Criação: Anderson Junior | Enredo: Vinicius Medeiros | Roteiro: Matheus Volnutt
Prólogo
Numa galáxia muito distante, uma nave da Resistência chega do hiperespaço.
Na sala de comando, o Comandante suspira. Mesmo sentado em sua cadeira no centro da sala, parecia que estava correndo em pé de tão exausto e inseguro por sua vida há poucos segundos. O Comandante suplica para seu Imediato.
COMANDANTE: está seguro?
IMEDIATO: Sim, Comandante. Parece que estamos a salvo.
COMANDANTE: As esferas?
IMEDIATO: As esferas estão protegidas, senhor.
COMANDANTE: Ótimo. Aproveite que paramos e realize de uma vez a transferência!
IMEDIATO: Tem certeza, senhor? Se iniciarmos a transferência do material agora, não poderemos saltar no espaço.
COMANDANTE: A vida do universo depende dessa transferência! Só espero que os deuses zelem por nossa segurança enquanto fazemos a operação. Caso não seja do desejo deles, é o sacrifício que faremos.
O Imediato trava ao escutar aquelas palavras.
COMANDANTE: O que está esperando? É uma ordem! Enquanto você pensa, é menos tempo que teremos!
IMEDIATO: Sim, senhor!
Movimentação começa na nave. Os operários não tem um segundo de paz. O Imediato se dirige para uma espécie de laboratório num dos compartimentos da nave portando uma caixa. Ajoelha-se perante uma mesa de comando e abre a caixa. Dentro dela há duas bolas de cristal, uma vermelha e uma azul. Com todo cuidado, o Imediato pega uma das esferas e a encaixa num mecanismo que parece uma caixa de acrílico com um suporte postiço de encaixe perfeito para o tamanho de ambas as esferas. O Imediato põe a esfera azul no suporte e ordena o operário que inicie a operação. Porém, o mecanismo não transfere e o Imediato comunica a sala de comando.
Na sala de comando, o Comandante pergunta um dos operários qual é a situação.
Operário: estamos invisíveis no espaço, senhor. Porém, para podermos realizar a transferência, nossa localização deverá ser ligada, o que fará que sejamos encontrados.
O Comandante, estressado, coça entre os olhos e ordena que ligue a localização imediatamente.
Operário: Sim, senhor.
Do laboratório, o Imediato comunica que a transferência foi iniciada.
IMEDIATO: alguma visita?
COMANDANTE: Não, Imediato. Talvez tenhamos sorte ou pelo menos alguns minutos.
Após alguns minutos, a bola de cristal azul desaparece aos poucos até sumir por completo.
IMEDIATO: Transferência de Item 1 concluída. Iniciando a Transferência 2.
COMANDANTE: Muito bem. Mas o q…
O radar da nave começa a apitar a presença de naves inimigas.
COMANDANTE: Termine a Transferência 2, IMEDIATAMENTE!
IMEDIATO: SIM, SENHOR!
O Imediato encaixa a esfera vermelha no suporte. A Transferência é iniciada. Tremores, porém, dificultam que a operação seja realizada com sucesso e seu andamento leva mais tempo. O Imediato sabia que tremores eram esses.
Operário: Estamos sendo atacados?
O Imediato assentiu com a cabeça, mas não desgrudou os olhos do mecanismo a fim de que não deixasse qualquer intervenção interromper a operação, caso a esfera escapasse do suporte.
No meio do vácuo, a nave da Resistência evitava de se mexer bruscamente, mas atirava de volta contra as naves agressoras que se moviam com toda liberdade no espaço a sua volta.
COMANDANTE: Permaneçam frios, eles não querem nos destruir. Não arriscarão despedaçar as esferas. Eles só querem baixar nossos escudos.
Operário: Escudos a 32%, Comandante.
COMANDANTE: A gente aguenta. Imediato, qual é a situação da transferência?
IMEDIATO: 50%. Se aguentarmos mais um pouco, conseguimos finalizar.
Operário: Escudos a 26%.
COMANDANTE: Imediato, se baixarmos de vez nossos escudos, a transferência corre mais rápido?
IMEDIATO: Sim, senhor.
COMANDANTE: Baixem os escudos.
Relutante, o operário responsável pelo campo de força que protege a nave aperta o botão.
