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Espírito Jovem | Crítica

Marcelle Souza Por Marcelle Souza
16 de outubro de 2019
Em Filmes
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Espírito Jovem | Crítica
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A princípio, Espírito Jovem me enganou. Mesmo achando que tinha tudo para ser um melodrama clichê sobre uma adolescente “invisível” que consegue ganhar na vida e provar a todos que estavam errados, o longa de Max Minghella possui diversas qualidades que, por um tempo, fiquei esperançosa de que estava assistindo a algo diferente na tela do cinema. A verdade é que, infelizmente, um ótimo trabalho de direção nem sempre é suficiente para salvar um filme do óbvio. O problema aumenta quando descobrimos que o mesmo diretor que enche nossos olhos com uma fotografia estupenda e movimentos de câmera marcantes é o culpado pelo roteiro medíocre.

O enredo conta a história de Violet (Elle Fanning), uma adolescente que sonha em virar cantora, mas sua condição financeira não permite que sua ambição se realize. Um dia, um programa de calouros passa por sua cidade e ela pede ajuda a Vlad (Zlatko Buric) para que tenha a oportunidade de alcançar a fama. Quantas vezes já não escutamos isso, não é mesmo? O longa tenta se diferenciar em alguns aspectos. Violet é imigrante, sua mãe é desequilibrada e várias vezes, os papeis de mãe e filha se invertem, Vlad possui uma relação conturbada com a filha e outros pequenos detalhes que, no fim, são completamente descartados do filme. Tudo é superficial. Quando achamos que o longa finalmente irá sair da zona de conforto, ele regressa e volta às fórmulas básicas de Sessão da Tarde. Além dos fatos comentados há pouco, a relação da banda de Violet poderia ter sido explorada e a cena durante os créditos, com certeza, precisava ser cortada, não apenas por já ter sido vista milhares de vezes, como por anular toda a importância do fim subjetivo. São tantas as oportunidades perdidas que saímos da sessão com o sentimento de condolência por tudo o que poderia ter sido, mas não foi.

No entanto, enquanto o roteiro realmente deveria ter sido revisto, Minghella realiza um trabalho excelente com a direção. São poucos os planos em que sua câmera não está em Violet. Ela parece querer sair da tela, assim como sua personagem deseja sair de sua vila e ganhar o mundo. O diretor segue a menina em sequências quase coladas em seu rosto, realçando a expressão e desfocando em momentos cruciais para entendermos os sentimentos da menina. Aliás, uma lente grande angular é usada em diversas passagens, aumentando a profundidade dos espaços cênicos e evidenciando alguns personagens ou ações. As cores leves mais presentes no primeiro ato, quando Violet ainda está sem sua rotina normal, fazem um ótimo contraste com o mundo neon que ela encontra quando começa a participar do programa. Há uma cena de plano sequência que, mesmo banal pelo momento em que acontece, consegue chamar atenção pelo ato final que esperamos que se concretize. A trilha sonora enaltece cada vivência da personagem e acerta em colocar músicas conhecidas do público, porém tirando as vozes e deixando apenas o instrumental. Assim, sabemos o que a canção quer dizer mesmo sem a escutarmos completamente. Por último, a montagem não é obvia e intriga o espectador ao oferecer informações que acrescentam na história de forma dinâmica e visualmente bonita.

Elle Fanning é uma boa atriz, mas ainda precisa amadurecer o seu trabalho: é bem contida nos momentos certos e consegue transmitir uma infelicidade real apenas com os olhos, contudo quando a cena exige um pouco mais da atriz, ela não chega lá. Mesmo assim, gostei muito de toda a composição da última apresentação. Assim como sua personagem, Fanning se solta e emociona com a surpresa do feito que acabou de alcançar. Agnieszka Grochowska está muito bem como a mãe de Violet, perdida, sofrida e rígida. A atriz endurece o corpo e o rosto durante toda a sua participação e entendemos os motivos por ela ser assim. Zlatko Buric também merece seu crédito. Sua relação com Violet, por mais inesperada que seja, é verdadeira e simpatizamos com o velhinho descabelado com o sotaque diferente. É uma pena que, por mais que tenha bastante espaço em tela, ainda sentimos que ele merecesse mais desenvolvimento. Rebecca Hall faz uma pequena participação como a produtora Jules e preciso admitir que, por menor que seja, achei-a muito pertinente. Jules não é apresentada como uma vilã, o que seria esperado, e sim como uma mulher de negócios que não se importa se os outros cometem erros, porque ela sabe que sempre sairá ganhando.

O fim de Espírito Jovem é basicamente uma explicação de todas as qualidades e defeitos do filme. Enquanto somos apresentados a um resultado previsível, a maneira como ele é mostrado nos cativa e ficamos com um sorriso no canto da boca ao percebermos que a trajetória é mais importante que seu fim. No entanto, logo em seguida, durante os créditos, esse sorriso é destruído porque o filme nos conta exatamente aquilo que não fazíamos questão de saber e, pior, se encerra com a frase mais trivial possível. Dessa forma, o longa termina sendo um exemplo perfeito de como uma direção majestosa e um roteiro lastimável tornam-se responsáveis por uma montanha-russa de altos e baixos.

Tags: críticaElle FanningEspírito JovemMax MinghellaRebecca HallTeen SpiritThe VoiceX Factor
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Marcelle Souza

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