The Boys, para quem não sabe, é um seriado da Amazon Prime Video criado por Eric Kripke que faz adaptação de uma série quadrinhos homônima de Garth Ennis, mas, apesar de usar bastante os elementos do universo, faz algumas adaptações, muitas vezes para melhor. Saiba quais:
Atenção! Spoilers da primeira e segunda temporada de The Boys e dos quadrinhos também!
1. Mais destaque para Os Sete
O universo de The Boys trabalha como seria a presença dos super-heróis num mundo realista como o nosso, controlado pelas corporações. A série já começa nos apresentando Os Sete como a principal e única equipe de super-heróis, aquela cujo todo herói almeja. Já nos quadrinhos, existem várias outras equipes de super-heróis e todas elas são alusões a equipes dos quadrinhos da Marvel e DC, sendo Os Sete a Liga da Justiça e não são a principal e nem a mais rentável, que nesse caso são os G-Men, alusão aos X-Men. Todas as equipes são gerenciadas pela Vought-American, porém, Os Sete é a única em que todos os membros, tirando a Starlight e o Trem-Bala, foram criados em laboratório.
2. A morte da Robin
A cena da morte da namorada de Hughie Campbell é bem semelhante, com exceção de alguns pequenos detalhes como o cenário que era num parque de diversões na Escócia e que o velocista Trem-Bala estava enfrentando um super vilão, sendo que no seriado os super vilões nem existiam ainda a esta altura. Outra diferença é que Hughie fica ainda por horas segurando as mãos da Robin enquanto os paramédicos tentavam fazê-lo soltar.
3. Hughie Campbell e Simon Pegg
Nos quadrinhos o personagem Hughie foi visualmente inspirado no ator Simon Pegg, que ainda não era muito conhecido na época, mas o criador Garth Ennis queria que o Hughie fosse interpretado pelo Simon Pegg numa possível adaptação, porém, como a adaptação levou 15 anos para acontecer, o ator já estava velho para o papel, mas, em homenagem, foi inventado para a série o pai do Hughie para dar um papel para o Simon Pegg. Outra diferença é que Hughie é escocês e vai para Nova York a convite de William Butcher, além de que Hughie no quadrinho é baixinho, o que faz o Francês chamá-lo frequentemente de Petit Hughie, porém, na série ele tem um pouco mais de 180 cm. Na série o Frâncies se refere a ele como Petit Hughie não por ser pequeno, mas por ser o mais jovem da equipe.
4. A Torre dos Sete
Na série a Torre dos Sete é também a Torre da Vought e localizada no centro de Manhattan, já nos quadrinhos, como Os Sete são uma alusão a Liga da Justiça, seu QG é uma base aérea similar ao satélite da Liga da Justiça e o centro corporativo da Vought-American não tem relação alguma com a Torre dos Sete, inclusive, são raras as vezes em que algum executivo da Vought-American aparece no QG dos Sete, fazendo deles muito mais independentes em suas ações, apesar de controlados pela empresa.
5. O abuso da Starlight
A marcante e terrível cena do abuso da Starlight em seu primeiro dia como membro dos Sete foi, como a própria atriz disse, bem pior nos quadrinhos, não a toa que ela nem queria fazer esta cena até descobrir as mudanças que foram feitas para o seriado. Nos quadrinhos, Starlight é abusada pelo Trem-Bala, Capitão Pátria e o Black Noir juntos, sem participação do Profundo, que foi o único envolvido no seriado. Além disto, a atriz Erin Moriarty disse que só aceitou fazer a cena na TV, pois viu como as consequências foram adaptadas para algo muito mais relevante. Nos quadrinhos, as únicas consequências desta cena são quando William Butcher mostra para Hughie as gravações da sala dos Sete, fazendo Hughie brigar com Starlight e terminar com ela como se ela tivesse feito por que quis, uma conclusão muito mais machista que a da série que foi usada para uma discussão de empoderamento e que culminou no afastamento do Profundo.
6. O Super Clube
Enquanto tentava convencer Hughie a se juntar aos Rapazes, William Butcher o levou ao Super Clube, uma boate noturna exclusiva para supes, onde lá mostrou uma gravação sobre o Trem-Bala falando do incidente com a Robin. Nos quadrinhos, Butcher não o leva a nenhum Super Clube antes de convencê-lo a entrar para o grupo, mas logo após se juntar a eles, passam a investigar um supergrupo de heróis adolescentes que frequenta um super-puteiro. Em outro arco, quando os Rapazes visitam a Rússia, Butcher visita lá uma festa clandestino de heróis onde ele mata todos com bombas implantadas.
7. O Composto-V
Na série a presença do Composto-V começa a ser citada somente no terceiro episódio, quando, ao vigiarem o Trem-Bala e a Lâmina, os veem citando sobre. Aparentemente ninguém sabia sobre o Composto, não a toa, que a existência dele só vem a público após divulgarem para a Imprensa com a ajuda da Starlight. Além disto, é desvendado na série que todos os super-heróis foram criados pelo Composto-V e que ninguém nasceu com poderes. Já nos quadrinhos, a existência do Composto-V já é de conhecimento público e inclusive a Vought-American o comercializa e várias pessoas o usam a fim de desvendar seus superpoderes ou no mínimo uma super força e resistência como é no caso dos Rapazes que o usam para poder enfrentar os supes. Outra diferença é que, nos quadrinhos, existem sim supes que nasceram com poderes graças a seus pais terem sido usuários do Composto-V alterando assim sua genética.
8. Missão de Infiltração
Billy Butcher incentiva Hughie a aceitar a isenção da Vought com a condição de assinar os papéis com um pedido de desculpas presencial do Trem-Bala na Torre nos Sete, somente para implantar na Sala dos Sete uma escuta. Porém, Translúcido encontra a escuta e segue Hughie até seu trabalho, onde o enfrenta e é detido e capturado por Billy Butcher e mais tarde morto pelo próprio Hughie. Nos quadrinhos, Billy já tinha acessos às câmeras da Sala dos Sete e o super que Hughie mata em sua primeira missão é na verdade um outro super-herói menor, chamado Barney Clock, de um supergrupo adolescente chamado Teenage Six, enquanto vigiavam o super-puteiro que era frequentado por este grupo e são encontrados por eles, quando ocorre uma pequena luta em que Hughie, ainda sem controlar sua força devido ao Composto-V injetado nele por Billy Butcher, acaba por matar Barney Clock. Este, após retornar dos mortos graças ao Composto-V que regenerou seu corpo, mas não inteiramente sua mente, seguiu Hughie até sua casa, somente para ser morto novamente. Porém, desta vez, Hughie o finaliza incinerando seu corpo. Já a missão de infiltração de Hughie foi para se passar por um novo mutante a fim de entrar para os G-Men e implantar uma escuta na Mansão Goodwilck, base dos G-Men.
9. Translúcido e o Jack de Júpiter
Falando no Translúcido, tá aí um ótimo personagem que foi inventado para a série. Ele substitui o Jack de Júpiter dos quadrinhos, que é uma alusão ao Caçador de Marte da DC. Provavelmente os produtores da série preferiram por não usar um aparente alienígena na adaptação e inventaram um personagem mais humano, porém, com poderes similares.
10. A “santidade” do Homelander
No primeiro episódio do seriado foi construída uma ilusão de santidade do Capitão Pátria, tanto o Billy Butcher o refere como um santo a fim de dizer que é difícil incriminá-lo por qualquer coisa, pois não vemos ele bebendo, fumando ou se envolvendo com alguém, e Starlight o refere dizendo que ele é como Jesus, por motivos similares, mas porque ele tem sua imagem assim vendida também, não a toa que seu público é o conservador e cristão estadunidense. Porém, somente no fim do primeiro episódio é mostrado que ele é tão podre ou pior que os outros sete, e que, inclusive, é o que dá mais medo. Esta construção não existe nos quadrinhos, pelo contrário, já vemos desde o início que ele é um escroto. Além disto, nos quadrinhos é contada publicamente a história de que ele é um alienígena, semelhante a história de origem do Superman, coisa que foi esquecida no seriado onde foi inventado publicamente que ele teve uma infância, que na verdade não teve, pois todos sabemos que ele foi criado em laboratório, tal como nos quadrinhos.
11. Agente Rayner da CIA e Os Rapazes
A Agente Rayner nos quadrinhos se envolve sexualmente com Billy Butcher, isto, é claro, foi retirado da adaptação para dar a Billy a imagem de que ele é loucamente apaixonado pela Becca e que ainda acredita que está viva, portanto não a trai mesmo após anos sem vê-la. Além disto, Billy mantém sobre Rayner um terror a ameaçando e ameaçando também sua família e outro elemento diferente é como o grupo Os Rapazes é tratado pela CIA como uma divisão secreta a fim de manter os super-heróis na linha, com licença para matar um super se for preciso caso algum deles cometa algum crime. Eles também são responsáveis por levar alguns casos envolvendo supes a justiça.
12. 11 de Setembro e o Voo 37
Uma das sequências mais impactantes do seriado é a da tentativa falha de salvamento do avião. Esta sequência inteira foi inspirada num capítulo dos quadrinhos que acontece de forma similar e com diálogos similares também, porém, com algumas diferenças. Nos quadrinhos, o capítulo é um flashback do 11 de Setembro e todos os Sete foram enviados para parar o avião que iria atingir o World Trade Center. O problema é que o grupo dos Sete nunca foi treinado para ser herói, eles foram criados pela Vought-American e por isto falharam em campo deixando o avião cair na Ponte do Brooklyn. Mister Maratona, o velocista que antecedeu o Trem-Bala, é morto nesta missão. No seriado, o Voo 37 não ocorre no 11 de Setembro, mas nos dias atuais, e foi presenciado apenas pelo Capitão Pátria e pela Rainha Maeve e suas consequências são o discurso do Capitão Pátria a fim de comover a nação para que apoie a presença dos supes no Exército.
13. Outro Profundo
O Profundo dos quadrinhos é um personagem completamente diferente. Além de algumas mudanças como, ele era negro, voava, e só aparece como mensageiro e porta-voz de informações da equipe ou para a equipe, no seriado, o personagem é outro e foi criado para satirizar completamente o Aquaman e o Namor, coisa que o dos quadrinhos não faz tanto. Além da mudança étnica e limitação de poderes, o personagem tem a personalidade completamente diferente, onde, nos quadrinhos, podemos pensar até que ele é o único sensato dos Sete, pois nunca fez nada de errado, mas já o da série protagonizou o ato de abuso a Starlight, no lugar de Capitão Pátria, Black Noir e Trem-Bala. Além disto, foi dado ao Profundo na série um arco de auto aceitação, pois, tal como o Aquaman, ele sempre foi tratado como uma piada não só pelo público, mas pelo próprio Capitão Pátria. Tal como a ironia que existe sobre ridicularizar o Aquaman que é um dos personagens mais poderosos, com poder de mover 70% do planeta, o Profundo, no seriado, tenta o tempo todo se mostrar o mais útil, sendo um dos poucos que usa seus poderes para missões válidas como, foi ele que encontrou a Caixa Preta do avião destruído pelo Capitão Pátria no primeiro episódio, encontrou também a caixa com os restos mortais do Translúcido e também encontrou a câmera com a gravação do passageiro do Vôo 37. Além disto, as sequências de discussões do Profundo com a Starlight eram na verdade dela com o Trem-Bala.
