Gabriella Ponte: A galera fã de Star Wars fez bonito na pré-estreia de Os Ultimos Jedi, o oitavo episódio da saga. Muita gente foi fantasiada nos cinemas brasileiros tanto na quarta como na quinta-feira, nas primeiras sessões do longa. E a cada filme lançado, a franquia se torna ainda mais épica, em todos os quesitos e de forma surpreendente. Produção da Disney é outro nível.
Matheus Sant’Anna: Gostei tanto do filme que ainda não sei bem como trabalhar a descrição. Parece que quando o filme é bom demais, é mais difícil ainda de falar, porque se existem problemas, a gente pode começar ou terminar por eles, mas neste caso, não sei por onde. O filme me surpreendeu, principalmente porque fez a franquia finalmente caminhar para o imprevisível. Muitos temiam que fosse praticamente um remake de O Império Contra-Ataca, e apesar das semelhanças com O Império Contra-Ataca e O Retorno do Jedi, tudo se resolve de uma maneira inacreditável em que você se pega e fala – Caraca! Eu não sei mais o que pode acontecer a partir de agora! – E este sentimento é ótimo, e que eu sinto muita falta no cinema faz um tempo já.
Gabriella Ponte: Apesar do marketing do filme ter sido grandioso, eles sempre deixavam a gente na dúvida se a Rey (Daisy Ridley) iria para o Lado Negro da Força ou se o Kylo Ren (Adam Smith) ira para o Lado da Luz e eu acho que a resolução disso foi o que deixou todos surpreendidos. E ainda deixou um gancho fantástico para o término dessa trilogia. Carrie Fisher, em seu último e mais importante papel da vida, estava iluminada. E, não sei se mais alguém sentiu isso, mas parecia que ela estava se despedindo do elenco em certos momentos. O elenco da nova safra, e a inclusão de novos personagens nesse episódio, está maravilhoso e muito bem entrosado. E a trilha sonora de John Williams, sempre épica – tomara que ele faleça apenas depois dos 100 anos. Tecnicamente, o filme é impecável. Não percebi erros de continuidade, não à primeira vista, pelo menos.
Matheus Sant’Anna: Além disso, preciso elogiar o trabalho de fotografia da produção. Cada cena é uma obra de arte, que dá vontade de emoldurar, principalmente as que envolvem o Luke (Mark Hammil) e principalmente com o Luke de costas! O filme pode ter uma barriga de eventos, mas isto não torna o ritmo ruim, de maneira alguma. É a estrutura clássica de um espetáculo, que já te inicia na ação, desenvolve a trama, e de entrega um clímax de você pular da cadeira. Se existia algum defeito, eu deixei na cadeira quando pulei.
Gabriella Ponte: Eu pulei da cadeira, chorei, aplaudi e as pessoas na minha sessão fizeram o mesmo. É sempre muito emocionante ver Star Wars no cinema, ainda mais em 3-D – e que 3-D! E as cenas com menos ação são necessárias pois Star Wars não é só ação. É drama, é comédia, é aventura. Tem muita gente sofrida, traições, estratégias políticas. Essa parte mais séria, obviamente, é sempre contrabalançada com cenas mais fofas, com porgs – aquele bicho que parecia um pinguim da ilha do Luke, BB8, Chewie e outros alívios cômicos do longa. Por fim, que lutas bem coreografadas, que cenários e figurinos lindos e que locações esplêndidas. Adorei, principalmente, o planeta cassino, Canto Bight, que foi gravado na Croácia, e a ilha onde o Luke estava, que fica na Irlanda.