Do lado de fora, é possível ver que a aura esverdeada que cobria a nave desaparece. As naves inimigas cessam fogo.
COMANDANTE: Todos as forças para a sala de teletransporte! Visitantes a caminho!
Na sala de teletransporte, uma dezena de homens chegam armados e se ajoelham mirando as câmaras. Outras dezenas de homens aguardam armados nos corredores a fora. Em cinco das câmaras de teletransporte brilham partículas da chegada de alguém. O capitão da guarda da nave anuncia para que aguardem para o ataque, pois de nada vale atirar nas partículas antes que se formem e os visitantes sabem disso, os tiros apenas atravessariam. Assim que as partículas terminam de se formar, surgem cinco figuras. Quatro delas, eram humanos e vestiam armaduras que cobriam o tronco, enquanto a figura do meio, cobria tudo, até o rosto, menos os braços. Os cinco humanos desaparecem numa velocidade impressionante e atacam cinco dos guardas, que morrem na hora, inclusive o Capitão. Os outros cinco guardas na sala ficam assustados e na oportunidade, são atacados também.
No corredor, do lado de fora, os guardas atiram para dentro da sala, mas só um dos visitantes é atingido, o que não o detém. Os guardas de fora tiveram mais tempo de vida para ver os visitantes em ação, eles se movimentam rapidamente, mas fazendo movimentos lógicos como desarmar, golpear, estrangular, atacando pontos vitais numa velocidade incrível, enquanto o visitante totalmente blindando, o que supostamente é o líder da invasão, caminha calmamente atravessando-os em direção a sala de comando.
Na sala de comando, o líder dos visitantes derruba a porta rapidamente, mas não ataca. Apenas caminha calmamente e com as mãos levantadas e abertas em sinal de paz para o Comandante, que fica a pensar – Se queria só conversar, então por que arrombou a porta? O Comandante pergunta a seu Imediato qual a situação da transferência.
IMEDIATO: Concluída, senhor.
O visitante não ouvira, pois a comunicação era via fones de ouvido. O Comandante podia analisar melhor o visitante encouraçado agora. Uma armadura completa até os pés, de tonalidade mais escura do que as dos demais, porém, com os braços de fora, revelando seus pelos castanhos e o que parecia ser um cinto de couro grosso preso em sua cintura. É claramente um deles, o Comandante pensou, Eles fazem questão de mostrar quem são, com seus braços para fora das armaduras. O visitante também portava uma capa escura, que simbolizava alta patente, Um General, provavelmente e o capacete cobrindo o rosto que mais servia para intimidar do que para proteger, pois se este era um deles, não se preocupava com ferimentos. O General, com uma voz modulada, pergunta calmamente onde estão as esferas.
COMANDANTE: Eu sou o Comandante desta nave e só respondo a quem pelo menos sei quem é.
O General pausa por dois segundos e calmamente aciona o mecanismo de remoção do capacete em sua cabeça, que se desfaz como num holograma, revelando, para surpresa do Comandante, seus cabelos e seu rosto angelical. O Comandante não consegue esconder a surpresa e a excitação com um suspiro. Os operários e os guardas da sala de comando também não. A General, já acostumada com as reações, mantem a postura.
GENERAL: Me chamo General Bara e quero saber onde estão as duas esferas.
A frieza da General corta rapidamente a excitação do Comandante, que engole em seco.
COMANDANTE: Não estão mais aqui.
General reage confusa.
GENERAL: Como é?
COMANDANTE: É isto mesmo. Não estão mais aqui.
A General estreita os olhos e leva a mão até os ouvidos para ativar um comunicador.
GENERAL: Examine o laboratório, verifique se eles enviaram os itens para outro lugar.
O Comandante começa a rir de leve, enquanto tira do bolso um aparelho.
COMANDANTE: Hehehe você nunca vai encontrar as esferas.
O Comandante abre a tampa de acrílico do aparelho com o polegar e antes que pudesse pressionar o botão com o mesmo dedo, a General o surpreende retirando o aparelho de sua mão. Examinando-o, percebe que era um detonador e o espreme, fazendo o explodir dentro sua mão fechada que consegue conter a explosão, para surpresa de todos.
