Muitos ainda questionam por que é que a CW Television Network – filha da antiga Warner Bros. Television Network com a United Paramount Network – não tem um seriado com o herói Batman e por que é que não vemos o personagem na TV a não ser em desenhos animados – saiba por quê clicando aqui. Neste mesmo artigo, você pode ler como seria o seriado Gotham da emissora, que foi a proposta inicial, antes de Smallville – você pode ler o artigo em inglês aqui. Vamos aproveitar este post para iniciar uma série – Como seria o seriado da CW baseado em determinado herói, caso a emissora tivesse direito sobre todos os personagens, baseado em tudo que sabemos sobre os planejamentos cancelados e na fórmula dos seriados de TV já apresentados, começando pelo Batman.

Podemos tomar como referência o seriado Arrow – saiba mais: como o seriado Arrow foi desenvolvido em cima de Batman – que carrega muito do que foi planejado para um possível seriado do Batman após o término de Smallville – tal como John Schneider seria o Dr. Thomas Wayne e Michael Rosenbaum seria o Harvey Dent na primeira proposta do seriado Gotham, antes de se tornar Smallville, acredita-se que, para este possível seriado do Batman, Stephen Amell havia sido cotado para viver o Bruce Wayne, Katie Cassidy seria a Barbara Gordon, Paul Blackthorne seria James Gordon, Collin Donnel seria o Harvey Dent desta versão, Susanna Thompson seria Martha Kane-Wayne – e teve mais sorte se tornando Moira Queen e por aí vai – e que compartilha de bastante semelhanças do tom utilizado para os filmes do Batman trazidos por Christopher Nolan e também aproveita de vilões do morcego nos quadrinhos. O que explica muita coisa.

Bruce Wayne seria um jovem lá pelos seus 23 anos, tal como era Oliver Queen no início do seriado, eu inclusive imagino ver o ator Stephen Amell representando o personagem, sua expressão apática serve bastante para o Bruce Wayne e suas mudanças de humor apresentadas nos flashbacks seriam muito úteis para as mudanças de personalidade entre Bruce Wayne e o Batman. Acredito que a fórmula de flashbacks de Arrow seria utilizada, pois muito da mudança do passado realizada no personagem de Oliver Queen foi inspirada no passado de Bruce Wayne – pelo menos, o da versão do Nolan. Eu pessoalmente acho a fórmula bem cansativa, serve para episódios pontuais como Season Premiere, – o Season Premiere de The Flash, por exemplo, utilizou desta fórmula e foi suficiente – Season Finale e Crossover. Veríamos em flashback no primeiro episódio como que Martha Kane – Susanna Thompson – e Dr. Thomas Wayne – imagino que seria interpretado por Jamey Sheridan, o Robert Queen de Arrow – foram mortos por um suspeito assassino e talvez o mistério sobre a morte dos milionários seria a trama que carregaria o início de temporada.
The Flash: Terceira temporada – Crítica

Bruce Wayne, já adulto, após retornar de sua viagem de 5 anos pelo mundo, aprendendo a mente do crime, técnicas de combate e investigação, iria atrás do assassino de seus pais e descobriria se tratar do zé ninguém Joe Chill, que nada havia de interesse na morte dos Wayne, mas era um bandido criado pelo colapso de Gotham City provocado pela Família Falcone e assim iniciaria-se a luta de Bruce pelo fim da máfia em Gotham. Ao perceber, porém, como era perigoso não ter um disfarce, utilizaria de seus ensinamentos para criar um símbolo baseado em seus medos, superando-os e os aproveitando para aterrorizar seus inimigos – já dá para imaginar a abertura típica My name is Bruce Wayne. After five years around the world, I have come home with only one goal: to save my city. But to do that, I must be someone else. I must be something else.

Os flashbacks pontuais nos revelariam aos poucos os ensinamentos de Bruce Wayne, tal como seu desenvolvimento com o detetive Henri Ducard – que não seria um alias do Ra’s Al Ghul, mas podendo sincronizar em algum momento seu encontro com a Liga dos Assassinos, até para criar a tensão entre ele e Talia Al Ghul, quando esta aparecesse no futuro, trazendo consigo o seu filho. Mas aí tá bom demais, ainda não parece um típico seriado da CW. Pois é, vamos lembrar como a emissora tem a preocupação de tornar tudo uma novela, sendo assim, agradável para toda a família. Família é a palavra-chave aqui. Ainda tomando Arrow como referência, vamos lembrar que o seriado da CW que traz as aventuras do Arqueiro Verde tem a fórmula de ser um seriado bem família. Um drama familiar.

