Sou muito fã de Pink Floyd. Faz 10 anos que fui a Apoteose assistir ao show do baixista, compositor e vocalista da banda, Roger Waters, e, faz dois anos que fui ao cinema ver o documentário Roger Waters – The Wall. Experiências distintas, porém maravilhosas e inesquecíveis. Assim como assistir ao show de David Gilmour – Live at Pompeii.
Num estilo diferente de Waters, mas igualmente bom, o ex-líder da banda conquista a plateia com sua simpatia e esbanja talento até porque, pra mim, ele é um dos melhores guitarristas do planeta. E os fãs aguardam ansiosamente para assistir a esse show de única apresentação no dia 13 de setembro nos cinemas (com classificação etária de 16 anos). Pode ter certeza que é um show que causa arrepios, com muitos lasers, fogos e uma enorme tela circular na qual filmes especialmente criados complementam músicas selecionadas. Fora que Gilmour tem um pique danado. Quando mais novo era muito gato, e mesmo estando na casa dos 70 anos ainda é um coroa fofo (sou fã, me deixa rs).

O lendário anfiteatro romano foi palco desses dois shows espetaculares, que aconteceram dias 7 e 8 de julho de 2016, parte da turnê do álbum Rattle That Lock. Dava para notar que as 2.600 pessoas da plateia estavam em êxtase por presenciar tamanha performance. O lugar, por si só, traz fortes emoções, até porque foi ali que os romanos assistiam aos gladiadores lutando no primeiro século DC.
Lembrando que há 45 anos, eles gravaram no mesmo lugar o Live at Pompeii, ou seja, para o próprio Gilmour é uma emoção e tanto voltar a tocar lá, e sabe da importância de usar uma atmosfera de beleza para dar à audiência uma experiência única. Essa beleza consegue ser transmitida mesmo no cinema graças à fotografia de Nick Wheeler, que foi primorosa utilizando planos que realçam a figura de David Gilmour.
O show mescla músicas de sua carreira, assim como clássicos do Pink Floyd, incluindo One Of These Days, a única música que também foi realizada no show da banda em 1971. Ambos os shows também contaram com performances muito especiais e raras de The Great Gig In The Sky de The Dark Side Of The Moon. Mas, os pontos altos do show são Confortably Numb, Time e Wish You Were Here (minhas favoritas da banda).

Aliás, os outros componentes da banda foram precisos e super competentes, principalmente Chuck Leavell (que se apresenta com Rolling Stones), Chester Kamen (que trabalha com Paul McCartney e Madonna) e João Mello, um saxofonista brasileiro de apenas 21 anos e que manda muito bem.
O filme do concerto tem duração de 125 minutos e foram filmados em 4k pelo diretor Gavin Elder. As versões de DVD e Blu-ray contêm um documentário de 7 minutos e no box Deluxe Blu-ray de 4 discos contém a versão 2xCD, a versão 1xBlu-ray e 207 minutos completos de metragem extra: 11 apresentações ao vivo e 5 documentários. É um item para nenhum colecionador botar defeito. E, para os amantes do vinil, ainda podem desfrutar de uma versão deluxe 4xLP com um folheto fotográfico de 24 páginas.
Nota: 5/5