COMANDANTE: E-esse detonador tem poder para explodir uma nave inteira… Mas como…
Antes que terminasse de falar, a General dispara um feixe de luz que mata o Comandante pela garganta. Dá meia-volta para sair da sala de comando enquanto os guardas se preparam para atirar, mas são surpreendidos por outro feixe de luz que mata todos na sala.
No laboratório, o Imediato comenta para o operário que pelo menos tem a segurança de que eles não vão conseguir rastrear para onde a máquina enviou os dois itens, pois o Comandante pretende destruir a nave a tempo – informou-lhe sobre isto antes de deixar que invadam a nave. O Imediato, então, fica surpreso com a demora para a explosão. É surpreendido pelas quatro figuras de armadura que invadem o laboratório e matam o operário a seu lado, Mas como eles passaram tão rápido pelos guardas?, e mais surpreendente ainda é a figura de armadura e capa escura que surge também num piscar de olhos. O Imediato não consegue tirar os olhos da General que, apesar de seus braços cobertos de pelos castanhos, seu rosto era divino. Com o cabelo preto que caía pelas suas costas e ombros até a altura dos peitos. Era sem dúvida, uma das mulheres mais bonitas que já vira.
GENERAL: Senhor Imediato, pode nos dizer, por obséquio, para onde enviou as esferas?
O Imediato ficou surpreso com a educação da General, mas sabia que era uma farsa. A frieza em sua voz denunciava que ela apenas mantinha a diplomacia para depois atacar. Entendeu a ironia- É como uma rosa, ele pensou, é bonita de se ver, mas machuca quando chega perto. Aguardou em silêncio, esperando que o Comandante detonasse a nave. A General percebeu e suspirou.
GENERAL: O Comandante está morto. Você obedece a mim agora, ou morre, a escolha é sua. Agora que está bem informado, vou perguntar apenas mais uma vez – para onde o senhor enviou as duas esferas.
O Imediato gelou com o baque da informação. Ponderou pela opção que lhe fora dada, pois sabia que, mesmo que morresse, os inimigos poderiam rastrear para onde foi enviado se tivessem acesso a máquina. Mas eles vão levar mais tempo para descobrir, pensou consigo, e também, dificilmente saberão que locais são estes de destino. Muito menos chegarão lá tão rápido, concluiu, Morrer talvez seja uma opção melhor para atrasar que a informação chegue O Imediato se levantou de sua cadeira, respirou fundo, levou a mão ao peito – o sinal de continência da Resistência – e respondeu com a mesma educação que lhe foi dirigida.
IMEDIATO: Eu agradeço a proposta, mas sinto-lhe dizer que não terá a informação de m…
Antes que terminasse, fora atingido com um feixe de luz em sua garganta. A General levou a mão até o comunicador em seu ouvido e anunciou – Podem trazer os hackers – e retirou-se. Em poucos minutos, chegaria uma equipe de suporte técnico que sentaria no laboratório e começaria a examinar a máquina a fim de rastrear seu histórico. O Imediato, caído no chão, sangrando pela garganta e sem poder falar, observava os pés dos inimigos até que todos saíram e enfim chegara a tão esperada explosão.
Capítulo 1
Enquanto isto, na Terra. Como era de costume, Son Goku enrolava para terminar seu trabalho. Apostou com seu filho, Son Goten, de colher todas as verduras e lhe contou que deixaria mais para ele para que servisse de exercício, mas na verdade, que mesmo era que Goten terminasse para ele. Quase no tardar no dia, Goku e Goten sentassem na beira de uma montanha, observando a paisagem que conhece faz tempo, enquanto comem o delicioso lanche que Chichi trouxe para eles.
GOKU: Sabe, Goten. Às vezes fico pensando, será que estamos sozinhos no universo?
GOTEN: Mas papai, você é alienígena.
Goku ponderou por alguns segundos sobre a informação deixada por Goten.
GOKU: Sou mesmo!
GOTEN: E além do mais, este não é o único universo. Faz algum tempo, vocês lutaram contra vários inimigos de outros sete universos e ganharam!
Goku levantou empolgado – É! Faz tempo que não tenho uma luta assim! Eu só gostaria de saber quando vamos poder lutar com gente forte de outros universos de novo! Eu quero saber quem tem de mais de forte! Aquele Jiren era muito forte! Mas o Zen-ozinho não falou nada sobre algum outro torneio e o Sr. Whis me proibiu de perguntar – e sentou perdendo a empolgação. Goten observava seu pai e ponderava.
