Aos adoradores do cinema chinês, com uma pitada de blockbuster americano, recomendo A grande muralha, que estreou na última semana nos cinemas brasileiros. É um filme grandioso, visualmente lindo e impecável. No entanto, com a velha história clichê de um ladrão que busca redenção e se torna herói. O longa tem seus pontos positivos e negativos.
Matt Damon interpreta William, um ladrão arqueiro que cai em uma emboscada em terras orientais ao lado de seu companheiro Tovar (Pedro Pascal). Acabam virando reféns do exército que protege A Grande Muralha, muro que separa a China de outros territórios. A chegada deles coincide com o ataque dos Tao Tei, criaturas monstruosas que querem destruir o planeta. De repente, de reféns, os dois passam a ser soldados úteis no combate.
O filme conta com um bom elenco chinês, encabeçado por Jing Tian, que interpreta a comandante Lin Mae. E, para os fãs de Willem Dafoe, ele faz mais um vilão encarnando Ballard. O filme possui um roteiro honesto e previsível, mas é uma ótima aventura despretensiosa. O diretor Yimou Zhang conseguiu desenvolver ótimas cenas de ação, com coreografias bem feitas, fotografia deslumbrante e figurino impecável.
Zhang abusa dos movimentos de câmera na hora de dinamizar as sequências mais agitadas, mesclando magistralmente cenas reais com efeitos visuais em CGI. Em suma, é uma divertida mistura de Senhor dos Anéis, 300, League of Legends, O Tigre e o Dragão e Dinasty Warriors. Ah, não posso esquecer de elogiar a trilha sonora, que é bem empolgante e emocionante.
Não há uma grande história. Não há reviravoltas. Não há reflexões a serem realizadas. O filme é bem direto ao ponto e nem pretende se aprofundar muito em questões filosóficas. Vale a pena o ingresso se você está em busca de uma diversão a la Sessão da Tarde (no máximo uma Tela Quente).
Nota: 3,5/5