Sabe aqueles filmes que tem o ritmo tão frenético que você mal consegue raciocinar direito? Muita ação, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, muito zumbi, muita loucura pela sobrevivência da humanidade… É em alta velocidade que Resident Evil 6 – O Capítulo Final estrou essa semana no circuito brasileiro. Nesse quesito, eu até acho que o filme manda bem, mas, convenhamos, os diálogos são péssimos e fizeram mais filmes do que deveriam. Pelo menos esse é bem melhor que o 5 (que considero o pior de todos).
Esse é o fim de 15 anos de história no cinema, mas, 2017 é um ano maravilhoso para os fãs dos games pois a Capcom liberou o sétimo episódio da série com uma verdadeira volta às raízes, bebendo nas águas de clássicos do terror para apresentar uma trama tensa e um novo estilo de jogar.
Adaptações de game para as telonas têm sido lançadas uma atrás da outra porém sem muito êxito. RE6 faz parte de uma franquia muito rentável no cinema, mas, quem realmente paga são os fãs dos filmes porque os que jogam Resident Evil não gostam nem um pouco de Alice (personagem interpretado por Milla Jovovich e que nem existe no game). Analisando os 6 filmes, tentando colocar de lado o game, posso dizer que os menos piores são o primeiro e o sexto.
Neste último capítulo da saga, eles revelam algumas informações que sempre nos questionamos, como qual foi a verdadeira origem do vírus. E, nossa esperança é restaurada quando a Rainha Vermelha conta a Alice que a Umbrella Corporation tem um antivírus guardado a sete chaves. É com base nessa inesperada aliança que vemos Alice ir para Racoon City para tentar destruir de vez o T-Vírus e tentar salvar a raça humana. Assim como os outros longas, é um roteiro simples e recheado de lutas, tiros, explosões e perseguições.
Do início ao fim do filme, desde as cenas nas ruas até a Colmeia, é tudo contade de maneira muito corrida, com direito a cortes rápidos e secos, nem dando tempo do espectador respirar. São relembrados alguns personagens da saga e até deram um upgrade em algumas cenas já conhecidas. Vejo essas referências como algo positivo. Mas, essa velocidade máxima em que as coisas acontecem cansa. Todo mundo sabe que entre uma sequência de ação e outra deve ter uma cena mais calma para que a plateia tente entender melhor a trama e dar um refresco. Fora as tentativas de te dar um susto de vez em quando. Cara, o game consegue isso, mas o filme não!
Uma surpresa interessante é a nova atriz-mirim a se tornar a Rainha Vermelha. A inteligência virtual da Colmeia já tinha mudado de rosto no capítulo anterior – trocando Michaela Dicker, do primeiro filme, por Megan Charpentier – e agora é interpretada por Ever Gabo Anderson, filha de Jovovich com o diretor Paul W. S. Anderson. Isso pode parecer gratuito de início, mas, por incrível que pareça, acaba se justificando.
Resumindo, Resident Evil 6 tem um desfecho da franquia que, mesmo a trancos e barrancos, traz lampejos daquela aventura descerebrada que todo mundo odeia gostar. Tem um roteiro praticamente inexistente e apresenta um ritmo sofrível, mas… Se você já assistiu tudo até aqui e sofreu junto com Alice em suas aventuras e desventuras, não custa nada ver mais um longa, né?
Nota: 2,5/5