O que EU achei da série:
A maior parte da ficção apocalíptica, dirigida por adolescentes, supondo que a vida depois dos adultos é realmente um pouco mais divertida e eles não veem razão para parar de fazer referência a filmes, jogos e gírias, fazendo refeições com piadas da cultura pop e a série satiriza muito como seria o mundo se não tivessem os adultos e acho que isso tornou tudo muito patético. Dos estilos e nomes das facções e suas ambições ao modo de sobrevivência também com hambúrguers e doces que realmente fazem sentido de existir já que existe aquela velha treta da comida do Mc Donald’s nunca estragar e ser praticamente radioativa. Mas a função original era ser escroto mesmo, a história já existia em quadrinhos e só foi adaptada para a Netflix.
A trilha sonora é incrível, principalmente em um episódio dedicado a personagem samurai em que a música de combate é uma versão japonesa de Tell Me Why dos Backstreet Boys, mas fica só por aí mesmo…
Mesmo que eu tente defender algumas vezes em que a série fez um :
Mentalidade Masculina vs Mentalidade Feminina
que foi um belo chute no saco dos homens por todos lados femininos abordados; não vale a pena você gastar seu tempo com a série. Eu mesma assisti só enquanto fazia coisas em casa ou no computador porque ela não exige alto grau de concentração para entendimento, não te faz criar teorias e se apaixonar. A série é meio comédia pastelão e com momentos trash, nada me causou aquela sensação de ansiedade ou de apego e o final na minha visão foi a única coisa que valeu a pena assistir, mas não tão a pena assim pra ter uma segunda temporada que com certeza terá já que as pessoas gostam de coisas idiotas. Taí a prova: American Pie, Todo Mundo em Pânico e criações tão desnecessárias quanto.
Acabou aqui o que eu achei da série como um todo: perca de tempo.
Mas se você quer saber o que eu achei de alguns acontecimentos voltados pra verdadeira personagem principal,
… continue lendo …
Não sou crítica de cinema, ou posso ser no modo amadora.
‘’Críticos de cinema analisam filmes no intuito de oferecer ao público uma reflexão perspicaz e mostrar as razões que fazem deles um sucesso ou um fracasso. Tanto no nível profissional quanto no amador, a crítica de cinema é movida acima de tudo pela paixão por filmes.’’
No fim um crítico é apenas uma pessoa com um nível de conhecimento, gostos e boa escrita que dá sua própria visão a uma obra baseado no seu gosto pessoal e conhecimento, O QUE NÃO QUER DIZER QUE SE A CRÍTICA FOR BOA AQUELE VAI SER O FILME DO SÉCULO, porque não será! Cansei de assistir filmes premiados ou bem criticados que não fizeram o menor sentido para mim e nem pra outros críticos. Enfim, pra quem gostou de Daybreak, sinto muito, você está errado.
Bom, voltando, você no início é enganado pelo otário do Josh que como todo fdp começa contando sua versão da história pra lá no finalzinho mostrar que na real ele é um otário, não um herói.
E o que rolou: SPOILER
Detalhe: Vou focar somente na única coisa que eu gostei em uma das personagens.
Josh e sua idealização com Sam Dean são o epicentro da série. Sam é uma menina que ficou popular após Josh postar vídeos fofos de Sam tentando ser gentil com pessoas que sofriam bullying ou não recebiam muito reconhecimento. Ela era mais reservada e estudiosa então acabava gerando uma imagem de recatada e do lar #sqn ! E o BOOM da série foi aì e vou explicar o porquê >
SAM… Que mulher do século 21
Decidida, inteligente, madura, corajosa e cheia de atitude, infelizmente cercada de babacas como a maioria de nós mulheres.
