Um grupo de jovens colonizadores espaciais acreditam ter encontrado a resposta para suas súplicas de uma vida melhor entre as estrelas, mas não imaginam que estão prestes a cruzar seus caminhos com a criatura mais mortífera do universo.
Alien: Romulus é o resultado de colocar nas mãos de um verdadeiro fã da franquia Alien a tarefa de reapresentar este universo de forma fiel aos seus antecessores, porém com o objetivo de conquistar uma nova audiência. O diretor Fede Alvarez (“A Morte do Demônio” e “O Homem nas Trevas“) não poupa recursos, com uma combinação de efeitos práticos e digitais de colocar um sorriso no rosto, elementos narrativos clássicos explorados mais a fundo, salpicado com novos elementos narrativos do universo expandido dos livros e quadrinhos.
Eu sou um grande fã dessa franquia e reconheço seus altos e baixos. Quando digo que existem elementos de tudo, eu falo sério. Porém, antes que outros fãs se apavorem com esse fato, eu digo para esperar e ver o filme. Afinal, o que em outros filmes pode não ter sido bem desenvolvido, não significa que no papel não era uma boa ideia que só precisava ser trabalhada pelas mãos certas. A história se passa entre Alien e Aliens, mas como Prometheus é um prelúdio, diria que é bom assistir estes três antes de Romulus. Porém, essencial mesmo é assistir ao original.
O terror corporal aqui é sensacional. Cenas que nós esperamos ver – a eclosão de um chestburster ou o ataque de um facehugger – precisam ter um novo tratamento para não ser mais do mesmo e não ser completamente diferente. É o desafio de ser uma sequência numa franquia de seis filmes. Para isso o diretor nos mostra detalhes nunca antes revelados da gestação do xenomorfo e explora elementos de ficção científica espacial nunca explorados na franquia. Disso surgem pequenas diferenças nas criaturas explicadas por essa nova história que abrem novas possibilidades e, ao final, nos deixa nos perguntando se existem limites para o que pode vir no futuro dessa franquia.
Fede Alvarez encontra espaço para seu estilo e suas ideias, resultando em um filme que, além de ter claramente o DNA da franquia Alien, o recombina e transforma em algo novo e surpreendente com potencial para gerar uma nova fome por mais histórias originais ao redor do organismo perfeito.