Terra Nérdica
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
Página Inicial Séries e TV
Cidade Invisível – Deuses brasileiros são reais se você acredita neles (Crítica sem spoilers)

Cidade Invisível – Deuses brasileiros são reais se você acredita neles (Crítica sem spoilers)

Matheus Volnutt Por Matheus Volnutt
8 de fevereiro de 2021
Em Séries e TV
0 0
CompartilharTweetarEnviarEnviarCompartilhar

PostsRelacionados

Crítica | The Bear – 4º Temporada

Now! #5 | The Last of Us – The Walking Dead, Parte 2

Não é de hoje que falamos como seria super legal se alguém fizesse uma produção com as lendas do Folclore Brasileiro com um tom um pouco mais adulto do que o normal, fora do que estamos acostumados a ver como em Sítio do Pica-Pau Amarelo. De uns dez anos pra cá vem crescendo cada vez mais o número de romances do gênero fantástico brasileiro e então, já famoso por criar a animação Rio, Carlos Saldanha chega com tudo ao mundo dos live-action pela Netflix com Cidade Invisível.

Resultado de imagem para cidade invisivel Eric (Marco Pigossi)

Apesar da criação ser credita a Saldanha, o enredo foi elaborado pelo escritor Raphael Draccon, conhecido por Dragões de Éter, e sua esposa, também escritora, Carolina Munhóz, que juntos são conhecidos pelo livro Criaturas e Criadores que reimagina os monstros da literatura britânica no Rio de Janeiro, numa pegada bem parecida com a que reaproveitaram no seriado e que muito provavelmente era de interesse do casal realizar o live-action destas histórias, mas Saldanha os convenceu a focar no folclore nacional até para não conflitarem com a Universal Studios que já está produzindo um universo com estes monstros. Dracoon também já fez uma reconstrução de Sandman, do autor Neil Gaiman, no qual demonstra ser muito fã e podemos perceber bastante essas inspirações no seriado. Tal como no livro, que também ganhou seriado, Deuses Americanos, de Gaiman, vemos um mundo contemporâneo, com localidades que reconhecemos, acompanhando um protagonista, Eric (Marco Pigossi), que vive sua pacata vida até que se encontra numa crítica situação que envolve entidades eternas. Vamos aos poucos encontrando e reconhecendo essas entidades, pois usam nomes civis para se misturarem, e vemos crescendo uma guerra inevitável pela sobrevivência destes seres eternos que vão sendo mortos aos poucos, enquanto o protagonista sofre com a morte da esposa, Gabriela (Julia Konrad) que acontece no início do primeiro episódio, mas que o assombra fazendo aparições em quase todos os episódios, e, ao mesmo tempo, o protagonista descobre seu parentesco divino. Outra semelhança, neste caso com o seriado American Gods e não com o livro que o originou, da narrativa é a de apresentar a origem de cada uma das entidades sempre no início do episódio.

Resultado de imagem para cidade invisivel Luna

A história começa com Ciço (José Dumont) contando para crianças, durante uma Festa Junina numa vila do interior do Rio de Janeiro, uma história de quando viu o Curupira na mata, décadas atrás, que matou um homem que desrespeitou a mata ao atirar numa ave. E então, a jovem Luna (Manu Dieguez) avista vindo da mata uma chama que a atrai fazendo-a pensar se tratar do Curupira. Sua mãe, Gabriela, vai atrás da criança que se perdeu no meio do fogo que cresceu no mato e mais tarde a mãe é encontrada morta para infelicidade de todos e principalmente do Detetive Ambiental Eric que, enquanto busca respostas, depara-se com o caso de um boto cor-de-rosa morto no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Eric, apesar de estranhar o motivo de um boto de água doce aparecer morto numa praia de água salgada, não demonstra interesse no caso até o boto se transformar num homem morto que aparenta ter sido assassinato da mesma forma que sua esposa Gabriela e daí sua vida vira de cabeça pra baixo ao cair cada vez mais fundo no universo das entidades normalmente invisíveis para o cidadão do Rio.