GOTEN: Papai, qual foi mesmo o pedido que o tio 17 fez? Ele pediu mesmo para que restaurassem todos os universos ou vocês não querem nos contar o que foi?
Goku estranhou a pergunta.
GOTEN: Vocês não pediram alguma outra coisa e estão escondendo da mamãe não? Pode me falar!
GOKU: Hahaha! É claro que não! Apesar de que eu com certeza esconderia da Chichi, ela ficou brava quando descobriu que o universo estava em jogo.
Ao terminar de falar, Goku sentiu um Ki, uma energia vital, repentino parando perto deles e uma voz estranha dizendo – É sobre isso que preciso falar com vocês. Goku e Goten levantaram num salto e se posicionaram em defesa. O visitante, porém, não estava em posição de ataque. Estava de pé, mantendo a calma, ou pelo menos a escondendo com as mãos dentro dos bolsos de seu sobretudo preto. Goku ficou surpreso ao perceber que se tratava de um sayajin que não conhecia, mas que parecia bastante com seu filho mais velho, Gohan. Apesar do corte de cabelo ser mais jovial, preto e espetado, com um topete para o lado, meio brega, pensou Goku. O Sayajin se apresentou.
Sayajin: Oi, papai. Sou eu, Goten.
Goku pensou alto – Eu hein! Quem tem filho grande é elefante. Quase esquecera de seu filho mais velho, Gohan, tão alto quanto ele.
JOVEM GOTEN: Papai? Goten? Mas ele é meu pai e Goten sou eu!
Sayajin: Sim, você tem razão. Eu sou você, mas de outro tempo.
Goten do Futuro retirou de um dos bolsos do sobretudo uma foto de família. Goku observou que na foto, estavam presentes seis pessoas – Chichi, sua esposa, com seus cabelos lisos, mas não tão mais escuros quanto são hoje, parecia bem mais velha; Goku, com seu cabelo espetado como uma cebola, que nada envelhecera; Gohan, seu filho mais velho, com cabelo curto e espetado para o alto, portando óculos de leitura, e Videl, sua nora, linda como ainda é, com seu cabelo negro e curto; o jovem que se apresentava como Goten e uma moça adolescente, bem parecida com Videl.
GOTEN DO FUTURO: Esta é Pan, filha de Gohan, mas daqui a muito tempo.
Goku e Goten: NOOOSSA!!!
Goku e o jovem Goten não conseguirem esconder a surpresa ao ver como Pan, a filha recém-nascida do jovem Gohan, havia crescido tanto e se tornado uma jovem tão saudável. Goten do Futuro guardou a foto de volta em seu bolso. Goku acreditou, Então é verdade, ele é o Goten. Reconhecia bem seus olhos negros idênticos aos seus e aos de seu filho ao seu lado, mas sem muito tempo para apresentação, Goten do Futuro logo tomou a palavra novamente.
GOTEN DO FUTURO: Como eu dizia, o Torneio do Poder pode ter acabado, mas o universo pode ainda estar em jogo.
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Bem distante de Goku e Goten, um outro sayajin, também de sobretudo escuro, mas de cabelo roxo liso e olhos azuis, e carregando uma espada embainhada em suas costas, estava de pé sobre rochas na beira de um mar. O sayajin recua a manga de seu braço esquerdo revelando um bracelete com um display digital, no ecrâ, o aparelho indicava que havia uma esfera abaixo dele. O jovem sayajin estreitou os olhos a fim de tentar ver através da água e desistiu, Como vou encontrar na água uma esfera azul? Perguntou a si mesmo, O jeito é mergulhar. Não esperou para tirar suas vestes e mergulhou do jeito que estava. Ainda com o radar em mãos, não demorou muito para que encontrasse uma bola brilhante de cristal. Apanhou-a e saiu voando da água. Pairando sobre as águas, examinou a esfera em suas mãos. Era exatamente o que procurava. Impressionou com a semelhança que aquela bola de cristal tinha com as sete esferas do dragão da Terra, porém azul e com cinco estrelas.
