalizar os cômodos, objetos perfeitamente alinhados e incrivelmente limpo, embora não seja vista nenhuma equipe de limpeza.

Sensação de vazio e exclusão

A trilha sonora da série é bem certeira nesse sentido de incômodo. Ela possui uma composição base com leves mudança de tom dependendo da ocasião. Essa repetição excessiva faz parte do desconforto. Supreendentemente a forma base combina com a maioria das ocasiões, tornando essa repetição justa e maçante ao mesmo tempo.

O único defeito realmente expressivo é seu ritmo. Não sei se o fato de ter maratonado a série me atrapalhou nesse sentido, mas haviam momentos urgentes/decisivos nos quais os personagens simplesmente falavam “depois eu vejo isso”. Quando se tem um escopo semanal, acredito ser necessário consumir assim para haver uma reflexão sobre os episódios. Entretanto, assistindo oito episódios seguidos, restando apena um para o desfecho, notei um problema estrutural dos acontecimentos: os ganchos apelativos eram resolvidos no final de outro gancho, ou seja, somente os finais dos episódios faziam a trama andar de fato.

Não precisa ficar assim, Irving. Também falei coisas boas da série.

Vislumbrar isso me deu uma receita de bolo para descobrir o macete da narrativa: inicia com algo, desenvolve com o surgimento de qualquer mistério e finaliza com um gancho arrasador. No episódio seguinte inicia-se com o gancho passado – mas sem dar muita importância -, desenvolve com o surgimento de outro mistério e termina solucionando o gancho anterior incrementando mais um. Isso na melhor das hipóteses, pois nem sempre esses ganchos terão resolução, quiçá os mistérios.

E só foi essa nota por conta das atuações e questões técnicas que são muito boas mesmo

A série é boa, mas eu não consegui absorver toda essa excelência que o grande público atribuiu a ela. Recomendo fortemente não maratonar; quem sabe você consiga enxergar esse primor.

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Ruptura está disponível na Apple TV, conta com nove episódios e já recebeu a confirmação da segunda temporada.

Tags: appletvcríticaemistériorupturasererencséries
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Arthur Renan

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