O último filme da trilogia Eastrail 17 do diretor M. Night Shyamalan, Vidro (Glass), trouxe de volta dois dos principais personagens do primeiro filme, além de secundários e um enredo com essência homogênea entre Corpo Fechado (Unbreakable) e Fragmentado (Split).
O roteiro de Fragmentado foi escrito por Shyamalan com um personagem que seria introduzido a Corpo Fechado, mas acabou não sendo, afinal. Fragmentado teve um roteiro praticamente independente depois de a produção do primeiro filme, Toutchstone Pictures, ter desistido de dar continuidade a trama mesmo com o sucesso do filme.
Vidro foi uma solução de Shyamalan para finalizar a trilogia e usando o direito dos personagens. No longa, David Dunn (Bruce Willis), nomeado de Overseer, passou os últimos 19 anos ainda lutando contra pessoas ruins que encontra em Filadélfia. Levando essa vida e fugindo da polícia, David está atrás de Kevin (James McAvoy), também conhecido como Sra. Patricia, Dennis, Hedwig, Barry, a Fera e outras 18 personalidades. O elenco também conta com a presença ilustre de Sarah Paulson, Anya Taylor-Joy e Spencer Treat Clark e, dessa forma, o filme faz a ligação entre os dois primeiros longas da trilogia.
Como citado anteriormente, Vidro se tornou uma produção homogênea por trazer partes do gênero épico como em Corpo Fechado e a suspense e o espectro sombrio de Fragmentado. No entanto, o que deixou muitos outros críticos incomodados foi a falta desse espectro que foi muito bem aplicado ao segundo filme, o que tornou a história um pouco previsível. E pelo o que parece, com medo disso, as expectativas de uma história de herói tradicional na qual Elijah Price (Samuel L. Jackson), o Sr. Vidro, queria que se tornasse realidade são quebradas por Shyamalan de forma não definida entre espetacular, realista ou triste.
Portanto, sem trazer spoilers, não podemos dizer que Vidro foi um filme ruim, mas não é impossível afirmar que Fragmentado com certeza foi o melhor dos três filmes. A atuação de todos os personagens, especialmente a de James McAvoy, foram impecáveis. O roteiro foi potencialmente bem escrito e bem organizado, de maneira que passamos muito tempo no cinema sem perceber. Um filme ativo, que não dá sono e prende o espectador em inúmeros momentos, ainda mais por ter cenas que requerem muita atenção do público.
Vidro chega aos cinemas do Brasil dia 17 de Janeiro de 2019 pela Walt Disney Studios e Universal Studios