Não surpreendido, mas num instante, quatro visitantes o atacam a fim de tomar de suas mãos a esfera azul. O jovem sayajin defende, mas com cuidado para não soltar de sua mão a esfera. Golpeia e lança ataques de longo alcance afim de distanciar-se de seus adversários. Vamos Goten, é uma boa hora para você chegar com ajuda.
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Enquanto isto, Goten do Futuro terminava de explicar para Goku e Goten.
GOTEN DO FUTURO: Sou de um tempo diferente do de vocês, como pode ver, e no meu mundo, somos quem persegue aqueles que interferem no tempo e fomos enviados para cá.
GOKU: Alguém está interferindo no tempo de novo? Ai, o Sr. Bills não vai gostar nadinha!
GOTEN DO FUTURO: Não necessariamente.
Goten abre uma de suas mãos e um dispositivo em sua luva vermelha mostra uma imagem em holograma que revela uma imagem de uma esfera do dragão azul, exatamente como a que o outro sayajin acabara de encontrar.
GOTEN DO FUTURO: Esta esfera chegou aqui tem pouco tempo e veio de uma dimensão que não é a sua e nem a minha. Na verdade, veio de uma dimensão que não existia e não deveria existir.
GOKU: Mas calma aí! Eu não tô entendendo! Como assim tem uma esfera do dragão que veio de um lugar que não existe, não deveria, não existia, não o quê?
Jovem Goten olhou para seu pai com pena da dificuldade que tinha de entender as coisas, mas com olhar confesso de que também não estava entendendo muito. Goten do Futuro fechou a mão e o holograma desapareceu.
GOTEN DO FUTURO: Eu explico melhor depois, pois não temos tempo. Neste momento, Trunks foi atrás desta esfera e provavelmente está sendo atacado. Precisamos ajudá-lo, pois são inimigos poderosos e é por isso que eu vim atrás de você, papai.
Goku não pôde esconder a expressão de estranheza e admiração ao ver seu filho crescido lhe chamar de papai.
GOKU: Só um minuto.
Desapareceu da vista de todos. Poucos segundos depois, antes que percebem o que aconteceu, Goku retorna com suas vestes de trabalho trocadas por suas vestes de batalha.
GOKU: Tudo bem. Segure em minha mão. Goten, você fica pra proteger a sua mãe.
Jovem Goten assentiu. Goten do Futuro segurou numa das mãos de Goku enquanto levava dois dedos da outra a sua testa. Concentrou-se em achar o Ki do Trunks do Futuro, mas teve um pouco de dificuldade, pois não estava acostumado. Logicamente, este Trunks não era o mesmo que conhecera, mas finalmente achou um Ki parecido que só poderia ser o dele e teletransportou-se. Goku e Goten do Futuro sumiram de vista deixando o jovem Goten sozinho que voou com pressa para sua casa.
• • •
Trunks ainda lidava com os quatro adversários que o atacavam sem dó. Voou ainda mais alto, até as nuvens, para ganhar mais espaço e poder também esconder-se entre as nuvens. A furtividade era uma habilidade da Patrulha do Tempo, tal como viu-se que Goten surpreendera mesmo Goku, que pode sentir o Ki de qualquer um a distância. Trunks sacara sua espada e rebatia rajadas de Ki que eram disparadas em sua direção até que ao rebater uma, foi surpreendidas por outras duas que vinham ao mesmo tempo. Seria atingido se não fosse pela chegada de Goku e Goten que num instante rebateram.
TRUNKS: Não precisava ter tanta pressa!
Goten, Goku e Trunks se juntaram costa a costa e produziram uma aura de energia que emitiu uma luz que jogou os quatro adversários a baixo das nuvens. Ao poderem enxergar novamente, e com o campo de visão livre sem as nuvens, um dos adversários percebera contra quem estavam lutando – É ele! – e anunciou aos outros dois – Retirada! – Outros dois relutantes, também perceberam ao olhar para Goku e obedeceram. Sumiram num piscar de olhos.
GOKU: Ué.
TRUNKS: Isso não é bom. Quer dizer que eles virão em número maior na próxima vez.
GOTEN: Seria melhor se tivéssemos acabado com eles aqui mesmo, que aí não iriam em busca de ajuda
TRUNKS: Sabe que matar não faz meu estilo.
GOTEN: Não fui eu quem trouxe uma espada.
