Desde que decidiu ser o protagonista da adaptação da saga de livros juvenil Maze Runner no cinema, Dylan O’brien não é lembrado por outro papel se não esse. Em Assassino: O Primeiro Alvo vemos ele tentar algo novo. Até pode-se dizer que para um público mais adulto.
Dylan dá a pele à Rapp Mitch um jovem apaixonado que está de férias com sua namorada em uma praia paradisíaca até que a mesma é atacada por terroristas e ele ver sua amada ser morta na sua frente. Então ele decidi ir atrás do responsável por esse ataque. No momento que está para concluir sua vingança, seu alvo é morto perante ele por uma equipe tática do governo liderada por Irene Kennedy (Sanaa Lathan). Ela recruta Mitch para um programa que forma agentes antiterroristas que tem como mentor Alex Hurley (Michael Keaton). A partir desse momento eles começam a caçar “O Fantasma” o verdadeiro vilão do filme e antigo aprendiz de Hurley.
O filme é despretensioso do início ao fim. Durante as 2 horas de filme você sente a sensação de que já viu tudo aquilo em algum lugar. Tanto no caso do protagonista cheio de piadas que não segue ordens, ou pela vice-presidente do programa que acredita que o protagonista, por qualquer razão que seja, é especial de alguma forma. Sem esquecer é claro de Alex Hurley, interpretado por Michael Keaton, o típico treinador durão que acha que Rapp é só mais um porém o mesmo vai ser surpreendido no final e vai se render as graças do herói. Sem esquecer é claro do vilão e de seu plano “inovador”: conseguir uma bomba nuclear para destruir o mundo. (Onde será que eu já vi isso ?).
Mesmo cercados por clichês e até presentes neles mesmos, Keaton e Lathan conseguem manter sua atuação acima da média entre tantas reviravoltas, algumas até confusas, presentes no filme. Shiva Negar é outra que merece destaque tanto pela sua atuação quanto por seu arco no filme. Desde sua primeira aparição no filme é construída como possível interesse amoroso e até uma forma de superar o trauma de sua antiga amada (algo que eu estranhei devido ao fato de justo o seu trauma desencadear toda a história do filme). Porém tudo isso é desconstruído com uma reviravolta surpreendente ,e pode-se dizer até corajosa, do diretor.
Tentando, acima de tudo, deixar claro que a culpa de todos os problemas de hoje é o povo árabe, e de que os islâmicos que não são terroristas com certeza financiam o terrorismo, o filme traz uma visão patriota norte-americana e enaltece todos os agentes que combatem o terrorismo, não importando qual meios usem para alcançar seu objetivo.
Com uma trama corrida à ponto de você se perder em alguns momentos, Assassino: O Primeiro Alvo traz mais do mesmo, com algumas atuações que chamam a atenção mas não salvam o filme. E algumas reviravoltas que prendem a atenção mas não fogem do clichê básico. Passa a sensação de que leram o livro no qual ele é baseado, gostaram, adaptaram porém não inovaram.
Nota 2/5