Vamos falar sobre um clássico do cinema | Pulp Fiction

Seu lançamento no Brasil ocorreu no dia 18 de fevereiro de 1995, na sua trilha sonora trazia o clássico Misirlou de Dick Dale, a direção e roteiro ficaram por conta de Quentin Tarantino (esse foi o seu segundo filme, o primeiro foi Cães de Aluguel – 1992)

Não lembro exatamente quando foi a primeira vez que assisti, só lembro que na primeira vez que assisti, minha mãe dizia que eu imitava o Vincent Vega (John Travolta) na clássica cena de dança entre ele e Mia Wallace (Uma Thurman).

Esse é um dos meus filmes favoritos, principalmente pela história que é muito boa, além das atuações memoráveis.

Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) são dois assassinos profissionais trabalham fazendo cobranças para Marsellus Wallace (Ving Rhames), um poderoso gângster. Vega é forçado a sair com a garota do chefe, temendo passar dos limites; enquanto isso, o pugilista Butch Coolidge (Bruce Willis) se mete em apuros por ganhar luta que deveria perder.

Uma das cenas mais comentadas é quando a dupla de assassinos profissionais Jules Winnfield e Vincent Veja invadem a casa de Brett (Frank Whaley) para recuperar uma maleta que pertence ao gângster, e quase dono da cidade, Marcellus Wallace (Ving Rhames).

Ao entrar, os dois encontram Brett prestes a comer o hambúrguer, quando Jules inicia uma conversa amigável e pergunta se pode prova-lo.

Como qualquer filme de Tarantino, os trechos são ricos em violência, mas também recheados de diálogos cultos e irônicos.

Os dois cumprem a tarefa que tinham ido fazer, mas antes de matar Brett, Jules resolve recitar o que diz ser uma passagem bíblica, Ezequiel 25:17

“– Há uma passagem que eu memorizei, me parece apropriada para a situação: Ezequiel 25:17. ‘O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas desigualdades do egoísmo e da tirania dos homens maus. Bem-aventurado aquele que, em nome da caridade e da boa vontade, pastoreia os fracos pelo vale das trevas, pois ele é verdadeiramente o guardião do seu irmão e o descobridor das crianças perdidas. E derrubarei sobre ti, com grande vingança e furiosa raiva, aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá que o meu nome é Senhor quando eu derramar minha vingança sobre você”.

Arrepiante, né?

Agora imaginem essa cena no cinema nos anos 90 o quanto Tarantino foi aclamado pela crítica, logo no seu segundo filme conseguiu reunir um elenco desse peso e fazer um clássico desses.

Quando digo no elenco não era qualquer um ele conseguiu reunir  John Travolta, Uma Thurman, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Tim Roth, Harvey Keitel, Ving Rhames, Christopher Walken, Amanda Plummer, Eric Stoltz, Rosanna Arquette, Maria de Medeiros, Paul Calderón, Steve Buscemi, Frank Whaley, Angela Jones, Lawrence Bender, Phil LaMarr, Peter Greene, Alexis Arquette, Bronagh Gallagher, Julia Sweeney, Burr Steers, Stephen Hibbert, Kathy Griffin, Laura Lovelace, Duane Whitaker, Susan Griffiths, Joseph Pilato, Michael Gilden, Robert Ruth, Karen Maruyama, Venessia Valentino, Chandler Lindauer, Don Blakely, Brenda Hillhouse, Emil Sitka, Brad Parker e Dick Miller

– Yeskel, que trabalhou como diretor de elenco em Cães de Aluguel e Pulp Fiction, afirmou que o elenco poderia ser muito diferente:

“ Todos queriam estar neste filme. Nós fomos convidados para ir às agências top da época, como CAA, William Morris, Endeavor, ICM, UTA, e fomos lá para escolher o elenco. Isso foi muito diferente de “Cães de Aluguel”, pois ninguém nos chamou naquele filme. Mas em Pulp Fiction, nós íamos na agência e podíamos escolher entre atores como Robert Redfort, Dustin Hoffman e Bruce Willis, que eram os maiores nomes no negócio. E nós sentávamos naquelas salas parecendo crianças em uma loja de doces, nós não acreditávamos que estavam oferecendo atores para nós”.

Prêmios:

1994 – Palma de Ouro

1994 – National Board of Review de Melhor Filme

1994 – London Film Critics Circle Award for Best Actor: John Travolta

1994 – Los Angeles Film Critics Association Award de Melhor Ator: John Travolta

1994 – Cavalo de Bronze

1994 – Los Angeles Film Critics Association Award de Melhor Filme

1994 – National Board of Review Award de Melhor Diretor: Quentin Tarantino

1994 – Los Angeles Film Critics Association Award de Melhor Diretor: Quentin Tarantino

1994 – New York Film Critics Circle Award de Melhor Diretor: Quentin Tarantino

1994 – London Film Critics Circle Award de Argumentista do Ano: Quentin Tarantino

1994 – Society of Texas Film Critics Award de Melhor Ator: Samuel L. Jackson

1995 – Oscar de Melhor Roteiro Original

1995 – Globo de Ouro: Melhor Roteiro de Cinema

1995 -Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Ator Coadjuvante: Samuel L. Jackson

1995 – MTV Movie Award: Melhor Filme

1995 – Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Roteiro Original

1995 – MTV Movie Award: Melhor Sequência de Dança

1995 – Prêmio Edgar: Melhor Roteiro

1995 – Prêmio Independent Spirit de Melhor Ator:  Samuel L. Jackson

1995 – Prêmio David di Donatello de Melhor Filme Estrangeiro

1995 – Prêmio Independent Spirit de Melhor Filme

1995 – Prêmio David di Donatello de Melhor Ator Estrangeiro: John Travolta

1995 – Prêmio Independent Spirit de Melhor Diretor: Quentin Tarantino

1995 – Prêmio Independent Spirit de Melhor Roteiro: Quentin Tarantino, Roger Avary

1995 – National Society of Film Critics Award de Melhor Filme

1995 – National Society of Film Critics Award de Melhor Diretor: Quentin Tarantino

1995 – Prêmio da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema para Melhor Roteiro: Quentin Tarantino

1995 – Prêmio NME para Melhor Filme

Curiosidades:

• A espada que Butch usa para salvar Marcellus, é a mesma usada em Kill Bill.
• Este foi o primeiro de dois filmes em que Bruce Willis e Ving Rhames atuam juntos. O outro foi, Substitutos (2009).
• A mãe de Tarantino afirmou que, durante a gravidez, costumava escutar repetidamente música “You Never Can Tell”, de Chuck Berry, escolhida por ele para a cena da dança entre Mia e Vincent no Jack Rabbit.
• A carteira de Jules, onde dizia “Bad Motherfucker” era, na verdade, de Tarantino.
• Originalmente, o personagem Jules deveria ostentar uma vasta cabeleira estilo black power, mas um membro da equipe mostrou uma peruca feita com cabelo encaracolado para Quentin Tarantino. O diretor gostou, Samuel L. Jackson experimentou a peruca, aprovou e ela foi usada no filme.

Críticas, sugestões, entre em contato conosco, obrigado galera, live long and prosper.