Sabe aqueles filmes e séries que te acertam em cheio e te deixam meio pensativo e questionando a vida e a morte? Essa é a sensação provocada pela nova série de sci-fi do Netflix e que tem a produção executiva assinada por Brad Pitt. A opinião de quem assiste The OA é quase unânime: é estranha, chocante, mas muito atraente. No IMDb, The OA detém uma nota 8,2 de 10 neste momento (nada mal). Pode ser que alguns achem o ritmo da série lento, mas acredite, você vai ficar cada vez mais intrigado e surpreso com o desenrolar da narrativa. E o final, nossa! Transcendental.
Prairie Johnson desaparece por sete anos. Era cega e, no seu retorno, já tinha voltado a enxergar. Mistério…
A série mescla ciência e conceitos espiritualistas para explicar experiências de vida após a morte. Mas, não ache que eles toquem em religião, nada disso. As palavras fé, alma e oração nem são citadas. Ao invés disso, eles falam “acredite no desconhecido”, “o eu invisível” e “movimentos”. Nem dá pra falar muito sem soltar um spoiler, o próprio significado da abreviação do nome da série já é um spoiler em si. Mas, vou tentar explicar alguma coisa que pelo menos deixem vocês intrigados.
A união de um grupo inusitado é o coração da série
A série conta a história de Prairie Johnson (Brit Marling), uma jovem cega que desapareceu por sete anos e volta enxergando. Alguns consideram um milagre, outros um mistério a ser resolvido, já que ela se recusa a falar sobre o período em que esteve sumida, tanto para os pais, quanto para o FBI. Mas ela conta a verdade em detalhes para um grupo inusitado e ela tem uma missão para eles.
Ela se destaca como uma espécie de guru para cinco pessoas: um jovem desajustado que comete bullying na escola, Jesse (Brendan Meyer); um menino transgênero, Buck Vu (Ian Alexander), outro destacado nos estudos e que cuida da sua mãe depressiva, Alfonso “French” Sosa (Brandon Perea), um outro jovem sem perspectivas, Steve Winchell (Patrick Gibson), e entre os jovens, uma professora de meia idade que acaba de perder seu irmão gêmeo, BBA (Phyllis Smith). Aparentemente losers, mas são personagens cativantes e que têm um papel muito importante na trama.
Jason Isaacs é um dos destaques do elenco
A série foi criada por Brit Marling (que é protagonista da série) e Zal Batmanglij (que dirige todos os episódios) e conta no elenco com Jason Isaacs (da franquia Harry Potter), Emory Cohen (Brooklyn), Scott Wilson (The Walking Dead), Riz Ahmed (The Night Of) e Phyllis Smith (O escritório).
The OA e Stranger Things mostram experimentos científicos e SÓ têm isso em comum (não comparem uma a outra).
Alguns acham a série parecida com outra produção do serviço de streaming, Stranger Things (não tem a ver, as duas são de sci-fi e ponto). Mas é, no fundo, uma história de amor, amizade, lealdade e uma luta do bem contra o mal. Um grupo de desprezados que se tornam mais felizes e corajosos simplesmente porque se têm uns aos outros. É o poder da família, não a verdadeira, mas a que se escolhe, capaz, até, de abrir portas para outras dimensões. Sim, alguns dizem que ela tem um “quê” de Fringe também…
Algumas cenas possuem visual deslumbrante
Na boa? Veja! São só 8 episódios de 45 a 70 minutos cada, dá pra ver tranquilamente tudo em um dia… Depois de ver algumas cenas deslumbrantes e ouvir frases profundas como “todos nós morremos mais vezes do que eu posso contar” e “existir é sobreviver a escolhas injustas”, tenho certeza de que você irá enxergar as coisas de uma outra maneira. Parece clichê, mas é diferente, vai por mim.
Nota: 5/5