A franquia de filmes da Lego, no início, parecia ser uma grande promessa, uma máquina de fazer dinheiro. Depois do ótimo Uma Aventura Lego (2014) e de dois spin-offs (os interessantes Lego Batman e Lego Ninjago, ambos de 2017), estreou agora em fevereiro Uma Aventura Lego 2, grande aposta da Warner e Animal Logic. E, realmente, este é o longa mais fraco de todos.

Até nas bilheterias! Em seu primeiro fim de semana, Uma Aventura Lego 2 abriu na quarta posição, com apenas R$ 2,4 milhões arrecadados. Enquanto que Lego Batman estreou com US$ 53 milhões em fevereiro de 2017 e, em setembro, Lego Ninjago foi lançado com uma morna arrecadação de US$ 20,3 milhões. Acho que as piadas, a dublagem, o estilo… Tudo era uma grande novidade no primeiro e causou um certo impacto. Mas parece que, agora, a fórmula está desgastada e a coisa toda vai ficando mais sem graça, meio sem ritmo. Não achei também o roteiro tão atraente.

Cinco anos após os eventos do primeiro longa de Master Builder Emmet, a irmã caçula de Finn, Bianca, começou a levar algumas de suas criações Lego e outros brinquedos em seu porão junto com seu próprio conjunto de tijolos Duplo para brincar. Metaforicamente, no universo Lego, os invasores de Duplo transformaram Bricksburg em um deserto pós-apocalíptico chamado Apocalypseburg e continuam a invadir periodicamente, o que por sua vez endurece a maioria dos cidadãos de Apocalypseburg. Emmet continua otimista, mas está preocupado com um “Armamageddon” pendente, tendo em mente morar com Lucy na casa dos seus sonhos.

A rainha Watevra Wa’Nabi, do Sistema Systar, quer se casar com Batman e eventualmente, ele concorda em se casar com ela. Emmet é salvo de colidir com um campo de asteroides pelo aventureiro Rex Dangervest. Ele começa a absorver vários maneirismos de Rex e espera impressionar Lucy com sua atitude endurecida. No mundo real, o ato de destruir o templo é representado por Finn destruindo furiosamente as criações Lego de Bianca. E, por aí vai… Não vou contar mais pra não estragar a experiência.

Mas, só pra vocês entenderem que tem o mundo dos brinquedos misturado com o mundo dos humanos (de forma mais orgânica e interativa que o primeiro), tramas e subtramas… Achei meio confuso, de verdade. Mas, nem tudo no filme é ruim. A trilha sonora é muito animada, o pós-crédito é maneiríssimo e os efeitos visuais são espetaculares. É um filme divertido, a la Sessão da Tarde, ideal para todas as idades, mas não chega aos pés do primeiro.
Nota: 3,5/5