A série que já tem segunda temporada confirmada é situada no mesmo universo que a série original Gossip Girl (2007-2012). Leia a matéria que a Isadora publicou, aqui na Terra Nérdica, sobre suas primeiras impressões da série.
A segunda geração tentou ser tão icônica quanto a primeira, colocando vários elementos de representatividade, mas será que conseguiu? Pode ser um saudosismo meu, mas ainda com tão poucos episódios, a segunda geração não chega aos pés da primeira. Após rever alguns episódios de Gossip Girl (2007), posso até reconhecer que o ritmo do episódio era ás vezes um pouco demorado mas em pouquíssimos episódios já estávamos apegados a trajetória da Serena e tentando entender qual era o segredo que ela guardava e pelo qual decidiu sumir por um tempo. Meu objetivo, no entanto, não é comparar as duas séries. Então vamos lá para 2021!
Em tempos de pós pandemia, fiquei decepcionada com o pouco aproveitamento desse fato na história da série. Era uma boa oportunidade de revolucionar o conceito de séries na realidade pós pandêmica, mas pouco é citado e praticamente nada influenciou. De qualquer forma, a série inicia com a rivalidade entre as irmãs Julien e Zoya (Não se compara com a rivalidade Blair e Serena… tá bom parei de comparar) e de cara fica claro que elas criaram um laço de amizade profundo mas que rivalizam influenciadas por situações externas e não são exatamente cruéis mas são bem teimosas. Obie, namorado de Julien, se aproxima da Zoya e eles criam uma conexão bem previsível. Julien e Obie terminam e ele quase no mesmo segundo corre atrás da Zoya. Essa troca de namorados não parece ser um grande problema para as duas por um tempo após suas intrigas acabarem e é deixado de lado até o fim da temporada apesar das provocações dos outros.
Quando as irmãs voltam a se aproximar, outras questões são mais trabalhadas como por exemplo o problema do Max com o seu professor e com seus pais. Max é um personagem que me decepcionou muito, espero ainda poder ver uma evolução digna nele ou então que ele se mantenha como um personagem neutro, nem tão bom e nem tão ruim. Porém sinto que apressaram toda a sua crise para que ele mudasse rapidamente e se tornasse um personagem mais cativante em pouco tempo, o que na minha opinião não funcionou.
O núcleo dos professores me interessou bastante, apesar de ter virado um núcleo meio flopado que mal se conectava com os outros núcleos, gostei de como lidaram com os problemas que os professores de fato passariam e que fariam eles tomarem decisões difíceis, inclusive enganar uma professora para se salvarem. Neste momento percebi que a série estava de fato mostrando que todo mundo tem seus próprios interesses e pode fazer coisas desprezíveis para mantê-los.
Julien era mais mal vista nos primeiros episódios por acatar a maioria das dicas de suas “amigas” e usar seu poder contra o crescente sucesso de Zoya. Zoya era a menina que estava sendo mal tratada na escola nova e aprendendo a lidar com esse novo mundo. Entretanto, a série inverte isso e dá um desenvolvimento bom para Julien totalmente coerente e bem realizado. Já a queridinha Zoya se torna um pouco insuportável. Obie passa a voltar a sentir sentimentos pela ex e é um lixo com a Zoya e a trata como descartável quando vê uma pequena chance de talvez conseguir recuperar a Julien de volta. Me perguntei a série toda por que essas garotas gostam desse menino tão sem graça.
O possível trisal Audrey, Aki e Max foi bem desenvolvido e sem pressa. Eles são um dos motivos por eu querer ver uma continuação. Fiquei feliz por nos darem um pequeno fan service no último episódio. Será que eles vão de fato criar uma relação entre si ou será apenas essa situação casual? Espero que tudo ocorra de forma natural e nos entregando esse desenrolar aos poucos.
A série não é excelente mas ainda pode mostrar muita coisa legal e eu certamente irei ver a segunda temporada por pura curiosidade e falta de opções boas desse gênero.
XOXO!