Mas o Batman não tem família a não ser seu tio Phillip, seu mordomo Alfred Pennyworth, seus poucos amigos e todos os seus filhos, mas Bruce não teria seus filhos assim a princípio, pois teria apenas 23 anos. Estamos vendo um Batman em início de carreira. Teríamos um possível jovem Alfred – não tão jovem quanto Bruce, é claro. Porém, mais velho, a ponto de ser quase que um tutor e protetor, tal como o papel de John Diggle em Arrow, mas acredito que não o mesmo ator, calma. E a figura de pai e ao mesmo tempo de ameaça, que em Arrow foi dada a Moira Queen, aqui seria a do tio Phillip Wayne. Phillip Wayne foi quem, nos quadrinhos, foi o detentor da guarda de Bruce Wayne por anos e também dono das Empresas Wayne até que o jovem Bruce crescesse e o derrubasse, pois este realizava alianças corruptas, quase que vilanescas – ou literalmente, pois ele foi o responsável pela criação do Charada e da Gangue dos Capuz Vermelhos, como mostra em Batman: Ano Zero, de 2013.

Ano Zero poderia servir bastante de inspiração, caso houvesse lançado há tempo, para esta trama da primeira temporada. Que, apesar dos vilões semanais – vilões menores, teria os vilões principais da temporada como o seu tio Phillip Wayne e sua aliança com Don Falcone. Edward Nashton, o futuro Charada, o qual trabalhava para Phillip Wayne, poderia ser apresentado nesta primeira temporada, mas se tornar uma ameaça no futuro, o mesmo para Oswald Chesterfield Cobblepot, o Pinguim, que poderia ser apresentado na primeira temporada trabalhando para Falcone, mas que num futuro, poderia até mesmo se tornar prefeito de Gotham – tal como foi muito bem apresentado no seriado Gotham. Mas um seriado da CW não é só intrigas, também é preciso ter romance – ou pior: um triângulo amoroso.
Em Arrow, vimos na primeira temporada o triângulo entre Oliver – nosso Batman Verde, Thomas Merlyn – amigo e aspirante a vilão como foi Harvey Dent, e Laurel Lance – a filha do capitão da polícia e futura super-heróina, tal como Barbara Gordon. Pessoalmente, eu não concordo com estas decisões recentes que as adaptações tem feito de inserir Barbara Gordon como par romântico de Bruce Wayne – foi assim na animação Batman: A Piada Mortal e Lego Batman: O Filme e seria no desenho animado cancelado Gotham High. Mas provavelmente assim que a CW faria, já para perturbação dos fãs.

E no lugar de Thea Queen – a irmã mais nova de Oliver Queen que mais tarde se torna a heroína Speedy, teríamos Kathy Kane – a prima de Bruce Wayne, que mais tarde se torna a Batwoman. Logicamente, o papel de Quentin Lance, o capitão de polícia que persegue o herói e é pai do interesse amoroso deste, seria James Gordon e o pupilo, que em Arrow é Roy Harper que mais tarde se torna o herói Arsenal, seria o Dick Grayson que se torna o Robin, apesar de a história apresenta de Roy Harper em Arrow assemelha-se muito mais a origem de Jason Todd – segundo Robin e Capuz Vermelho, mas esta é a CW, senhores.

O mais interessante do que a CW fez com Roy Harper foi de pular a sua fase Speedy, direto para o Arsenal. Na verdade, toda a trama que ocorre com o Roy Harper como Speedy aconteceu no seriado, mas o pupilo não era identificado como o herói até então, e após isto, se tornou logo o Arsenal. Poderia fazer o mesmo com Dick Grayson e todos os outros Robin – apresentar todos os acontecimentos do Robin como Dick Grayson e ao fim, torná-lo Asa Noturna, possivelmente, no final da segunda temporada e iniciar a terceira com Dick Grayson já assumido como Asa Noturna e apresentar o jovem Jason Todd.

