Fernanda Vasconcellos vive uma jornalista em ascensão que não tem medo de denunciar todas as injustiças que vê. Preocupada com sua carreira e focada no sucesso, é uma workaholic.
O filme mostra seu caminho para o sucesso como âncora de um jornal local de Brasília. Na noite que ganha um prêmio importante de sua área de trabalho é sequestrada por uma das pessoas que ela denunciou constantemente em seu jornal. De forma lenta é mostrado sua tentativa de escape e o sofrimento e sentimento confuso do sequestrador.
A Cisterna não entrega um bom suspense e nem um bom drama. As motivações de todos são fracas e mal explicadas. O filme é bem lento e pensava toda hora que tudo poderia ser resolvido de uma forma muito mais simples do que realmente aconteceu. A jornalista não deveria ter tanta dificuldade assim para conseguir escapar, pois não era um poço fundo e fácil de escalar. O sequestrador não se mostrou agressivo e não tinha coragem de terminar o que começou. Seus distúrbios e inseguranças poderiam ser melhor mostrados e trabalhados. Acreditei que outros personagens mais influentes poderiam estar por trás do sequestro, a revelação de quem era o sequestrador foi boa mas não tão surpreendente assim.
A verdade mostrada no final me surpreendeu pois confiei muito na intenção do jornalismo. Foi interessante questionar o perigo em que um jornalista se encontra no Brasil todos os dias e como uma história pode ter dois lados e nem por isso devemos acreditar cegamente no que o jornalismo mostra. De qualquer forma, é um filme que precisaria melhorar muito para se tornar um filme bom.