TRUNKS: Aliás, muito prazer em vê-lo, senhor Go…
Antes de terminar de falar, Trunks foi surpreendido com uma rajada de energia que o jogou na água. Goten em reação disparou de sua mão contra o atacante, sem ver quem era, uma bola de energia e o pulverizou. Goku ficou surpreso com tudo que acontecera tão rápido, mas voou depressa para pegar Trunks antes que caísse nas águas. Trunks estava desacordado e com um buraco sangrando na altura da costela.
GOKU: Ele precisa de tratamento, vou levá-los a Corporação Cápsula. Segure-se em mim e me ajude com o Trunks, filho. Digo, Goten. Er…
Goten não teve tempo de achar graça do desconforto de seu pai e pôs a mão em sem ombro. Goku levou dois dedos de uma de suas mãos até a testa. Desapareceram num segundo.
• • •
No quintal da Corporação Cápsula, Chega Goku com Trunks sobre um de seus braços e Goten apoiado em seu ombro com uma das mãos e segurando Trunks com outra. Goku grita imediatamente por Bulma. O jovem Trunks os atende sem entender o que acontecia.
Ficara surpreso ao ver novamente o Trunks do Futuro ali, mas ele parecia diferente da última vez que o viram. Levaram-no para dentro e Bulma, surpresa, mandou que encaminhassem a enfermaria e deram-lhe uma Semente dos Deuses, sementes mágicas de propriedades curativas. O ferimento de Trunks se curou mais rápido, porém, continuou adormecido.
Bulma assustou-se ao saber que aquele jovem sayajin, ao lado de Goku, alto e parecido com o Gohan era o pequeno Goten, que brincava com seu filho Trunks ontem mesmo. Logo mais, contaram-lhe tudo que havia acontecido.
Goten: Este não é o Trunks do Futuro que vocês conheceram.
Goku, Trunks e Bulma ficaram surpresos com aquela informação. Já mais de uma vez receberam a visita de Trunks do Futuro, e como este não pode ser o mesmo?
BULMA: Mas como assim esse não é o meu filho no futuro? Ele é exatamente do jeito que conhecemos.
GOTEN: Sim. Ele pode ser igual, em aparência, mas somos de um futuro diferente daquele.
GOKU: É mesmo! Isso faz bastante sentido.
Trunks e Bulma ficaram surpresos com Goku tendo um momento de clareza.
GOKU: Olha só! Naquele futuro, onde os andróides atacaram, Goten não havia nascido ainda quando eu morri!
Goten assentiu.
GOTEN: Exatamente. Eu sou de um futuro diferente daquele. Talvez seja mais fácil para nos referirmos como Xenoverso.
GOKU: Não me ajudou em nada!
BULMA: Ai, Goku! Xenoverso quer dizer que é uma versão diferente do nosso universo. É o Universo 7, mas em outra linha do tempo. Entendeu?
GOKU: Não.
BULMA: Prossiga, Goten.
Goten contou a Bulma o mesmo que contara a Goku e mostrou-lhe também a esfera azul, que estava no bolso de Trunks Xeno.
GOTEN: onde está Vegeta, precisaremos dele também, pois temo que vamos enfrentar inimigos bem poderosos.
Goku ficou animado, – Ah, inimigos poderosos! Era isso que eu queria!
GOTEN: Não fique animado, pai. Não será como no Torneio do Poder que eles evitarão a chance de matá-lo. Estes inimigos tem poder de aniquilar nosso universo. E por isso que fui mandado aqui.
A animação de Goku não baixou nem um pouco – Esse era o motivo que eu estava precisando para começar uma briga.
BULMA: Vegeta não está aqui. Se não me engano, ele foi visitar o Planeta Sadala.
Goten ficou surpreso.
GOTEN: O Planeta Sadala? Mas não foi destruído antes do Planeta Vegeta?
BULMA: Sim, mas ele está no Universo 6.
Goten havia esquecido que o Universo 6 era gêmeo do Universo 7, o deles, e que lá haviam os mesmos planetas de seu universo e que o Planeta Sadala, berço da raça guerreira alienígena conhecida como sayajin, a raça de seu pai, ainda existia. Aprendera sobre isso no treinamento da Patrulha do Tempo.
GOKU: Afinal, quem foram aqueles que nos atacaram? Eles usavam armaduras parecidas com a do Vegeta, mas tinham braços peludos e calda.
