Tom Cruise em mais um filme no estilo tiro, porrada e bomba. Não, não estou falando de mais um filme da franquia Missão Impossível e sim do segundo filme da franquia Jack Reacher. Mas, por incrível que pareça, eu achei o primeiro filme mais envolvente do que este. Apesar de em Jack Reacher: O último tiro (2012) eles gastarem um tempo para introduzir a história do ex-major da polícia do Exército dos Estados Unidos, a história é mais intrigante.
Em Jack Reacher: Sem retorno (que estreou ontem nos cinemas brasileiros), me pareceu que eles se esforçaram muito pra provar o quanto ele é foda (realmente é), e esqueceram de contar uma boa história. O destaque fica para as sequências de luta, parecidas com as de Jason Bourne, com aqueles socos secos, barulhos de ossos quebrando e sangue escorrendo pelo rosto. Eu até curto esse estilo, não vou mentir. Dou até palmas para Tom Cruise que, no auge dos seus 54 anos, dispensa dublês em seus filmes.
O próprio diretor do longa, Edward Zwick, que já havia trabalhado com ele em O último samurai, tem a mesma opinião. Em uma entrevista à People Magazine, ele revelou: “nunca vi ninguém mais preparado, tanto fisicamente quanto mentalmente, como Tom Cruise. Ele é fantástico e incrivelmente focado. O Tom fez todas as suas cenas. É quase uma marca registrada o que ele faz. O Tom Cruise faz questão de participar de cada pedaço do filme ele mesmo”.
Cobie Smulders (de How I met your mother) faz a major Turner, acusada falsamente de ser responsável pela morte de dois soldados no Afeganistão. Ela apenas conhece Jack Reacher através de telefonemas, mas quando ele descobre que Turner está em perigo, ele tenta ajudá-la. Sua atuação é bem normal, está apenas cumprindo o seu papel. Quem chama atenção mesmo no filme é Danika Yarosh (de Heroes Reborn) que encarna a possível filha de Jack Reacher. Sim, nesse filme ele descobre que uma mulher entrou com um processo para que reconheça uma filha, fruto de um relacionamento que tiveram. Danika faz o papel de uma jovem rebelde de 16 anos e que pratica pequenos delitos (ainda bem, porque ela salva a pele de Reacher e Turner em alguns momentos do filme por conta de suas “habilidades”).
Infelizmente, não posso fazer comparações com os livros de Lee Child, por que não li nenhum. Ao que me parece, Jack Reacher é mega famoso no exterior. Com 21 livros publicados, oito deles traduzidos e lançados no Brasil e cada um com uma trama diferente, a franquia já bateu a marca de 100 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O sucesso é tão grande que a Paramount já comprou os direitos de outros dois títulos a serem adaptadas para as telonas: Dinheiro sujo e Destino: Inferno. A única coisa que posso esperar é que esses dois filmes sejam tão bons ou melhores que o primeiro.
Nota: 3/5