Como vocês bem sabem, eu assisto muita coisa e sou bem eclética. Sempre rola no fim de ano um hiato das séries que estou assistindo e, nesse meio tempo, surgem umas produções curtas e interessantes para ver… Vi 3% (achei mais ou menos), depois The OA (fantástico), até que me deparei com Frontier. Foi amor à primeira vista, pois, assim que soube que era Jason Momoa que atuava e produzia, e que era uma série histórica do Discovery Channel, eu pensei: “É essa que vai furar a fila!”.
O canal canadense já exibiu os seis episódios da primeira temporada (os dois primeiros já estão disponíveis na internet para fazer download). Para quem não tem paciência para pesquisar e baixar, é melhor aguardar o Netflix, que vai lançar primeira temporada completa dia 20/01/2017. Parece estar agradando já que sua nota no IMDb é 7,1/10 (está acima da média) e, particularmente, curti alguns aspectos do piloto.
Bom, vamos aos fatos. A história se passa no final do século XVIII, focando o sangrento conflito entre franceses, americanos, escoceses e ingleses pelo domínio do comércio de peles na Hudson’s Bay, no Canadá. Declan Harp (Jason Momoa), que é filho de irlandeses e nativo-americanos, é temido por degolar soldados britânicos. Ele representa um grande obstáculo para Lord Benton (Alun Armstrong), comandante das atividades britânicas na Hudson’s Bay ou objetivo para o pobre Michael Smyth (Landon Liboiron – adorava ele em Hemlock Grove), que, por desventuras do acaso, acaba entrando involuntariamente nessa loucura toda.
Tem personagens bem definidos como mocinho, donzela em perigo, padre com caráter duvidoso, o fodão que é temido por todos… É clichê mas se encaixou bem como trama principal que tem como pano de fundo uma história bem interessante ainda a ser explorada nos próximos episódios. Gostei muito como o piloto terminou e me deixou bem curiosa. O Momoa mesmo aparece bem pouco, mas seu personagem é extremamente importante e violento, então sei que veremos cenas marcantes dele até o season finale.
Aliás, muitos estão comparando, erroneamente, com Game of Thrones. Gente, pára! Westeros é ficção e nada tem a ver com esse universo, que é real. Tudo bem, as duas séries são bem produzidas, com ótimos figurinos e cenários, mostram violência e sexo (a censura é de 18 anos), mas dizer que são parecidas é forçar muito a barra.
Essa é a primeira série de ficção original do Discovery Channel canadense em parceira com a Netflix e é óbvio que a ambiência da época foi bem retratada (assim como o History Channel faz muito bem com Vikings, por exemplo). Uma coisa que me chamou atenção, e que poucos retratam dessa forma, que é a correta, é que os personagens miseráveis têm dentes amarelados e podres. Em muitas produções vimos gente pobre com apenas um sujinho no rosto mas o cabelo e o dente impecáveis. Até parece que era assim, né?
Como falei, fiquei curiosa pra ver o resto. E nem sei se vou conseguir esperar até 20/01 rs… Ah, não poderia deixar de mencionar que a série, antes mesmo de estrear, foi renovada para sua segunda temporada. Isso me deixou mais intrigada ainda, preciso ver os outros cinco episódios logo…
Nota: 4/5 (por enquanto)