Outro vício da CW é o amigo geek, como a Chloe Sullivan em Smallville e a Felicity Smoak em Arrow – ambas loiras geeks, que não existiam nos quadrinhos e que mais tarde se tornam par romântico do protagonista – e também Cisco Ramon em The Flash e Winn Schott em Supergirl. O papel de Felicity Smoak em Arrow é demasiadamente semelhante ao de Barbara Gordon, e é por isto que eu acho que a personagem serve melhor para o papel, deixando o cargo de par romântico para Selina Kyle, por exemplo, a ladra e futura Mulher-Gato, que cruzaria a vida de Bruce Wayne de forma que os dois se entenderiam, por serem criminosos, tal como em Arrow ocorreu entre Oliver e Helena Bertinelli, a Caçadora – interpretada por Jessica DeGow, que também poderia servir de Selina Kyle.

E por falar em vícios da CW, vamos lembrar dos casais inter-raciais, nos quais, por tal necessidade, tiveram que tornar um personagens originalmente irlando-descendente em personagens afro-descendente para satisfazer tal fetiche – como fizeram com a Família West. E por falar na família West, tal como fizeram com Wally West em The Flash, quem sabe teríamos Jimmy Gordon como o irmão aborrecente. Mudanças étnicas também poderiam se dar para Kathy Kane, Edward Nasthton e Pamella Isley – a futura Hera Venenosa, que não seria vilã de temporada, obviamente, mas vilã semanal.

Agora vamos finalmente falar da galeria de vilões: acredito que Coringa teria um papel destrutivo como foi o de Damian Dahrk na quarta temporada de Arrow, com a função de aleijar Felicity Smoak – nesse caso, seria a Barbara Gordon, e de assassinar a Laurel Lance – nesse caso seria o Jason Todd. A trama que envolve a Liga dos Assassinos e tudo que eles destruíram e também salvaram em Star City manteria-se bem parecida, mas mesclando com a trama por volta do filho de Oliver Queen, que nesse caso seria o Damian Wayne – você pode ler aqui a crítica da quinta temporada de Arrow. Pinguim e Charada seriam possíveis vilões recorrentes, e não vilões de uma temporada. Don Falcone seria o chefe da mafia, maior perturbação, mas seria morto no final da temporada, dando lugar provavelmente a Don Maroni, que cria o Duas-Caras, possivelmente vilão da segunda temporada, o amigo que se tornou inimigo – tal como fizeram com Slade Wilson em Arrow – que cria o Jason Todd que após vencer a morte se torna o Capuz Vermelho, vilão recorrente e aliado no futuro, e após morto também, Maroni dá lugar a Tony Zucco, que não dura muito, mas que mata os pais de Dick Grayson, e após morto, dá lugar a Alberto Falcone, tornando a máfia um ciclo sem fim.
Espantalho com uma importância pontual para a Liga dos Assassinos semelhante a do Irmão Sangue para Slade Wilson em Arrow; Mulher-Gato seria uma chateação recorrente, mas que se tornaria laço amoroso e aliada com o tempo, até mesmo se tornando possivelmente membra de uma superequipe como as Aves de Rapina ou a Liga da Justiça da América – como Sara Lance se tornou membra das Lendas do Amanhã; Senhor Frio seria um vilão semanal, mas com grande importância na saga da Corte das Corujas; Bane seria um vilão de temporada, responsável a levar Bruce Wayne a um fim temporário, como ocorreu a Oliver na terceira temporada, sendo necessária a sua superação e apresentando a Azrael, outra chateação, mas que duraria pouco.

E agora: os crossovers! Acredito que seria melhor para todo mundo se a primeira série for a do Batman – como fizeram com Arrow – e só mais tarde apresentasse aos poucos outros heróis como o Superman, que poderia ser introduzido no próprio seriado, em algum episódio com o Lex Luthor como vilão, Public Enemies, poderia ser um ótimo título, e a partir daí, o futuro apresentaria o resto! Bem, vale lembrar que grande parte disto é especulação. Creio que a emissora faria desta forma, caso tivesse direito sobre todos estes personagens – também não quer dizer que é como eu gostaria que fosse. Se você acha que seria assim, ou não, deixe nos comentários, diga também o que achou deste tipo de artigo, pois estamos planejando fazer também sobre Superman e outros heróis, que tal?
Fontes: