Os filmes inspirados em Percy Jackson e os Olimpianos foram muito mal recebidos pelo público, em especial O Ladrão de Raios. Porém, existem coisas que, até mesmo entre os fãs, foram elogiadas na adaptação. Vamos listar aqui as principais partes boas na adaptação dos filmes, sejam as que foram fiéis quanto as mudanças que acabaram sendo até melhores que dos livros.
A dislexia
Isso é uma das poucas coisas que o filme manteve do livro, porém, o filme destacou com muito mais importância do que o livro dá. O efeito que o diretor visual do filme deu para a dislexia de Percy foi muito mais legal do que somente ver as palavras embaçando-se. Neste caso, as letras trocavam de lugar.
Grover é negro
O sátiro Grover Underwood é descrito no livro com pelo castanho e nas ilustrações costumam fazê-lo ruivo – possivelmente em referência a Rony Weasley. Porém, no filme, o sátiro foi interpretado por Brandon T. Jackson, um ator afro-americano que caiu bastante na aceitação – um dos raros casos de mudança de etnia na adaptação em que foi bem aceita pelo público. É claro que com a mudança de elenco para reboot no Disney+ os atores provavelmente serão mais fiéis aos personagens dos livros, mas acho que vale essa mudança para o Grover.
O design da Fúria
Apesar da aparição da Fúria ter sido ridícula no contexto no filme, seu design era incrível – com quatro asas a mais! Esta, quando apareceu no trailer, chamou muita atenção e criou muita expectativa dos leitores para o filme. Uma pena que a cena completa é bem ruim. Quanto a isto se repetir na série, eu já não sei se é necessário.
A mecânica da espada
A espada que Percy ganha de Quíron, Contracorrente, disfarça-se de caneta e é um dos elementos mais característicos da saga. No livro, Percy precisa sempre destampar a caneta para que magicamente a espada saia, mas no filme, virou uma caneta de botão que ao clicar se desdobra fazendo a espada aparecer, o que deu um efeito incrível para o filme, em especial no segundo, quando ganhou a marca do Tridente e protagonizou uma sequência em que é atirada enquanto monta-se para a garganta do Touro de Bronze. Com certeza eu quero ver a espada de botão novamente na série!
O Acampamento
O Acampamento Meio-Sangue, da forma como é descrito no livro, não é muito bem elaborado, na verdade, é até bem tosco – no sentido de, com poucos elementos que preenchem o espaço, a ponto até de ser facilmente desenhado. Já no filme foi usado um cenário real de um Acampamento de Verão, com chalés com design incríveis, enorme – você não consegue ver tudo! E as árvores altas deram ao Acampamento um fundo agradável. Espero que o Acampamento seja gravado no mesmo lugar.
A Miragem de Delfos
Algo presente já no primeiro livro, mas que só veio a aparecer no segundo filme, foi a Oráculo de Delfos e a miragem proporcionada por ela ao revelar a Profecia tinha um design feito de vidraça colorida como a de uma catedral, o que não faz muito sentido para o contexto, mas ainda assim foi algo bem legal de ver. Não tenho certeza se isso é algo que vale voltar na série.
As pérolas
No livro, após Percy saltar para Mississípi fugindo da Chimera, é presenteado por uma Musa com três pérolas que lhe ajudam mais tarde a escapar do Hades. No filme, coletar as pérolas são parte da missão, dando um objetivo para os cenários em que comparecem, algo que é bem mais imagético e que poderia voltar na série.
Cassino Lótus
Uma das sequências do filme que os fãs do livro reconhecem que foi maravilhosa foi a do Cassino Lótus e isto também é mérito do filme – vale lembrar que não estou defendendo o filme, apenas ressaltando boas partes da visão de Chris Columbus que poderiam retornar no Disney+. No livro, Percy, Annabeth e Grover param no Hótel Lotus em Las Vegas para descansar, uma dica de Ares como um lugar que recebe bem os semideuses, mas lá o tempo passa diferente e acabam perdendo dias. É somente quando Percy, ao descer para refrescar sua mente, encontra lá um jovem com roupas de anos 80 e que ainda acredita estar em sua década que faz o protagonista perceber o lapso temporal. Já no filme, foram acrescentadas mudanças bem imagéticas a esta sequência, se passando completamente no Cassino, com direito a danças e um clipe ao som de Lady Gaga, entorpecidos pela Flor de Lótus. Acho válido um episódio inteiro para o Cassino Lótus na série do Disney+, inclusive, clique aqui para conferir como esperamos que seja a lista de episódios.
O Touro de Bronze
No segundo livro, O Mar de Monstros, o Acampamento começa sendo atacado por Touros de Bronze que são derrubados por Tyson, o ciclope. O Touro de Bronze da Mitologia Grega é literalmente um touro feito de bronze e animado magicamente. Já no filme, o Touro se tornou um autômato, uma besta mecânica, o que explica melhor como a criatura se mexia. Esta adaptação é válida para a segunda temporada do seriado.
O Correio de Hermes
Hermes, o Mensageiro dos Deuses, aparece no segundo livro trajado como um carteiro, mas ele conversa com Percy no Acampamento Meio-Sangue. Já no filme, os semideuses encontram-se com Hermes em seu Centro de Correios, interpretado por Nathan Fillion. O Correio de Hermes é um lugar incrível e gigante escondido atrás de uma porta numa pequena firma, similar ao filme MIB: Homens de Preto. Não sei se há a necessidade de mostrar isso na segunda temporada, mas foi algo bem legal e que só é presente no filme.
Ciclopes com dreads
Sei lá. Eu só achei legal que os ciclopes usam dreads, incluindo o Tyson, mas não sei se faz sentido um jovem com aparência de criança usar dread.
E você, o que acha dessas mudanças que o filme apresentou? Concorda que são boas para se manterem na série? O filme é bem ruim, é verdade, mas apresentou esses elementos bons. Comente nesta publicação no Facebook ou em nossas redes sociais @terranerdica no Twitter e Instagram e compartilhe para seus amigos, pois aí saberemos que você gostou deste tipo de artigo e faremos muito mais!