Resultado de imagem para cidade invisivel

Diferentemente de Deuses Americanos, que serviu de inspiração, a história se passa praticamente toda no estado do Rio de Janeiro e não no país inteiro e a origem das entidades não se vem pela crença neles, mas sim por terem sido pessoas injustiçadas e mortas em algum momento, porém salvas pelo que parece ser a deusa-lua, tal como em outra obra que também aborda lendas estadunidenses, a animação A Origem dos Guardiões, que põe as lendas do Folclore Americano como entidades protetoras das crianças. No caso de Cidade Invisível, as entidades protegem a mata ou aos próprios interesses, numa pegada um pouco mais adulta do que a animação, mais emprestada das obras de Neil Gaiman mesmo e cito aqui até mesmo Sandman. O seriado tem um ritmo bom, empolgante e viciante – outra diferença de American Gods, ouso destacar – e os efeitos especiais surpreendem – é claro que Saldanha não deixaria a desejar, mas quando eu vi, eu ainda não sabia que ele estava envolvido. Apesar de não ser excelente num tudo, pois passa-se alguns furos e clichês, é claro, a obra é super importante principalmente por abrir as portas não só para mais produções com o folclore brasileiro como pano de fundo, mas para mais produções que se arriscam na fantasia e abusam sem medo de computação gráfica, além de uma trilha sonora excelente que vai desde Secos & Molhados até Dj Rennan da Penha e com personagens pra lá de carismáticos que você se apega e fica bem triste quando percebe que acaba tão rápido, especialmente Alessandra Negrini que mais uma vez rouba quase que completamente todas as cenas com seu antagonismo, e alguns personagens que se vão mas que, caso Draccon se inspire mesmo nas obras de Neil Gaiman, saiba como trazer de volta para nossa felicidade na segunda temporada.

Resultado de imagem para cidade invisivel

Além disto, a temporada abre brechas com easter eggs de entidades que não aparecem na temporada e isso inclui não só outras lendas urbanas e rurais, mas também deuses de matrizes tupi-guarani e afro-brasileira. Cidade Invisível vale muito a pena de conferir, disponível já na Netflix.

 

Tags: carlossaldanhacidadeinvisiveldeusesamericanosneilgaimannetflix
CompartilharTweetEnviarEnviarCompartilhar
Matheus Volnutt

Matheus Volnutt

Formado em cinema, profissional da área de produção audiovisual e criador da Terra Nérdica.

Categorias

  • +Música
  • Animação
  • Animes
  • Arcade
  • Bienal do Livro
  • CCXP
  • Ciência e Tecnologia
  • Clássicos
  • Colecionáveis
  • Console
  • Cultura
  • DC
  • Disney
  • Entrevista
  • Eventos
  • Festival do Rio
  • Filmes
  • Food
  • Games
  • Indie
  • Livros
  • Lugares
  • Mangás
  • Marvel
  • Mobile
  • Netflix
  • Online
  • Originais
  • Podcast
  • Quadrinhos
  • Rock in Rio
  • RPG
  • Sem categoria
  • Séries e TV
  • Shows
  • Star Wars
  • Teatro
  • Trailers
  • Universo Spanta
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música

© 2017 - 2023 Terra Nérdica Todas as imagens de filmes, séries e etc são marcas registradas dos seus respectivos proprietários.

Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
  • Terra Nérdica
  • Filmes
  • Séries e TV
  • Eventos
  • Games
  • Podcast
  • +Música

© 2017 - 2023 Terra Nérdica Todas as imagens de filmes, séries e etc são marcas registradas dos seus respectivos proprietários.

Login to your account below

Esqueceu a Senha?

Preencha o formulário para registrar

Todos os campos são obrigatórios Log In

Reescreva sua senha

Por favor, insira seu username ou e-mail para resetar sua senha

Log In