Por: Camila Fernandes
Há aqueles que adoram um filme de espionagem e teorias da conspiração de guerras entre grandes nações mundiais. Operação Red Sparrow entra nesse universo e realiza bem a proposta que pretende ter.
A história trata-se da 1ª bailarina do Bolshoi, Dominka Egorava, (Jennifer Lawrence) que tem sua carreira arruinada após um acidente, e para ter condições de dar a sua mãe doente o tratamento necessário se vê obrigada pelo seu próprio tio (Matthias Schoenaerts) a entrar numa repartição da inteligência Russa que forma espiões que utilizam da sexualidade para conseguir informações mundo a fora.
O filme consegue ser bem redondo na sua trama cheia de reviravoltas, principalmente quando a protagonista tem a missão de descobrir informações do agente da CIA Nate Nash (Joel Edgerton) e passa também a colaborar com o governo americano. O grande ponto desse filme é que o espectador fica até os últimos momentos sem saber para quem realmente a antiga dançarina está trabalhando. O que traz uma certa apreensão do que pode acontecer em seguida.
Ainda assim, o longa tem seu quê de previsibilidade em termos de narração típica de filmes americanos que apontam as demais nações, sobretudo a Rússia, como grandes vilãs ao ponto que os E.U.A. são os bastiões da liberdade. Num computo geral o filme é interessante, principalmente por trazer um pouco da rivalidade da guerra fria para os dias atuais, conta com uma sonografia bem gostosa com referências de música clássica e tem um roteiro bem feito, me lembrou um pouco a série The Americans (que aliás é excelente), para aqueles que gostam desse gênero vale a pena assistir.