Sou suspeita para falar de Brad Pitt porque sou fã de carteirinha. Compro os DVDs de todos os seus filmes e, acredito eu, que o filme que mais assisti na vida foi Entrevista com o Vampiro (é muito bom, caso não tenha visto, super recomendo!). Então, é óbvio que eu assistiria Aliados em sua estreia. Sem contar que Marion Cotillard é maravilhosa também e fiquei muito feliz pela química dos dois nas telonas funcionar tão bem. Além disso, o diretor Robert Zemeckis acertou em cheio, já que ele conseguiu equilibrar o lado romântico da história com o de espionagem da Segunda Guerra Mundial.
A trama é a seguinte: tudo começa quando dois espiões em missão em Casablanca se conhecem e em meios aos planos de execução de um figurão nazista, o flerte acontece apesar das resistências de Max Vatan (Brad Pitt). Marianne Beausejour (Marion Cotillard), é uma bela e charmosa mulher, de intenso carisma e envolvente. A obra se baseia quase exclusivamente na relação deles dois até que é posto em voga o dilema que não vale ser mencionado aqui, com um seguro Brad Pitt, interpretando um homem que tem que lutar contra seus próprios sentimentos pessoais, para solver um dilema que pode consumir sua sanidade.
Os atores te envolvem num suspense e numa curiosidade infinita para saber como o filme vai terminar. Para alguns, o final foi óbvio, mas não achei tão óbvio assim. Os espectadores ficam se perguntando se é aquilo mesmo que sugerem ou não até quase o desfecho da história. Em fóruns de discussão sobre o longa, vi que alguns espectadores achavam Brad ou Marion um pouco secos para um casal. Gente, eles são espiões, treinados para serem frios e mentir. A essência do filme está justamente nessa característica!
E, embora os figurinos, ambientação e trilha sonora sejam bons, há algumas falhas na hora de utilizar CGI em cenas que não precisavam desse recurso, como por exemplo em uma sequência em que o casal está no deserto e ocorre uma tempestade de areia. Para um filme com orçamento de US$ 80 milhões, eles poderiam optar por algo mais natural como jorrar areia com vento de fortes ventiladores contra os vidros do carro, por exemplo. Mas, parece que houve uma certa correria na pós-produção para lançar o filme ainda em 2016 só para que pudesse ser indicado a algum Oscar (e foi, na categoria melhor figurino) e utilizasse esse recurso para alavancar o marketing. Isso acontece muito em Hollywood. Por isso, ainda tenho fé de que lançarão em Bluray uma versão estendida do diretor com cenas que vão tornar o filme ainda mais atraente. Mas, vale a ida ao cinema mesmo assim.
Nota: 4/5