14. James e Madelyn Stiwell
O Vice-diretor da Vought foi um dos quatro personagens que teve seu gênero mudado para a série, mas que serviu bastante para o desenvolvimento do Capitão Pátria com seu envolvimento freudiano que diz muito sobre sua criação, além da ótima atuação da Elizabeth Shue.
15. Kimiko, a Fêmea
A Fêmea dos Rapazes foi levemente alterada para a série. Nos quadrinhos, ela já estava junta dos Rapazes desde o início, enquanto no seriado, eles a conhecem numa das missões e descobrem ao mesmo tempo seu passado. Já nos quadrinhos o passado sobre ela é revelado bem depois e é muito mais similar a criação dos supes de laboratório no Sage Grove, de onde escapuliu, do que ligada ao nascimento de super-terroristas criados pelo Capitão Pátria e Trem-Bala no seriado, junto com seu irmão.
16. Greg e Grace Mallory
O fundador do grupo Os Rapazes é uma figura sombria que raramente aparece nos quadrinhos e no seriado foi um dos quatro personagens com gênero alterado, mas que também ficou muito melhor pois, o seu passado que lhe fez abandonar a busca por ferrar com a Vought e que levou a se afastar, graças a seus netos serem mortos pelo Lamparina, foi muito mais emotivo com a interpretação de Laila Robins, que, aliás, rouba a cena. Inclusive, Greg demora bem mais para aparecer nos quadrinhos do que Grace Mallory no seriado.
17. Becca e Ryan
Uma das mudanças mais complexas foi a da Becca que, nos quadrinhos, foi realmente morta quando estuprada, não pelo Capitão Pátria, ao contrário do que Billy Butcher acredita, mas pelo que mais tarde descobrimos ter sido o Black Noir. O filho criado na barriga dela cresce em um dia e ela morre no parto, testemunhado por Butcher que o vê com fogo nos olhos e o mata com um abajur. Já na série, aparentemente o envolvimento sexual da Becca com o Capitão Pátria foi consentido e obrigado pela Vought como experimento para a criação do primeiro bebê nascido com poderes, seu filho Ryan, e por isto a personagem é escondida por anos. Além disso, aparentemente Butcher desenvolve um laço afetivo com Ryan, em respeito a memória de Becca.
18. Black Noir não é clone do Capitão Pátria
Não tem como falar do caso da Becca Butcher sem falar do Black Noir. Como eu disse no ponto 17, o Black Noir foi o responsável pelo estupro da Becca nos quadrinhos, mas então como o bebê nasceu com o poder da visão de calor do Capitão Pátria? Acontece que, nos quadrinhos, o Black Noir é um clone do Capitão Pátria. Todos os Sete originais foram criados em laboratório, em ordem, o Capitão Pátria, depois a Rainha Maeve, depois o Black Noir como um clone do Capitão Pátria e plano de contenção caso o Capitão Pátria saísse do controle da Vought-American e depois o Profundo, o Mister Maratona, o Lamparina e o Jack de Júpiter. Já no seriado pudemos ver que o Black Noir não é necessariamente um clone do Capitão Pátria, por que é um ator afro-canadense, como foi mostrado no penúltimo episódio da segunda temporada, interpretado por Nathan Mitchell, mas que provavelmente foi criado em laboratório junto com ele. Na série já pudemos ver que ele tem uma certa resistência sobre-humana e regeneração também, além de, possivelmente, ter a garganta cortada.
19. Stormfront femi-nazi
O terceiro dos quatro personagens que teve gênero alterado para a série é o super Stormfront, membro dos Payback. O personagem era uma alusão ao Thor nos quadrinhos, fazendo parte dos supergrupo que servia de alusão aos Vingadores. Era contado sobre ele a história de era um deus nórdico renascido em forma humana e por isto tinha longevidade, mas, na verdade, Stormfront era um nazista dos anos 40 e foi o primeiro super criado por Jonah Vogelbaum, criador do Composto-V. Já no seriado a história foi levemente alterada, primeiro, que Stormfront se tornou uma mulher, mas manteve a sua origem nazista do início do século 20, porém, era casada com Frederick Vought, criador do Composto-V no universo da série, e também foi uma das primeiras cobaias do Composto-V que lhe deu longevidade e seus poderes elétricos e de vôo. Além disto, foi criado para a série que Stormfront teve outra identidade no passado, a Liberty. Como Stormfront, ela retornou moderna, porém, ainda racista e gerenciando um sanatório que ainda fazia experimentos com cobaias usando o Composto-V.
