Se você curtiu o super divertido Deadpool e os filmes de Guardiões da Galáxia, acredito que também vai gostar de Thor: Ragnarok que estreou ontem no Brasil. A Marvel quis fazer uma comédia para toda a família, com uma pitada de cores e músicas dos anos 80 e, pelo menos pra mim, funcionou muito bem. Óbvio que muitos fãs da Marvel não vão curtir a origem de alguns personagens, pois é diferente dos quadrinhos, mas lembrem-se que isto é uma adaptação. E aos fãs do diretor Taika Waititi, de O Que Fazemos nas Sombras, vão amar o longa, inclusive sua participação como ator (ele faz o Korg).
Como os dois primeiros filmes do super-herói desagradaram muitos fãs, eles resolveram mudar o tom. Faltava a empatia do público e, agora com o terceiro, eles acertaram. A trama é bem simples. Thor (Chris Hemsworth em sua melhor atuação, com um perfeito timing de comédia) é enviado para o planeta Sakar, aonde uma luta entre gladiadores o coloca para enfrentar Hulk (Mark Ruffalo). É muito legal a interação entre os dois já que nos Vingadores eles têm menos destaque. Aliás, a interação do Thor com um outro super-herói que não citarei (embora muita gente já saiba de sua participação) foi simplesmente hilária.
Preso do outro lado do universo e sem o seu martelo poderoso, Thor encontra-se numa corrida contra o tempo para voltar a Asgard e impedir Ragnarok – a destruição do seu mundo e da civilização Asgardiana. Seu povo está nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a implacável Hela (a para sempre maravilhosa Cate Blanchett, embora ela esteja um pouco parecida com a Rita Repulsa). Ele precisará recrutar um time para combater a Deusa da Morte, e impedir o fim do mundo.
Completando o elenco, temos Tessa Thompson como Valquíria, que ao meu ver está muito apagada. Tom Hiddleston como sempre entrega uma atuação impecável como Loki, e Jeff Goldblum está impagável como o Grão Mestre. Mas, como falei anteriormente, os personagens do filme estão muito diferentes do quadrinho, por isso os mais xiitas vão reclamar. Mas, falo de antemão, o longa tem muitos quesitos positivos para deixar alguém verdadeiramente chateado.
Dou destaque a trilha sonora de Mark Mothersbaugh e a música Immigrant Song (do Led Zeppelin), que virou o tema do Thor. As cenas de ação são grandiosas e épicas. Com certeza as batalhas vão agradar o público em geral. Mas, não esperem um roteiro super inteligente, porque é bem clichê. Pelo menos o filme é direto: são 2h de duração sem enrolações. Vá de cabeça aberta e dará boas risadas, tenho certeza. Mais alguns detalhes: o 3D do filme é funcional, a participação de Stan Lee é fantástica e esperem pelas duas cenas pós-crédito.
Nota: 4,5/5