A CCXP Worlds: A Journey of Hope ocorrerá na semana que vem entre os dias 4 e 6 de dezembro e será totalmente virtual como todos já sabem.
Vamos dar início a uma série de entrevistas com artistas que estarão na Artist’s Valley da CCXP Worlds. Já que não podemos estar presentes pelos corredores do “coração” do evento, vamos conhecer um pouco mais de alguns dos artistas que estarão no evento virtual com as suas mesinhas digitais expondo e vendendo seu trabalho.
A primeira entrevista foi com o Raphael Fernandes que atualmente é editor e roteirista na Editora Draco em São Paulo e também conhecido por seus trabalhos na Revista MAD quando era publicada pela editora Panini até a sua última edição em 2017.
Veterano na CCXP, como eu brinquei “gabaritou” todas as edições e nos contou um pouco sobre o seu trabalho.
“Na CCXP Worlds, eu vou levar a volta da série Apagão que é uma série de quadrinhos que se passa em São Paulo, uma São Paulo distópica em que rola um blackout interminável de 3 meses sem eletricidade e o centro da cidade virou um campo de batalha para várias gangues que se formam com ideologias diferentes e disputam os últimos recursos do território na porrada, e é isso… Só que apesar de parecer um tema meio de ação, o quadrinho também discute uma série de questões de identidade, de política…”
“Os Macacos Urbanos são a gangue principal da história, os “heróis” da história, eles são uma gangue que segue um conceito meio templo Shaolin da capoeira, eles mimetizaram e aprenderam as principais artes das ruas e acreditam que podem ajudar a reconstruir a sociedade de uma maneira mais justa. E por outro lado tem outras gangues como os Guardiões da Moral, que são os fascistas mesmo, e são os vilões da história que querem implementar uma ditadura no centro e fazer com que os último sobreviventes sejam subjugados a suas vontades, aos seus interesses e seus discursos…”
“Apagão: Fruto Proibido, já se passa na visão de outro ponto de vista: a gangue das patinadoras, ele é bem focado nas protagonistas femininas e foi feito com todo o cuidado e pesquisa para que respeitasse e representasse as leitoras femininas”
Raphael disse que já está trabalhando nas continuações de Apagão, um RPG que já está em campanha no catarse e será lançado em abril, além de uma continuação de A Teia Escarlate.
“Meu maior interesse é no gênero de terror e isso influencia claro muito meu trabalho, então para quem gosta mais de terror, cyberpunk, distopias e autocríticas, meu foco é por aí. Terror eu gosto de trabalhar mais de dentro para fora, Quem sou eu? Da onde eu vim? Enquanto nas histórias de ficção científicas eu trabalho de fora para dentro, Como o mundo interfere na minha vida?”
Raphael fará lives em suas redes sociais nos três dias de eventos que contará com workshops sobre os gêneros que trabalha e conversas sobre o trabalho dele, os últimos lançamentos e projetos futuros.
Suas redes sociais e contato:
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