Já a presença da Stormfront no seriado foi triplamente aumentada, enquanto nos quadrinhos o personagem só aparece para enfrentar os Rapazes após a Fêmea, em uma de suas missões de assassina, acaba o enfrentando e arrancando seu olho, os Payback perseguem os Rapazes e os enfrentam, mas eles dão conta de todos, menos do Stormfront até que, em uma batalha final, com a ajuda de Vas, o Salsicha do Amor, o grupo pisoteia o super-nazista até a morte fazendo uma alusão aos países Aliados que detiveram o avanço do nazismo, com a Fêmea, a japonesa, de fora, mas com Billy Butcher sendo a Inglaterra, Leitinho da Mamãe sendo os Estados Unidos, o Francês sendo a França por razões óbvias e o Salsicha do Amor sendo a União Soviética. Já no seriado o fim que teve a Stormfront foi similar, com seu olho arrancado por Becca e com as Meninas pisoteando-a, mas um pouco diferente, pois não foi morta ali e somente depois de desmascaranem-na a público. Além de que, nos seriado, foi criada uma relação romântica sexual dela com o Capitão Pátria servindo de alusão a como os grupos republicanos flertam com o nazismo. Outra ironia da série foi escalar uma atriz judia, Aya Cash, para interpretar a super-feminazi Stormfront.
20. Frederick Vought, Jonah Vogelbaum e Soldier Boy
Como eu mencionei no tópico 19, nos quadrinhos, o criador do Composto-V foi Jonah Vogelbaum, que, mais tarde, se suicidou ao ver como sua fórmula estava sendo usada. No seriado, o Composto-V foi criado por Frederick Vought e inclusive a empresa ganhou seu nome por isto, e o primeiro super-herói público americano foi o Soldier Boy, uma alusão ao Capitão América, enquanto Jonah Vogelbaum foi apenas o criador do Capitão Pátria. É possível que vejamos o Soldier Boy na terceira temporada, interpretado por Jensen Ackles, com uma história similar ao do retorno do Capitão América após anos congelado, pois, como já sabemos, é possível que o Composto-V dê longevidade e sobre-vida.
21. A ausência do Tek-Knight e a Lenda
Existe um personagem nos quadrinhos que serve como se fosse o Stan Lee daquele universo, pois, foi o quadrinista contratado pela Vought-American responsável por criar as histórias fictícias sobre os super-heróis para vender a público. Ele também serve de informante para os Rapazes e o QG deles fica abaixo de sua loja de quadrinhos, tal como no seriado, mas o personagem não aparece. Foi este personagem que lhes deu a dica sobre o caso do Tek-Knight, um personagem dos quadrinhos que é um amálgama de Batman com Homem de Ferro e que teve ligação com uma morte homofóbica cujo os Rapazes levaram a justiça. No seriado este arco foi completamente cortado, porém, o Tek-Knight foi mencionado por protagonizar filmes de sucesso como são os filmes do Batman e do Homem de Ferro, pelo produtor do filme Dawn of the Seven que é uma alusão aos filmes-eventos de reunião de super-heróis como Os Vingadores e Liga da Justiça e fazendo referências bem claras com piadas a Batman vs Superman, Liga da Justiça, Shazam e Vingadores: Ultimato. A presença dos quadrinhos como influência sobre as crianças no universo da HQ foi trocada no seriado por esta presença da massiva produção de filmes de heróis, além de respeitar a memória de Stan Lee.