Goten refletiu por um tempo. Não tinha certeza, mas no fundo sabia a resposta.
GOTEN: Creio que aqueles, meu pai, eram sayajins.
Goku e Bulma quase caíram para trás. O jovem Trunks ouvia tudo calado.
GOTEN: Tem algo que eu ainda não estou contando.
• • •
Num palácio escuro, iluminado por tochas. Um homem grande sentava no trono. Não dava para ver muito dele, mas podia perceber que era forte, usava calça larga e cumprida de cor clara, um manto verde preso em sua cintura, e seu corpo era coberto de pelos. Ao seu lado, de pé estava uma figura que não dava para identificar muito bem como homem ou mulher, mas usava um manto e segurava um cetro. Mesmo sem muita visão, dava para perceber a enorme auréola em torno de seu pescoço, como se usasse um bambolê como colar. Os três que sobraram, dos quatro sayajins que haviam acabado de atacar Trunks, Goten e Goku adentravam o palácio após serem anunciados e se prostravam ajoelhados, com medo da impiedade do Imperador. Contaram-lhe que encontraram a esfera azul, mas que falharam em sua missão de trazê-la porque foram surpreendidos por aquele qual foram informados que deveriam evitar, o Deus Super Sayajin.
IMPERADOR: O Deus Super Sayajin, é? Muito bem, então vocês irão novamente em breve, com mais soldados, para recuperar a esfera, que vocês já localizaram, certo?
Sayajins: Sim, senhor!
O Imperador levantou-se de seu trono, deixando que a luminosidade das tochas o revelassem enquanto caminhava pelo salão, dispensando seu soldados. A luz revelava seu rosto e peitoral humano, coberto por um colar egípcio, seu cabelo prateado e espetado, caindo sobre suas costas e ombros até a altura dos peitos e de sua região lombar, saía uma calda. Era um sayajin tal como os que acabaram de sair, mas diferente de seus pelos castanhos, tinha pelos prateados.
IMPERADOR: E quanto ao Deus Super Sayajin, não se preocupem. Lidarei com ele eu mesmo!
Próximo capítulo: Vamos ao Universo 6! O Épico Confronto dos Sayajins. (Clique aqui)
Curiosidades:
Eu e Vinicius Medeiros, do canal Tentáculo, que estamos criando o enredo desta história, preferimos dar continuidade aos eventos do Torneio do Poder, em Dragon Ball Super, com todo o status quo dos personagens e respeitando o cânone, evitando de quaisquer intervenções nos eventos descritos no fim de Dragon Ball Z, assim, podendo até mesmo considerar nosso universo como parte do cânone, se um dia for adaptado para o mangá oficial, anime ou mesmo para um longa-metragem, o que seria bem bacana.
Resolvemos trazer alguns personagens que até então não são considerados canônicos, mas que gostamos bastante e que sentimos falta – é o caso de Goten e Trunks Xeno, de Super Dragon Ball Heroes. Foi uma maneira de justificar a presença de Trunks do Futuro, um personagem que gostamos demais da saga dos Andróides de Dragon Ball Z e da saga recente do Goku Black em Dragon Ball Super, e o Goten adulto, que até então só havíamos visto no Dragon Ball GT e bem pouco.
Além deles, inventamos alguns personagens também, – alguns deles vocês só verão nos próximos capítulos – mas no caso da General Bara, que já apresentamos neste, nós gostaríamos de ver uma sayajin mulher como vilã, com uma presença semelhante a de Faora, vilã assistente do General Zod, no universo da DC e no filme O Homem de Aço. Seu nome, バラ – bara, significa rosa em japonês, pois tal como os nomes dos sayajins costumam ser relacionados a plantas, imaginamos que rosa combinaria – bonita de se ver, mas seus espinhos machucam, causando assim uma quebra de paradigma com usa aparência e sua personalidade fria e assassina. Além de seu ambiente lembrar muito a sensação de Star Wars ou Star Trek, outro elemento que gostaríamos de resgatar no universo de Dragon Ball – a fantasia espacial
Temos muito mais surpresas aguardando nos próximos capítulos e aos poucos vou revelando mais de como surgiu a nossa ideia. Deixe nos comentários o que achou do capítulo e sugira também o que pode entrar nos próximos!