Eu sou muito fã de ficção científica e, quando soube do filme A Chegada, fiquei curiosa porque já havia percebido que não era um longa sobre alienígenas qualquer. No trailer, quando não assisti as famosas cenas de guerra entre humanos e ETs e só vi que tinha, principalmente, a participação de um físico e uma linguista, já notei que a abordagem seria diferente. Inclusive, se você lembrou de Interstellar e curtiu, é quase certo de gostar desse também.
Logo no início do filme, acontece a chegada de várias naves, espalhadas pelo mundo. Isso gera uma crise política e econônica, um caos completo. Nos EUA, o Coronel Weber (Forest Whitaker) convoca a linguista Louise Banks (Amy Adams) e o físico Ian Donnelly (Jeremy Renner) para ajudarem a se comunicar com os alienígenas. A pergunta que todos buscavam a resposta: “Qual é a verdadeira intenção deles na Terra?”.
Não vou contar mais pra não dar spoiler, mas só posso comentar que o filme é tenso e o roteiro é muito inteligente. Tem o lado científico, que é muito interessante e intrigante, e há um outro lado puramente emocional. Eles conseguem explorar muito bem esse contraste. Essa relação entre terráqueos e alienígenas nada convencional se dá graças ao autor do livro A história da minha vida, Ted Chiang, no qual o filme é baseado.
O longa é dirigido por Dennis Villeneuve, que esteve à frente das produções Os suspeitos e Sicario. Uma notícia que me deixou feliz é que ele irá dirigir a sequência de Blade Runner, previsto para ser lançado em 2017. Por falar no ano que vem, tenho quase certeza de que A Chegada será indicado ao Oscar em algumas categorias. Acredito, inclusive, que Amy Adams leva dessa vez (já foi indicada cinco vezes e nunca levou, quase virando um Leonardo DiCaprio). Outro destaque, que ajuda a criar essa atmosfera de mistério, suspense e ficção, é a maravilhosa música de Jóhann Jóhannsson (que também não duvido que seja indicado).
Nota: 5/5