22. A origem do Leitinho da Mamãe
Um dos personagens mais interessantes entre os Rapazes é com certeza o Leitinho da Mamãe. Primeiro que, quando o conhecemos, ficamos em dúvida de como um afro-americano de quase dois metros tem um apelido como este. Mais tarde, sabemos que foi porque ele foi de uma das famílias que aceitaram experimentar o Composto-V em seus filhos. Leitinho da Mamãe ficou desnutrido graças ao Composto-V e por isto precisa ser amamentado, passivo de morte caso não tome algum leite materno. Tal história ainda não foi mencionada no seriado e talvez nem seja, mas parte de sua origem foi mencionada que foi a motivação de combater a Vought, por conta do que a empresa fez com seu pai que tentou lhes vencer em processo e acabou morrendo de tanto esforço. Este processo foi por conta dos dados que a Vought causou a família ao usar seu filho como cobaia sem lhes dar nenhum suporte quanto aos efeitos colaterais do Composto. Outra parte de sua história de origem foi a presença do personagem no incidente do 11 de Setembro na Ponte do Brooklyn, mas que provavelmente também não veremos no seriado.
23. Lamparina e o 42D
O Lamparina, membro da formação original dos Sete que serve de alusão ao Lanterna Verde original Alan Scott, foi o responsável pela morte dos netos de Greg Mallory e, por isso, como forma de trégua, os Sete entregaram o super-herói para os Rapazes a fim de que estes os executassem em vingança. Porém, com uma variação do Composto-V, Lamparina foi trazido de volta a vida, mas seu corpo foi regenerado e não sua mente. Assim, ele fica sendo mantido preso no 42D da Torre dos Sete e é revelado isto quando Starlight e Trem-Bala são obrigados a realizar uma missão de limpar o esconderijo. Já no seriado, Lamparina não foi morto em culpa da morte dos netos da Grace Mallory, mas afastado dos Sete por isso e passou então a trabalhar escondido no sanatório Sage Grove, servindo a Stormfront incinerando as cobaias do Composto-V após seus experimentos, dando lugar a Starlight entre os Sete. Após ser liberto pelos Rapazes, o super leva Hughie por uma entrada secreta da Torre pelos fundos, onde ele menciona que entrava lá com o Mister Maratona escondido levando moças. Lamparina diz a Hughie que Starlight provavelmente estaria sendo mantida presa no 42D, mas ao invés de levá-lo até lá, se mata na Sala dos Sete na frente na estátua do supergrupo. É possível que ainda vejamos mais do personagem se usarem como base a trama de ressurreição do Composto-V.
24. Os mutantes de Sage Grove
Um easter-egg bem interessante para os fãs dos quadrinhos foi os personagens que apareceram no sanatório Sage Grove. Muitos deles são personagens presentes nos quadrinhos, porém, que fazem parte de outros grupos de heróis, tal como o Salsicha do Amor, um super-herói russo que serve de aliado para os Rapazes, e o Descarga e a Silver Kincaid, personagens que são, nos quadrinhos, membros dos G-Men.
25. Victor(ia) Neuman
Talvez a personagem mais interessante e complexa da temporada foi a congressista Victoria Neuman. Ela foi inspirada num personagem dos quadrinhos chamado Victor Neuman, que é um CEO da Vought que se tornou político e mais tarde Presidente dos Estados Unidos, e serve de alusão a George W. Bush como um cara manipulável, patético, misógino e xenofóbico. Já sua versão no seriado é o contrário, além de mulher, é manipuladora, tem descendência libanesa e é uma super-humana e sua alusão é, neste caso, a uma deputada chamada Alexandria Ocasio-Cortez, que foi vítima de memes da direita americana ridicularizando-a por ser contra o armamentismo. No seriado, Victoria foi ridicularizada por memes criados pela equipe da Stormfront ridicularizando-a por ser contra os supes no Exército, porém, a personagem nada mais é do que uma infiltrada na política para controlar a oposição.
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