Uma adolescente perdida que só quer descobrir o que ela quer de verdade, quem, do que gosta, viver suas experiências, a experiência da auto descoberta, e uma pessoa em que Josh insiste em dizer que ama, mas acho que foi só o vislumbre de ter a menina mais popular e uma das mais lindas como namorada. Aquele troféu, sabem? Tem três cenas da Sam que valem a pena serem vistas, mas vou deixar aqui o diálogo:
Quando Josh diz ama-la >
‘’Você não sabe o suficiente sobre mim pra decidir se me ama. Todo mundo tem essa ideia sobre mim mas ninguém me conhece. Querem eu eu leve rosas no baile como rainha (isso ela quer dizer que ela não é uma pessoa óbvia, e nem seria uma mulher – na visão masculina- tão óbvia)
‘Até um mês achou que eu era virgem agora sou o que? Por que você vai ser um garanhão se me levar pra cama, mas vou ser uma foda fácil se eu transar com todo mundo? Talvez eu queira um menage, ou ser assexuada, mas o termo virgem e puta foram criados por homens pra pôr nas mulheres um rótulo fácil de ler. Não sou rainha e nem sou puta. NEM SANTA QUE TODOS ACHAM QUE SOU NAS MÍDIAS SOCIAIS… EU SOU SO UMA GAROTA E NAO SEI QUEM EU SOU.
Josh diz que sabe e que ela é a Sam Dean dando a entender que as escolhas que ela fez a tornaram a pessoa que ela é e ele a aceita, mas após eles transarem a coisa muda de figura quando
JOSH OTÁRIO
descobre que seu pai morreu enquanto ele transava com a Sam e ai… AHH que vontade de encher de porrada! Ele escolheu todas as vezes não atender o telefone e no fim põe a culpa na Sam. Sabem, sabemos que as pessoas fazem isso. Para diminuírem sua culpa elas culpam fatores externos, mas aí ele passa do limite enquanto Sam tenta dar apoio a ele, ele dispara: ‘’Você se acha esperta, experiente e que o mundo é maravilhoso. Você não sabe o que é dor e rejeição, não sabe como as pessoas de verdade se sentem. Você tem amigos e pessoas que te amam de coração, você é linda e a rainha do baile. Me sinto mal por você, isso deve ser horrível… Você tem tudo que uma pessoa quer e mesmo assim reclama. Por que você não vai dar pra fulano e ciclano? Você quer saber quem você é? Você é uma puta!
E foi isso que os afastou durante o apocalipse.
Eu fiquei sem palavras, eu me identifiquei muito com Sam na série inclusive com os ataques de hemorragia cerebral machista que ela sofreu, e mesmo magoada ela tenta ainda ficar do lado de Josh que a descarta.
Na transição de cena Sam está magoada e diz a seguinte frase para Wesley nosso personagem Samurai: O amor incondicional tem tantas condições.
No fim, Josh Otário encontra Sam e no fim do episódio com todos os problemas resolvidos, Josh fala o que ele planejou pros dois ficarem juntos e Sam recusa dizendo que não é isso que ela quer, que ele ainda não a conhece. E que o apocalipse foi a melhor coisa que podia acontecer a ela. Enquanto ela diz isso, ela sobre numa espécie de trono seguida pela linhagem estranha de Dortraks adolescentes. Nem os espectadores sabiam quem era Sam e acredito que o apocalipse serviu pra ela descobrir quem ela era e queria.
Bom, eu fiquei bem feliz. Nâo sou feminina mas os pontos que a série aborda sobre amadurecimento e o EU FEMININO foram legais. Único ponto que eu salvo na série. Eu ia falar de todos os personagens mas sinceramente o ponto central era a Sam desde o inicio então resolvi focar nela.
Detalhes:
Daybreak aparece na marca de slime de Angelica, uma garotinha de 10 anos que sonhava em ter uma gang porque em sua perspectiva amizades eram mais valiozas e tinham mais conceito de família do que uma linhagem sanguínea e nisso eu concordo.
No diário da Sam está escrito DAYBREAK e posteriormente a KJ dá o nome de Daybreakers às pessoas que sobreviveram no Shopping. O nome da série só aparece representado pelas mulheres e todos os acontecimentos envolvem personagens femininas e sinceramente apesar de começar com um cara padrão, hétero e branco como cita a personagem Angelica – e também desmistificado por ela : ‘’Mas não, essa história também é minha’’. Na verdade a série cada episódio dedica a um personagem rumo a Sam que no final lança o plot twist da série.
Uma coisa engraçada é que Daybreak é uma mistura de muitos estilos e histórias de sucesso, mas um detalhe que eu ri no fim foi a Sam sentando no trono e os jogadores selvagens de Futebol Americano fazendo quase um hino Dortrak fazendo dela a Daenerys de Daybreak.